08/03/2024
Em um dia comum, enquanto caminhava pela rua, deparei-me com uma cena encantadora: uma ninhada de gatinhos tigrados brincando despreocupadamente. Um deles, no entanto, estava silencioso ao lado de uma banca de revistas, cuidado por uma gentil moça. Fiquei intrigada com esse gatinho tranquilo e, ao conversar com a moça, ela me aconselhou a escolher um dos filhotes mais animados. No entanto, meu coração foi conquistado pelo gatinho calmo. Rapidamente o levei para casa, onde o instalei confortavelmente no banheiro da minha mãe, providenciando comida, água e uma caixinha de areia. Após garantir seu conforto, retornei às pressas ao local, pois precisava fazer exames médicos antes de uma cirurgia iminente. Antes de sair, liguei para minha mãe e a avisei para não abrir a porta do banheiro. Ela, já prevendo minha ação impulsiva, brincou sobre a presença de um animalzinho no banheiro. Ao retornar dos exames, fui recebida por uma surpresa desafiadora: o gatinho, carinhosamente chamado de Tigrão, só conseguia andar com as patas da frente. Preocupada, levei-o imediatamente a veterinária, que diagnosticou uma pata quebrada e miíase no rabo, que logo se curou, mas o fez parecer um coelhinho sem rabo.
Nos próximos 13 anos, Tigrão se tornou não apenas um companheiro, mas parte essencial da minha vida. Desfrutamos de momentos de alegria, amor e companheirismo. Infelizmente, recentemente sua saúde começou a declinar, especialmente devido a problemas renais. Mesmo lutando bravamente, chegou o momento em que sua partida tava perto. Antes de partir, tivemos uma conversa emotiva, onde expressei meu amor por ele e encorajei-o a seguir em paz, levando consigo meu amor para seus irmãos no além.
Sua partida deixou um vazio em meu coração, mas sei que ele está em um lugar melhor, livre de dor e cercado pelo amor dos que partiram antes dele. Tigrão sempre será lembrado com carinho e gratidão por todos os momentos compartilhados e pelo amor incondicional que trouxe a minha vida.