Ao sair de um período frio com muita umidade, e deparando-se com a clássica época de ventania do início de novembro, meus pacientes quase sempre entram em crise. O motivo são as mudanças climáticas que trazem pulgas, carrapatos, pólen, poeira e calor: o necessário para induzir crises alérgicas de pacientes que vinham bem controlados com os tratamentos de manutenção. É o que sempre digo: aquilo que coloca as pessoas em crise respiratória (rinite 🤧) tende a colocar os animais em crise alérgica de pele, também!
✅Como tentar evitar crises de um cão atópico? Mantenha o acompanhamento de check up com seu médico veterinário. Leve para avaliar a pele do corpo/orelhas, na tentativa de pegar crises desde o início, não deixando agravar. Mantenha o antipulgas sempre em dia! Não deixe para dar depois que pegou algum parasita. Mantenha boa alimentação e os banhos hidratantes regularmente. Não deixe de passear com o pet, mas evite locais com árvores que estão soltando pólen ou com a possibilidade de pulgas/carrapatos (ex: praças/parques).
Felipe Cunha
Médico Veterinário
CRMV RS 13750
Depois de quase 1500 km rodados, chegamos em casa com a felicidade de ter levado conhecimento para colegas de duas cidades que gostamos muito e nos acolheram muito bem: Passo Fundo e Ijuí. Falamos sobre Demodiciose e atualidades relacionadas com esta doença, trazendo um olhar simplificado e moderno sobre novas formas de diagnóstico e tratamento.
Voltei pensando no porquê eu gosto de dar aulas: ajudar animais e suas famílias a serem mais felizes por meio da dermatologia é a minha missão, e ajudar colegas a fazerem o mesmo é um multiplicador deste objetivo. Se ao menos uma família for beneficiada com algo que os alunos aprenderam, já me sinto satisfeito.
Obrigado @intersulvet @msdsaudeanimal @daniduartefonseca @andressafont e toda equipe Intersul pela confiança, acolhimento e carinho. É muito bom poder falar de produtos bons e que confio! Parabéns pela impecável organização 👏 obrigado aos colegas presentes no evento: que honra! E um obrigado especial à minha parceira de todas as horas / copilota @danielaszcrds 💙
As doenças de orelha em cães e gatos requerem muita dedicação e estudo para um diagnóstico e tratamento preciso. Afinal, a orelha é um órgão vestíbulo-coclear (está relacionada com a audição e equilíbrio), e localiza-se muito próxima do cérebro. Por isto, fui até São Paulo para uma imersão de 4 dias para aprender com quem é referência mundial no assunto. Voltando pra casa me sentindo mais capacitado para enfrentar casos difíceis e mais apaixonado ainda por esta especialidade. Estudar é preciso. Sempre!
Obrigado @rlucas_dermato e @romeikareislima por este curso maravilhoso e por serem nossos maiores exemplos. Obrigado a toda equipe @equalisvet pela impecável organização e estrutura.
Diagnóstico de sarna demodecica com durex? 🤔Sim, é isso mesmo! Um estudo brasileiro comparou a eficácia da técnica de impressão com fita de acetato associada à compressão da pele com o método tradicional de raspagem cutânea no diagnóstico de demodiciose em cães.
🔬A fita de acetato (o famoso "durex"), quando pressionada na pele do animal, retira amostras da superfície cutânea, permitindo a visualização de ácaros Demodex app. ao microscópio.
✅Essa técnica mostrou ser menos invasiva e mais confortável para o animal em comparação com a raspagem.
🔼Além disso, a técnica com fita de acetato apresentou melhores resultados no diagnóstico (100% de diagnóstico versus 90% obtido no raspado cutâneo profundo), tornando-se uma alternativa viável e prática para o diagnóstico dessa condição dermatológica em cães.
❇️ Há vários anos tenho usado está técnica na minha rotina com excelentes resultados. Acredito que a melhor técnica é aquela que você faz bem feita. Ou seja, não adianta aplicar a teoria certa de maneira equivocada. É necessário unir a ciência com a execução correta.
Referência: “Comparison of acetate tape impression with squeezing versus skin scraping for the diagnosis of canine demodicosis.” A V Pereira et al. Aust Vet J. 2012 Nov.
Sabemos que a pele de cães atópicos possuem clássicos defeitos de barreira cutânea. Isto significa que a pele tem dificuldades de manter-se hidratada, com falhas nos mecanismos naturais de hidratação entre um uma célula e outra. Em outras palavras, é como se fosse a parede de uma casa com reboco e argamassa mal feitos, não havendo uma perfeita impermeabilização e união entre os tijolos, permitindo a entrada de chuva e umidade. No caso da pele, estas “frestas” (falhas de hidratação/união) permitem a entrada de alérgenos (pólens, ácaros de poeira, microorganismos) que disparam crises de coceira.
Assim, a secagem em excesso nos cães com dermatite atópica é contraindicada, pois acentua o ressecamento da pele, além do calor aumentar a inflamação local. Por este motivo é que muitos cães voltam para casa se coçando após o banho.
Como evitar isto: cães alérgicos precisam usar shampoos e condicionadores hidratantes, receber massagens suaves durante o banho e evitar temperaturas altas (da água e do secador). Eu sempre peço para conversar com a equipe do pet para secar em temperatura mais fria possível (se for no inverno eu peço para secar em temperaturas mornas).
De que adianta tomar um antialérgico e dormir em cima de um sofá cheio de mofo e ácaros?
É por este motivo que eu sempre digo que o controle ambiental é tão importante quanto os medicamentos que o paciente usa para o tratamento de Dermatite Atópica!
No vídeo eu comento 4 dicas boas e eficientes para evitar ou diminuir crises:
1) Mantenha a casa livre de poeira usando aspiradores diariamente. Eu sugiro aspirar o piso, tapetes e sofás com um equipamento que contenha o filtro HEPA (mais eficiente na retenção de ácaros). Cortinas devem ser lavadas seguidamente!
2) Higienize estofados regularmente! Aqui em casa ficamos impressionados com o mofo que ficou de um ano para o outro (não dava para enxergar!) e com tudo que saiu com a limpeza profunda. E o sofá parecia bem limpinho!! Além disso, se existe um local que os ácaros gostam, são os estofados. Existem empresas especializadas nisto e aqui chamamos a @whitecleanpoaoficial e ficamos bem satisfeitos.
3) Evite caminhas que juntam poeira/mofo! Prefira as que são de material impermeável (fácil limpeza e não entra ácaro na espuma). Se necessário, use cobertinhas que devem ser lavadas no mínimo 2x por semana.
4) Sprays acaricidas: Podem ser úteis para aplicar no ambiente em áreas difíceis de aspirar ou lavar. O ADF Plus da Allergoshop é uma sugestão (usar conforme indicação do fabricante).
E você, tem mais uma dica pra somar nesta lista? conta aqui nos comentários!
Acesse @dermato.logica ou meu feed para mais informações! Ajude a divulgar🙏
Quem me conhece sabe que eu estou sempre em constante busca pela evolução pessoal e profissional, e uma das coisas que mais gosto do atendimento é a possibilidade de escutar os meus clientes e aprender com eles. Hoje, durante o atendimento, o cliente me falou sobre “Economia emocional” e eu achei muito interessante compartilhar com vocês. Não é só a coceira: é o conjunto (“Precisamos enxergar a floresta e não a árvore”). Ouvir isto dele foi ter a certeza que eu atingi o meu propósito: Ajudar os animais e suas famílias a serem mais felizes por meio da dermatologia.
Otite é uma coisa e problema de pele é outra? não! Uma das maiores dúvidas que vejo no meu consultório é exatamente esta, e observo que a maioria dos clientes não sabia que as dermatites e as otites normalmente estão associadas com a mesma raiz do problema. Isto acontece porque a orelha é, anatomicamente, uma dobra de PELE. Desta forma, as doenças que acontecem na pele do corpo também podem acontecer na pele das orelhas. O maior exemplo disto é a dermatite atópica canina, que tem como um sinal clássico o desenvolvimento de inflamações na pele da orelha (otite). Por este motivo, e ao contrário do que acontece na medicina humana (onde temos a otorrinolaringologia como especialidade que trabalha com orelhas), o médico veterinário que está mais atualizado para trabalhar com doenças de orelhas é aquele especializado em dermatologia. É um assunto apaixonante que requer muito estudo e dedicação, mas ver um animal retomando sua qualidade de vida após um tratamento bem feito é algo inestimável!
Neste final de semana viajei até Santo Ângelo para cumprir a missão ministrar o módulo de doenças parasitárias e infecciosas do @dermatovetcursos para uma turma super interessada em dermatologia veterinária. Foi tudo lindo e ainda aproveitamos para dar uma turistada nas reduções. Durante as aulas resolvemos casos clínicos dos alunos que vieram cheios de dúvidas e ainda tivemos aula prática onde conseguimos consolidar os aprendizados teóricos do dia anterior.
Muito obrigado pela confiança @dermatovetcursos e parabéns a toda equipe pela organização! Espero ter contribuído na paixão pela dermatologia em cada um dos alunos 🙏
Crise em dose dupla 😱
A dermatite atópica possui alguns pilares importantes, como fatores imunológicos, alimentares e ambientais. Estes, dentro de sua individualidade, podem atuar como gatilhos disparadores de crises, e o fator ambiental aparece especialmente nas trocas de estação ou momentos de clima intenso. Para deixar mais didático: o meu número de atendimentos na primavera e verão as vezes chega a ser o dobro do número de atendimentos do inverno. Coincidência ou fatores climáticos? 😉
Enxergar o que está além do paciente é o que nos leva aos melhores resultados 👊 isto permite identificação e correção dos detalhes e um tratamento totalmente individualizado.