10/10/2018
Boa tarde escritores e leitores.
Hoje dia 10/10/ de 2018, damos sequência a nossa série de entrevistas semanais. Começamos com a escritora Neyd Montingelli.
Vamos conhecê-la?
Neyd Montingelli
Mini Biografia: Nasceu em Curitiba é casada e tem 4 filhas. Formação em Psicologia, Nutrição e Laticínios. Tem 26 livros solo e participa em 115 antologias. Foi premiada em concursos de contos e poesias. Membro daALB e ALUBRA/SP, Centro de Letras do Paraná, Núcleo de Letras e Artes de Buenos Aires e Lisboa, Embaixada da Poesia e ALMAS/Ba. Recebeu troféu Cecília Meireles, Cora Coralina, Federico Garcia Lorca; Medalha Monteiro Lobato; Medalha Melhores Poetas e Troféu Melhor Cronista, Melhor Contista, entre outros. O livro Cavalos e contos recebeu o prêmio de Melhor Livro de Contos de 2015/16 em Ouro Preto. Recebeu o prêmio Literarte 2017, pelo conjunto da obra.
ENTREVISTA
1. Severiana Paulino Rodrigues Séve FALE-NOS, COMO COMEÇOU A ESCREVER?
Resposta: Quando eu trabalhava na Caixa Econômica Federal, f**ava impressionada com a quantidade de episódios divertidos e inusitados que presenciei no caixa. Eu anotava os acontecimentos em pedaços de papel, verso de documentos e guardava em casa. Prometia aos meus colegas que quando eu me aposentasse escreveria um livro sobre isso. E fiz! Escrevi o livro “Memórias de um caixa da Caixa”.
2. Severiana Paulino Rodrigues Séve SEU TEXTO AUTORAL FAVORITO E PORQUE O AMA TANTO?
Resposta: Gosto muito do meu livro “Sangue é sangue” que tem 4 contos bem dramáticos. Outro é o livro em que conto a minha história como criadora de cabras e produtora de queijos. “O leite de cabra”.
3. Severiana Paulino Rodrigues Séve Quais foram/Quais são as suas influências na arte de escrever?
Resposta: Minha mãe. Ela me incentivava a ler e dizia que seria escritora de romances policiais quando se aposentasse. Bem, virei viciada em leitura, minha mãe faleceu e eu tomei a promessa dela para mim. Agora escrevo em homenagem a ela.
4. Severiana Paulino Rodrigues Séve Como você escolhe o título dos seus livros?
Resposta: Quando tenho uma ideia para um livro, conto, poesia, começo a escrever só depois de decidir o título. Todos os meus textos só vão para um arquivo no computador depois de serem devidamente batizados. Escolho o título com base em um fato pitoresco da trama. É muito difícil eu mudar este título, a não ser que já exista uma publicação com o mesmo nome. Como foi o caso do livro Sangue é sangue. Comecei a escrever com o título Sangue do meu sangue e quando fui publicar, descobri um livro com esse nome.
5. Severiana Paulino Rodrigues Séve Suas publicações foram feitas por editoras ou por sua própria conta –
Resposta: Comecei com editoras, 9 livros, depois publiquei 8 livros em autopublicação e agora voltei para editoras e já estou com 28 livros, solo. Participo em mais de 120 antologias de editoras.
6. Rodrigo Watzl Ideias vêm e vão de forma aleatória e imprevisível. Como você administra a situação?
Resposta: Quando tenho uma ideia, só passo para o computador depois de decidir o título. Enquanto isso a trama f**a me assombrando e os personagens andam ao meu lado o tempo todo, como fantasmas. Só desaparecem depois que abro um arquivo, batizo, descrevo os personagens e delineio o ambiente.
7. Danny Marks Quantas revisões faz antes de apresentar o produto para avaliação?
Resposta: Várias. Por sinal, só volto a escrever depois de ler o texto novamente e faço correções e alterações, quando necessário.
8. Gérson Prado Acredita que o processo criativo é livre? E assim sendo, se preocupa em agradar ao leitor ou deixa fluir?
Resposta: Não, para mim o processo criativo não é livre. Não posso colocar em livro qualquer coisa que passe na minha cabeça. Tenho que ter respeito por quem vai ler, tenho que respeitar as leis físicas, da natureza, humanas, educação, ortografia, preconceitos, regras de vivência e convivência.
9. Pedro Costa Se existe algum ruim em ser escritor, o que seria em sua opinião?
Resposta: publicar dá trabalho, dá satisfação, mas, para mim, ainda não deu dinheiro.
10. Cristina Cimminiello Você costuma ler seu livro quando ele chega da editora?
Resposta: Imediatamente! Inteirinho! E, se contém erros, entro em contato com a editora no dia.
11. Milton Xavier Se uma criança lhe perguntar o que é preciso para escrever um livro, o que responderia?
Resposta: Primeiro tem que estudar para saber escrever o básico, conhecer as regras sociais e ter muita imaginação. Segundo, comprar um caderno de capa dura, (ou abrir um arquivo no Word) e escrever um pouco todo dia.
12. Ironi Jaeger Qual seu próximo passo na Literatura?
Resposta: Estou em um caminho bem longo e agradável. Vou continuar a escrever todos os dias, pois tenho muitos livros iniciados no meu computador. O que está mais próximo de finalizar é um romance policial.
13- Leandra Adriana Suzan Quais as ferramentas de Marketing para a literatura na nova era da mídia digital que você usa?
Resposta: Qualquer ferramenta que seja gratuita ou bem barata. Se tiver sugestões, estou aceitando.
14. Leandra Adriana Suzan Realizou cursos ou oficinas de escrita?
Resposta: Vários. Literatura, contos, poesias, crônicas.
15. Leandra Adriana Suzan Quantos livros já publicou?
Resposta: 28 livros, solo + 122 antologias.
16. Ironi Jaeger. Qual sua fonte de inspiração para seu livro ?
Qualquer coisa serve de inspiração?
Resposta: Episódios do dia a dia da família, atual ou passado. Quando estou inspirada, até um cão latindo serve de gatilho para um capítulo.
17. Adilson Mitzael enquanto você está escrevendo, acha importante manter uma leitura, até pra dar espaços e evitar estafa mental?
Resposta: Estou sempre lendo alguma coisa. Mas, enquanto escrevo, entre uma ideia e outra, gosto de jogar Candy Crush.
18. Carla Póvoa Antologias são boas opções literárias? Como as avalia?
Resposta: É uma forma de começar e treinar para a escrita. São pontos importantes no currículo.
19. Carla Póvoa O que está afastando os jovens da literatura - a escola, a tecnologia ou a família?
Resposta: A preguiça. Os jovens querem as coisas de forma rápida. Nenhum texto com mais de duas páginas chama a atenção. A escola tenta, a tecnologia atenta e a família não oferece nem cobra nem dá exemplo.