28/09/2020
Cinomose: Guia Completo Sobre Essa Doença
Hoje em dia, é mais fácil manter um bom acompanhamento da saúde do seu animal de estimação. Afinal, com o amplo acesso a informações proporcionado pela internet, aprendemos, mesmo dentro de casa, a ter os principais cuidados com cachorros. Sem falar que também conseguimos identif**ar uma série de sintomas quando eles não estão bem.
Essa possibilidade de compreender melhor os hábitos e os comportamentos dos nossos bichinhos é importantíssima para conhecê-los um pouco mais, mas é também fundamental para nos anteciparmos às urgências e, assim, levar os nossos amigos quadrúpedes ao veterinário o quanto antes.
Nesse sentido, vamos falar bastante a respeito da cinomose, uma perigosa doença que afeta os cachorros, especif**amente, e com alta recorrência em cãezinhos durante o seu primeiro ano de vida — embora a doença também possa acometer cães em idade avançada.
A ideia deste post, portanto, é orientar você a identif**ar os sintomas dessa doença debilitante e resistente, bem como ensinar a lidar com a cinomose no que diz respeito ao seu tratamento e a consequente cura do seu cãozinho — que é difícil, mas possível.
Por isso, convidamos você a ler o nosso post e ter em mãos uma informação de qualidade para enfrentar uma virose de elevadíssimo risco de contágio — e que não afeta seres humanos. Confira!
O que é a cinomose e quem ela afeta
Em essência, a cinomose é um vírus. Mas queremos antecipar a boa notícia para quem tem um cãozinho com a doença: ela tem cura, apesar do seu grave risco. O importante, aqui, é a identif**ação rápida dos sintomas, uma vez que essa doença é traiçoeira e imprevisível.
A imprevisibilidade da cinomose se dá na ordem com a qual ela decide atacar os órgãos — fazendo dela uma doença sistêmica.
Isso, inclusive, a torna tão desconhecida, mortal (especialistas apontam que a taxa pode chegar a até 85% dos casos) e também passível de erros de diagnóstico, já que os sintomas tendem a variar bastante.
Por isso, o vírus em questão (o CDV, que é a sigla para Canine Distemper Virus) deve ser amplamente estudado e divulgado, e o conhecimento a respeito dele, disseminado. Tudo para fortalecer campanhas de prevenção da doença e reduzir essa taxa altíssima.
O que nos leva à afirmação dada no início deste artigo: os caminhos para enfrentar a cinomose. Afinal, ela costuma atacar os cães em dois momentos, principalmente:
• no seu primeiro ano de vida;
• quando não recebem a vacina de prevenção;
• quando se encontram com a imunidade baixa.
Por isso, é importante entender que a cinomose pode atacar cães em todas as etapas de suas vidas. Sem falar que o vírus possui alta resistência: pode sobreviver, em locais secos e frios, por um longo tempo e, em áreas quentes e úmidas, por até um mês.
Além disso, como havíamos antecipado, a cinomose é altamente contagiosa — mas apenas entre os cães. Assim, é fundamental que o contato com outros animais seja evitado. Um mal social necessário para reduzir ao máximo o risco de contágio com outros cachorros.
A prevenção, portanto, é uma das alternativas mais seguras para evitar o surgimento e propagação desse vírus mortal. Por isso, vamos entender um pouco mais como a doença tende a atacar a saúde dos cães.
As fases da cinomose
Nem sempre é fácil identif**ar alguns sintomas em nossos pets, e tampouco é uma tarefa simples identif**ar o surgimento da cinomose nos cãezinhos. Mas é possível identif**ar algumas mudanças visíveis, uma vez que a doença costuma se caracterizar por fases.
A princípio, os sintomas iniciais são os mais fáceis de nos precipitar em um diagnóstico equivocado, já que são caracterizados por um breve mal-estar. Assim, é comum observar no cãozinho algum tipo de doença respiratória ou mesmo no sistema digestivo.
Sintomas que costumam se evidenciar por meio de episódios de:
• vômitos;
• diarreia;
• espirros;
• bastante secreção ocular e nasal.
Quando tratado indevidamente, o quadro evolui rapidamente para casos de pústulas, febre alta resistente e até mesmo pneumonia.
Em seguida, a doença pode chegar ao seu estágio avançado, de gravíssimo risco ao cão. É quando a cinomose alcança o sistema nervoso, podendo ocasionar uma série de tiques nervosos, espasmos, comportamentos pouco habituais e, em casos mais graves, convulsões e até mesmo estados de coma.
Especialistas alertam que, quando diagnosticado nesse estágio, as chances de recuperação são cada vez mais reduzidas. Há, inclusive, a possibilidade de restar alguma sequela quando o estado é revertido, com resposta do animal ao tratamento.
Portanto, que quem possui um cãozinho, ou conhece quem conviva com um, precisa entender melhor o funcionamento da cinomose e avaliar sempre o comportamento do animal.
Vale também se atentar à signif**ativa importância em levar o animal periodicamente ao veterinário. Uma prática que pode ajudar a antecipar o diagnóstico e diminuir a gravidade da cinomose.
Mas esse quadro pode ser observado quando as pessoas possuem todo tipo de informação a respeito da doença. Por isso, vamos nos aprofundar no que já discutimos anteriormente e conhecer os principais casos em que a cinomose pode se manifestar.
Os principais riscos que levam à contração da doença
Vimos, até aqui, a gravidade da cinomose e as principais causas que podem levar à contração da doença. Afinal, trata-se de uma contaminação direta e indireta, como veremos a seguir:
• contaminação indireta: pelas vias respiratórias do cãozinho, que pode ser feita pelo contato com o ar contaminado, ao redor, pela interação e contato com algum objeto contaminado e até mesmo no contato com fezes e espirros de outros animais;
• contaminação direta: por meio do contato do cãozinho com as secreções de um cachorro doente.
Mais uma vez, aqui é reforçada a prevenção da cinomose, para que ela não se espalhe rapidamente pelos locais onde o seu cachorro, com risco de estar doente, possa transitar.
Em especial, esse cuidado deve ser redobrado quando o seu cãozinho possuir idade entre 3 e 6 meses. A explicação para isso é simples: é o período em que o animal perde alguns anticorpos maternos por conta do fim da amamentação.
Devido a esse fator determinante, a melhor prevenção é a vacinação adequada do cãozinho, pois o procedimento possui o poder de protegê-lo da cinomose. Ela é aplicada, geralmente, nos primeiros 45 dias de vida do animal. Em seguida, pode ser aplicada mais 2 ou 3 vezes, quando ainda são filhotes, existindo também o reforço anual dessa vacina.
Mas vale lembrar que a idade não é o único fator de risco, já que a cinomose também pode contaminar cães em idade avançada, que estejam com a imunidade baixa.
E, embora não exista algum elemento definitivo a respeito, foi observado que a cinomose acomete mais cães das raças Greyhound, Husky Siberiano, Malamutes do Alaska e Samoieda e Weimaraner.
Por fim, um ponto que também deve ser levado em consideração à vacinação é o cuidado quando o seu cachorro possui alguma verminose, já que esse tipo de caso torna ineficiente o efeito da vacina.
Isso, entretanto, é um quadro que deve ser examinado e identif**ado pelo veterinário, para que não ocorra nenhum risco ao seu animal de estimação durante a aplicação das vacinas.
Além disso, outras maneiras eficientes de prevenção podem ser apontadas como diferenciais para evitar a disseminação da cinomose, como:
• evitar o contato com outros cachorros durante a ocorrência da doença;
• lavar os locais onde o cãozinho teve contato com água sanitária — o que ajuda a erradicar, parcialmente, a presença do vírus nos ambientes;
• nunca compartilhar os potes de ração e água e as caminhas com outros cães;
• lembrar-se de aplicar anualmente a vacina preventiva;
• reduzir ou evitar o contato com outros cães enquanto não forem tomadas todas as precauções contra o contágio de cinomose.
Com isso, você consegue reduzir exponencialmente — e, com certeza, erradicar — a presença do vírus da cinomose e, assim, manter em dia a saúde de seus pets.
Os sintomas da cinomose
Apontamos, anteriormente, como a cinomose age no organismo do cachorro, atuando em um sistema de fases que vão, gradativamente, prejudicando cada vez mais a saúde do bichinho.
A dificuldade no diagnóstico se dá pelo fato de que a cinomose é uma doença sistêmica e pode afetar outros órgãos, em vez de seguir sempre uma mesma ordem. Devido a essa imprevisibilidade, as pessoas devem redobrar a atenção com relação aos sintomas que surgem em seus animais de estimação.
Existe também a dificuldade em diagnosticar precocemente a cinomose porque nem todo cão apresenta a mesma quantidade de sintomas que outros cães possam ter apresentado. Mas, em geral, existe um padrão específico de sintomas que devem ser analisados cuidadosamente:
• ocorrências de secreção ocular em excesso;
• falta de apetite;
• pústulas que começam a surgir no focinho ou mesmo na barriga do cão;
• fraqueza, melhor apontada pelo desânimo e perda de equilíbrio do animal.
Esses sintomas iniciais são os principais que tendem a guiar para um diagnóstico precipitado. Até mesmo porque o cão pode desenvolver hábitos que não possuía até então, como o ato de comer grama.
A fase seguinte já agrava o caso do desequilíbrio, dificultando a locomoção do cachorro em linha reta, por exemplo. Uma disfunção que, ao evoluir, se caracteriza também pela ocorrência de espasmos musculares, convulsões e paralisias (nas pernas, principalmente).
É no caso dos espasmos e outras disfunções involuntárias que o cão pode estar demonstrando a gravidade da cinomose: quando ela conseguiu alcançar o sistema nervoso. Esse é o último estágio da doença e o que possui menos chances de reversão.
Dessa maneira, entenda todo o ciclo de evolução da cinomose, que pode variar, mas tende a manter um padrão similar ao citado abaixo:
• período de incubação do vírus, que varia entre 3 e 15 dias;
• estado febril (pode chegar a até 41 °C) e ocorrência dos sintomas citados;
• evolução rápida para os sintomas gravíssimos, quando a cinomose já chegou ao sistema nervoso do cão.
Vale mencionar que muitos dos sintomas que surgem nos primeiros estágios tendem a melhorar e aparecer de novo, posteriormente — um sintoma que dificulta a identif**ação da cinomose. Além disso, o agravamento e a consistência dos sintomas variam também conforme a própria imunidade do seu cachorro.
Com isso, o que mais determina o diagnóstico precoce da cinomose é a visita periódica ao veterinário e a atenção redobrada das pessoas que convivem com o cãozinho.
Assim, à medida que um ou mais desses sintomas aparecerem, o mais indicado é encaminhar o animalzinho ao veterinário de sua confiança para que ele seja avaliado e examinado. Assim, o melhor tratamento poderá ser apontado para a imediata recuperação do animal.
Os caminhos para tratar a doença
Uma ou mais opções de tratamentos específicos para a cinomose ainda estão em estado de análise, estudo e comprovação de sua eficácia (no fim deste artigo, falaremos brevemente sobre um deles).
Até o momento, entretanto, o tratamento que tem se mostrado mais útil é a combinação de alternativas para combater os sintomas no cãozinho ao mesmo tempo em que medidas para fortalecer a sua imunidade são também praticadas.
O problema é que, quanto mais avançada a doença, mais fortes são os medicamentos, o que também dificulta a própria reabilitação do cachorro — daí, novamente, a importância em identif**ar mudanças e sintomas o quanto antes.
A eficácia desse tipo de tratamento também é condicionada à saúde e ao histórico do animalzinho de estimação. Afinal, como já mencionamos, a cinomose costuma encontrar espaços de entrada justamente quando o seu pet se encontra mais debilitado.
Dessa maneira, é importante manter a qualidade de vida do cãozinho sempre em alta — com uma alimentação balanceada e também com uma rotina de exercícios. Quanto mais saudável e fortalecido ele estiver, menor pode ser o impacto da doença sobre ele.
O que ajuda no tratamento contra a cinomose
Acima, falamos que não existe, ainda, um tratamento definitivo e conclusivo no combate à cinomose. Também foi mencionado que esse vírus é gravíssimo e com alta taxa de mortalidade — seja pela demora em identif**ar e relacionar os sintomas à doença, seja por conta da baixa idade do cãozinho.
Por isso, antecipar-se é sempre a melhor prevenção. Além das já mencionadas vacinas preventivas — e que devem reforçadas anualmente — e das visitas periódicas ao veterinário, a atenção com a alimentação e os exercícios do cachorro são elementos fortalecedores.
Consequentemente, caso a cinomose apareça, o organismo do seu cachorro terá mais chances de combater os próprios sintomas e, assim, reduzir os riscos decorrentes dos avanços da doença.
O que nos leva a listar, logo abaixo, uma sequência providencial para que você, seu animal de estimação e o veterinário possam seguir para encontrar o melhor tratamento contra a cinomose:
• manter uma rotina qualitativa do cãozinho (com alimentação regrada e exercícios regulares);
• realizar as primeiras vacinações (sendo a dose inicial aplicada durante os primeiros 45 dias de vida do cão);
• atentar-se a toda mudança de comportamento e aos sintomas listados neste artigo;
• fazer tratamento pontual dos sintomas que surgirem, para que a doença não debilite muito o cachorro, por meio do uso periódico de anticorpos, antibióticos e vitaminas, entre outros medicamentos, ou mesmo de remédios injetáveis aplicados pelo veterinário.
Com isso, é possível garantir um auxílio importante ao longo de toda a vida do seu cachorro, reduzindo ao máximo as possibilidades de que ele possa contrair a cinomose. No entanto, atenção: quando filhotes, a doença é ainda mais perigosa e debilitante, com altas taxas de mortalidade.
Cabe ressaltar, também, que a doença se manifesta e evolui de diferentes maneiras em cada animal. Desse modo, a solução é administrada na medida em que o veterinário puder acompanhar os sintomas. Por isso, essa união de esforços é tão importante.
O que leva à importante conclusão, quanto ao tratamento da cinomose em cachorros: nunca tente administrar o tratamento por conta própria.
Afinal de contas, como vimos até aqui, esse tipo de evolução se deve não apenas ao surgimento de sintomas variados, como também ao ataque ao sistema imunológico do cão. Assim, a combinação de medicamentos deve ser pensada e aplicada por profissionais qualif**ados.
Da mesma maneira que o veterinário é a pessoa mais indicada para observar e analisar os percursos trilhados pela doença, podendo antecipar situações que podem ocorrer no quadro clínico do cãozinho. Sem falar no diagnóstico definitivo da doença, feito por exames solicitados pelo próprio profissional.
Portanto, não tente diagnosticar e medicar o seu cachorro sem prévia avaliação e indicação profissional. Isso tudo pode impactar decisivamente na qualidade do tratamento do seu animal de estimação. Sem falar que, por meio de um esforço assertivo e muito bem encaminhado, a cinomose tem cura, sim — como veremos a seguir!
O que leva à cura da cinomose
A princípio, reforçamos que o melhor tratamento contra a cinomose é a sua prevenção. Uma medida que tem início com a rotina de vacinas bem aplicadas no animal de estimação.
Para esse tipo de doença, o processo de vacinação ef**az é composto pelas doses V8 e V10, que combatem uma série de doenças — a cinomose entre elas — e pela devida manutenção ideal das aplicações ano após ano.
A cura, por sua vez, é um quadro possível de atingir e que, como desenhamos até a conclusão deste artigo, depende da assertividade do veterinário, da agilidade das pessoas em casa, para reconhecer os possíveis sintomas do cãozinho, e do próprio animal de estimação em estar fortalecido o suficiente para responder de maneira positiva ao tratamento.
Logo, é entendível que a cura é passível de um tratamento focado em ajudar o cachorro a resistir aos sintomas e a fortalecer a sua imunidade. Afinal, ele é o único que pode efetivamente combater os avanços da doença — desde que munido dos meios para isso.
Um tratamento alternativo contra a cinomose
Agora que você já sabe tudo a respeito da cinomose — como ela atua, avança e ataca a imunidade do seu animal de estimação —, podemos falar de um assunto que tem tomado muito tempo dos especialistas: a cura definitiva para a cinomose.
Além de remédios e vacinas que ainda se encontram em estágios iniciais ou intermediários de avanços, uma espécie de tratamento diferenciada tem trazido mais otimismo aos profissionais de saúde veterinária: o tratamento da cinomose por meio do uso de células-tronco.
A pesquisa também se encontra em um estado intermediário de evolução, mas já é tida como uma das mais promissoras para combater especif**amente a cinomose, e consiste na doação de células-tronco de cães saudáveis para os animaizinhos infectados com o vírus.
A técnica tem sido signif**ativa, e está sendo conduzida por especialistas do Centro Universitário Fundação de Ensino Octávio Basto, que f**a na cidade de São João da Boa Vista, interior de São Paulo. Os resultados, até aqui, foram satisfatórios.
Entre os casos mencionados como positivos, está o de uma cachorrinha com 3 anos de idade e que, após submetida ao tratamento com células-tronco, recuperou os movimentos que haviam sido prejudicados pelos avanços da cinomose.
Ou seja: não é nada definitivo, mas é um passo certo dado rumo ao tratamento definitivo e capaz de combater, por completo, os danos causados pela cinomose.
Considerações finais
E então, após tudo o que vimos aqui, deu para ter uma boa ideia da gravidade da cinomose e a consequente atenção que todos ao redor do cãozinho devem ter com relação ao surgimento de seus sintomas?
Não se esqueça de que a vacinação é um dos principais cuidados que podem contribuir para evitar a contaminação desse vírus — dentro de um amplo leque de medidas que podem ajudar a manter o seu cãozinho sempre seguro, como o chip para animais também é.
De resto, basta manter o seu cãozinho sob os melhores cuidados de alimentação e exercícios, afinal, a resistência natural do melhor amigo do ser humano vai se fortalecer e combater os sintomas da cinomose.