22/11/2019
! #! #! #! # Leishmaniose/Calazar! #! #! #! #
Há décadas, o Brasil é o único país do mundo que insiste em impor a eutanásia dos cães soropositivos, já que são hospedeiros do protozoário. Diferente de outros países que desenvolvem programas de prevenção e tratamento dos pets, no Brasil, após o cão ser diagnosticado com o protozoário, a lei pede que o seu tutor o entregue às autoridades para a eutanásia.
É praticamente impossível acabar com o mosquito transmissor (fonte da transmissão) mais conhecido como mosquito-palha, mas é preciso combatê-lo e desenvolver programas de prevenção. Eutanasiar os cães não acaba com o problema! A doença não é contagiosa. A Leishmaniose Visceral Canina não é transmitida por mordida, arranhão, lambedura, urina ou fezes dos cães infectados. Se o mosquito picar um cão contaminado, a doença pode ser transmitida ao homem ou outro animal através de outra picada.
O Ministério da Agricultura e Saúde aprovou o uso da miltefosina, que proporciona uma melhora clínica dos cães com uma importante redução de sua carga parasitária, importante ferramenta para diminuir a transmissão da doença. O cão tratado não elimina completamente a Leishmania do seu organismo, mas o tratamento aumenta a sobrevida e melhora significativamente a qualidade dos cães infectados, além de impedir a transmissão da doença. Por ser uma condição crônica, cães com diagnóstico de leishmaniose precisam ser reavaliados pelo resto da vida, inicialmente a cada quatro meses. O combate ao mosquito é a forma mais eficaz de controlar a erradicação da doença. NÃO MATE, TRATE!