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EQX Centro de Ortopedia Equina A EQX é uma equipe de médicos veterinários com ampla experiência na área de medicina esportiva,

07/11/2024

Perfusão Regional com Bifosfonatos | Dentro da estratégia terapêutica, em casos de osteoartrite da articulação interfalangeana proximal, utilizam-se bifosfonatos não nitrogenados, via perfusão regional. Este é um procedimento de rotina na EQX, onde aplica-se um garrote proximal à região acometida, canula-se a veia e administra-se a medicação, deixando o membro com garrote por 20 minutos.

Repetimos o procedimento depois de 10 a 15 dias. O casqueamento adequado, ferrageamento terapêutico, terapias articulares anti-inflamatórias e regenerativas também devem fazer parte dessa estratégia, com o objetivo de que o processo degenerativo não progrida, para que o animal possa desempenhar sua performance atlética.

O ângulo palmar (nos membros anteriores) ou plantar (nos membros posteriores) negativo, se refere à orientação do osso T...
05/11/2024

O ângulo palmar (nos membros anteriores) ou plantar (nos membros posteriores) negativo, se refere à orientação do osso Terceira Falange dentro do casco. E a Síndrome se refere à condição do colapso progressivo dos talões com suas consequências clínicas, nos andamentos e na performance.

Em um casco com ângulo palmar negativo, as asas da terceira falange (processos palmares) estão mais baixas que a região da borda solear (região da pinça do casco). As solas desses cascos apresentam uma perda do arco na região dos talões. Externamente, os cascos adquirem aspecto de “nariz de touro” na parede dorsal, ou apresentam-se com os talões escorridos e pinças achineladas.

Um alinhamento saudável da terceira falange com a cápsula do casco é ligeiramente positivo, determinado pelo formato normal do arco da sola, e varia de acordo com os formatos individuais dos cascos e as variações entre as raças.

Um ângulo palmar/plantar negativo afeta não somente a articulação dentro do casco (interfalangeana distal), como interfere também em outras articulações mais altas do membro, que são forçadas a ficar mais abertas, em posição de maior extensão do que o normal.

Por sua vez, as articulações estressadas podem envolver tecidos moles, resultando em desconforto ou dor em qualquer articulação acima dos cascos, incluindo boletos, tarsos, patelas e regiões lombo-sacra e sacro-ilíaca.

Os cavalos acometidos, geralmente, param “sobre si”, e não conseguem adotar uma postura normal de paralelismo dos membros quando parados em repouso. Nos humanos, seria o equivalente a andarmos sobre nossos calcanhares enquanto os dedos dos pés estivessem elevados, o que certamente causaria dores nos tornozelos, joelhos, quadril e coluna!

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Estratégias proativas podem ajudar muito os cavalos a manterem-se competindo, saudáveis, durante toda a temporada. E, qu...
23/10/2024

Estratégias proativas podem ajudar muito os cavalos a manterem-se competindo, saudáveis, durante toda a temporada. E, quanto mais a temporada de provas vai chegando ao fim, mais desafiador isso pode se tornar.
Trazemos aqui algumas dicas que vão promover saúde, bem-estar e longevidade atlética e podem ser usadas em cavalos de todas as modalidades e níveis de performance.

1. Mantenha um time: manter uma relação consistente entre treinador, veterinário e ferrador vai fazer com que o time esteja muitas vezes “à frente” dos problemas. A comunicação deve ser clara entre todos, para poderem trabalhar de forma eficiente, sempre com foco na saúde e longevidade dos cavalos. Respeito pelo animal deve ser um valor inegociável pela equipe, sua saúde e bem-estar em primeiro lugar.

2. Tenha planos estratégicos para as competições: conforme o ano vai passando, os planos podem sofrer alterações, pois desafios podem surgir no meio do caminho, como lesões ortopédicas, queda de rendimento etc, o que pode fazer com que a rota precise sofrer algumas alterações. Tratamentos devem ser realizados e reabilitações bem realizadas. Se o animal estiver recém-recuperado de uma lesão, por exemplo, opte por retornar em competições que demandem menor exigência, para que ele se readapte à atmosfera das provas, gradativamente.

3. Mantenha o escore corporal ideal, ou seja, segundo a “Escala de Henneke”, mais utilizada para medição de escore corporal (que varia entre 1 e 9), faça com que os animais em treinamento e competição se mantenham entre os escores 5 e 6; com dietas balanceadas de acordo com o biotipo e atividade do animal, feno de boa qualidade (e em quantidade adequada), sal mineral e água à vontade, são essenciais para o desenvolvimento da musculatura do cavalo atleta.

Animais acima do escore ideal, tendem a sobrecarregar suas articulações, tendões e ligamentos; e podem apresentar algumas alterações metabólicas decorrentes do sobrepeso, que vão prejudicar seu rendimento e a saúde em geral, inclusive predispondo-os a lesões ortopédicas.

4. Foco no treinamento estratégico, principalmente se os cavalos tiverem diagnósticos de fatores que antecedem lesões ortopédicas, ou mesmo cavalos que convivem com estruturas físicas já comprometidas pelo próprio esporte, o que não é incomum em nenhuma modalidade, mas que pode ser manejado de modo que os cavalos desempenhem seu papel com eficiência e sem dor.

“A vontade de se preparar deve ser maior que a vontade de vencer”, e isso deve ser utilizado no manejo e treinamento diários, para maximizar a longevidade atlética dos animais. Treinamentos visando desenvolver musculaturas específicas para sustentação articular; em pisos adequados para não sobrecarregar tecidos e proporcionar estabilidade ao corpo; evitar esforços repetitivos onde aumenta-se a predisposição e aparecimento de lesões; alternar intensidade de treinamento e tipos de exercício (não fazer o mesmo treino todos os dias); aquecer e desaquecer os cavalos em todos os treinamentos, e realizar uma avaliação individualizada à resposta de cada animal ao trabalho que está sendo feito. Isso é a chave para cavalos obterem sucesso.

5. Após um esforço intenso (de um trabalho forte ou uma competição, por exemplo) o corpo do cavalo pode levar vários dias para repor suas reservas musculares e se reestabelecer para estar pronto para um novo estímulo. Respeitar esse intervalo é fundamental tanto na rotina de treinamentos quanto nos intervalos entre as provas. Esse período pode variar de acordo com o esporte (alguns estímulos podem reduzir 80% do glicogênio muscular, por exemplo) e também de acordo com a dieta que o cavalo possui (animais sob dietas com teor reduzido de amido precisam de mais tempo para repor suas reservas de glicogênio muscular; podendo seguir perdendo peso e musculatura por alguns dias após o esforço, antes de começar a recuperá-las).

O talento é importante, mas as grandes conquistas são resultado da consistência de um bom trabalho em equipe, de processos que são repetidos no dia a dia, desde o manejo de baia, até o manejo do treinamento específico. Observar e avaliar o animal, conhecer cada um, entender seu grau de motivação para realizar o esporte e respeitar seus limites vai fazer com que os resultados e vitórias venham naturalmente, e se repitam a cada nova temporada.

🌟 Quais os riscos do mau posicionamento dos cravos?🌟 Que parâmetros são importantes ter em mente durante a colocação dos...
18/10/2024

🌟 Quais os riscos do mau posicionamento dos cravos?

🌟 Que parâmetros são importantes ter em mente durante a colocação dos cravos?

🌟 Quais sinais que os animais apresentam caso haja um cravo encostado? Quais as consequências possíveis se isso acontecer?

Arraste para o lado e confira!

15/10/2024

A terapia com shock wave é muito utilizada em nossas estratégias terapêuticas. O resultado é maximizado quando a aplicação é realizada com exata localização da estrutura afetada.

Assim, é escolhida a probe para profundidade ideal e foco máximo das ondas de choque, para que possam atuar em seu maior potencial para estímulo dos tecidos e melhores resultados.







As endocrinopatias, e suas interconexões com diversos sistemas biológicos, têm a capacidade de afetar muito o desempenho...
09/10/2024

As endocrinopatias, e suas interconexões com diversos sistemas biológicos, têm a capacidade de afetar muito o desempenho atlético em várias espécies. Reconhecer as similaridades entre cavalos e humanos permite que seja feita uma abordagem de “saúde única”, que une o cuidado humano, animal e do meio ambiente de forma conjunta.

A Síndrome Metabólica é um consórcio de distúrbios que afeta 25% da população americana e 38% da população brasileira; e é o maior fator de risco para o desenvolvimento da obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e doenças ortopédicas. As doenças endócrinas também estão presentes nos equinos, com 21% de cavalos (nos EUA) com mais de 15 anos diagnosticados com PPID (Disfunção da Pars Intermédia da Pituitária, também conhecida como Síndrome de Cushing), e uma estimativa de 20 a 40% da população equina pode estar em risco de desenvolver Síndrome Metabólica Equina (SME), que têm como risco importante o aparecimento de laminites espontâneas e quadros de laminopatias.

No entanto, existem efeitos ainda não tão reconhecidos das Endocrinopatias nos equinos que podem incluir degenerações de ligamentos suspensores, claudicações, osteoartrites (OA), doenças ortopédicas de desenvolvimento (OCDs), atrofias musculares, doenças cardiovasculares, disfunções de placenta e infertilidade. As pesquisas já caminham em direção ao futuro em busca de análises multiômicas, ou seja, integração da genômica (ciência que estuda os genomas), transcriptômica (estudo completo do RNA), metabolômica (estudo dos metabólitos dos processos do organismo) e microbiômica (estudo dos microbiomas).

A Desregulação Insulinêmica (DI) é definida como interrupções nas relações entre insulina, glicose e metabolismo lipídico, que desempenha um papel importante na Síndrome Metabólica e contribui para a patologia associada a outras condições que limitam o desempenho atlético, por haver envolvimento com síntese proteica, por exemplo.

A Dislipidemia é um componente central da patofisiologia por trás da Síndrome Metabólica. A inibição direta da ação da insulina pelos ácidos graxos elevados elimina o feedback negativo de certos hormônios, levando ao acúmulo de triglicerídeos no fígado e depósitos de gorduras nos músculos (lipídios intramiocelulares), reduzindo a captação celular de glicose, promovendo hiperglicemia e contribuindo para desregulação insulinêmica. A Síndrome Metabólica também contribui no papel do tecido adiposo em promover inflamação crônica. O tecido adiposo é um órgão endócrino biologicamente ativo, que secreta substâncias como citocinas, eicosanoides, proteínas de complemento, proteínas de ativação, proteínas de ligação, fatores vasoativos e reguladores do metabolismo lipídico que são conhecidos como adipocinas.

A identificação das endocrinopatias nos cavalos e o reconhecimento fenotípico dos indivíduos possibilita insights para mudanças de dieta, manejo e treinamento, para que os animais possam se desenvolver e performar com saúde.

02/10/2024

🐴 ROTINA EQX | Entender a fundo a modalidade esportiva do cavalo é essencial para acompanhar os movimentos de treinamento, prever lesões causadas pelo esforço e garantir o melhor desempenho nas provas.

Com esse conhecimento, o veterinário pode antecipar possíveis problemas e recomendar exercícios de reabilitação e treinamento específicos, garantindo uma recuperação eficiente e uma performance de alto nível.

O casqueamento e o ferrageamento seguem sendo peças-chave para a longevidade atlética de todos os cavalos de esporte!

🌟 Você concorda com a nossa linha de pensamento? Comente aí embaixo!

27/09/2024

Na EQX, a rotina de terapias sinoviais faz parte do protocolo especializado para promover a saúde articular dos equinos, visando a recuperação de lesões e o controle de doenças degenerativas. Utilizamos técnicas avançadas para garantir a funcionalidade e longevidade das articulações, sempre com foco no bem-estar e na performance atlética dos cavalos.

Tão importante para os cavalos quanto o aquecimento no início dos treinamentos (já comentado em post anterior) é o desaq...
25/09/2024

Tão importante para os cavalos quanto o aquecimento no início dos treinamentos (já comentado em post anterior) é o desaquecimento após o trabalho. A contração muscular produz calor, e o movimento é um mecanismo muito útil de aquecimento corporal. Depois de exercitar os cavalos, é importante ajudar na dissipação do calor, para que a temperatura corporal retorne à normal e, com isso, prevenir problemas relacionados ao superaquecimento.

Existem 4 métodos primários de transferência de calor do corpo do cavalo para o ambiente: Radiação, Condução, Convecção (ou Propagação) e Evaporação (esse é o mais eficiente, através do suor). A evaporação através do suor pode ser menos eficaz em dias muito úmidos, independentemente da temperatura.

Em condições climáticas normais, um cavalo de 500 kg, realizando trabalho moderado de trote e galope, perde, em média, de 5 a 7 litros de suor (e entre 50 a 70 gramas de eletrólitos, principalmente, cloreto de sódio, cálcio, potássio e magnésio). O mesmo cavalo, com o mesmo esforço, mas em dias de muito calor e alta umidade, pode perder de 10 a 12 litros de suor por hora.

O suor do cavalo é considerado hipertônico, o que significa que há mais eletrólitos presentes no suor do que nos demais fluidos corporais. No suor dos humanos ocorre o contrário, o suor é hipotônico, ou seja, os eletrólitos ficam em maior concentração nos fluidos corporais do que é perdido com a transpiração. Por isso, as estratégias de reidratação são bem distintas.

Seguem algumas dicas para evitar o superaquecimento dos cavalos, que podem resultar em queda de performance, “tying up” ou rabdomiólise e predispor a outros problemas musculoesqueléticos e sistêmicos.

✅ 1. Evitar trabalhar os cavalos nas horas mais quentes do dia.

✅ 2. Fazer exercícios intervalados, ou seja, após estímulo intenso, caminhar por alguns segundos (ou minutos) para breve recuperação antes do próximo estímulo.

✅ 3. Caminhar ao passo após exercícios, por, no mínimo, 10 minutos. Observar se o ritmo respiratório se normaliza após esse período e, caso ainda esteja ofegante, caminhar por mais alguns minutos, até recuperação total. Se possível, caminhar na sombra, para evitar a radiação solar direta, após o fim do treino.

✅ 4. Oferecer água aos animais. Sim, um cavalo quente pode tomar água, desde que não esteja extremamente gelada.

✅ 5. As duchas nos cavalos devem ser direcionadas aos locais com grandes vasos sanguíneos: na base do pescoço, entre os membros anteriores e posteriores e na porção interna dos membros, para que, desaquecendo as regiões de grandes vasos, diminua mais rapidamente a temperatura corporal. Evite direcionar a ducha de água para a região do dorso e da garupa, para evitar contraturas musculares.

✅ 6. Importante, após a ducha, retirar o excesso de água do animal, para que essa água não esquente e se comporte como bloqueio para redução da temperatura.

✅ 7. Em condições normais de treinamento de rotina, animais que recebem feno, concentrado de boa qualidade e suplementados com sal mineral, já recebem na dieta os eletrólitos suficientes para repor as perdas que venham a ter através do suor. Bisnagas de eletrolíticos podem ajudar a repor os eletrólitos em dias de treinamento muito extenuante, ou em dias muito quentes e úmidos. Elas devem ser administradas de 1 a 2 horas antes do trabalho e de 2 a 3 horas depois dos treinos.

🌟 Atenção! Cavalos que recebem suplementação com eletrolíticos devem ter acesso livre a água potável, já que a sede pode ser estimulada. Restringir o consumo de água poderá levar os animais a desidratação e possíveis comprometimentos intestinais.

A maioria das pesquisas que enfatizam crescimento e qualidade dos cascos envolvem a Biotina. Sabe-se que um cavalo típic...
19/09/2024

A maioria das pesquisas que enfatizam crescimento e qualidade dos cascos envolvem a Biotina. Sabe-se que um cavalo típico tem uma necessidade diária de 1 a 2 mg de Biotina por dia, e esta pode ser fornecida na dieta ou mesmo sintetizada pela microbiota presente no intestino grosso dos equinos.

A Biotina é um cofator em diversos sistemas enzimáticos. Em outras espécies animais, a deficiência pode levar a lesões de pele e em outras estruturas queratinizadas, e a biotina foi utilizada pela primeira vez, como suplemento, em suínos com problemas de cascos, com bons resultados.

Estudos demonstraram que a suplementação com Biotina em cavalos, em níveis de 15 a 20mg/dia, apresentou efeitos positivos na qualidade dos cascos de alguns animais, mas não em todos. Um grupo de pesquisadores alemães realizou pesquisas suplementando 97 cavalos com Biotina a longo prazo, num período entre 1 e 6 anos. 97 cavalos receberam 5mg de Biotina para cada 150kg de peso vivo.

A qualidade da parede dos cascos dos cavalos suplementados melhorou após 8 a 15 meses de suplementação, enquanto a condição dos cascos dos animais do grupo controle (sem suplementação) permaneceu estável durante todo o estudo. Outro achado interessante foi que em 70% dos animais houve uma piora (em observação física e histológica) após a suplementação com Biotina ter sido reduzida ou interrompida. A taxa de crescimento dos cascos dos cavalos tratados e de controle foram as mesmas.

A Biotina apenas melhora a qualidade do casco novo e não do casco pré-existente, por isso, sua eficácia depende de uma administração confiável nos níveis recomendados, por longo prazo. O Cálcio está presente em quantidades minúsculas no casco, aproximadamente 300 a 350mg/kg (ppm) de parede de casco. Uma das principais funções do Cálcio é auxiliar nas ligações de enxofre entre as proteínas do casco que permitem a coesão entre as células. Quanto mais forte a coesão, mais saudável e impenetrável será o casco.

A queratinização é a conversão de células epiteliais escamosas em queratina, a proteína predominante nos cascos. Segundo pesquisadores, o cálcio é essencial para a ativação de certas enzimas necessárias para queratinização normal. Em circunstâncias normais, a queratinização cria ligações resilientes entre as três camadas da parede do casco (stratum externo, médio e interno). A queratinização anormal ou incompleta pode deixar os cascos mais susceptíveis à danos.

Sem Cálcio, os cavalos são incapazes de atingir crescimento, desempenho ou saúde ideais. Uma deficiência de Cálcio certamente afetaria a qualidade dos cascos. Portanto, fornecer uma dieta adequada e balanceada aos cavalos, com olhar atento ao equilíbrio macro e micromineral, é um passo fundamental para a manutenção de cascos saudáveis.

Confira algumas fotos da participação da EQX no evento internacional "Biomecânica e Reabilitação do Cavalo Atleta", real...
13/09/2024

Confira algumas fotos da participação da EQX no evento internacional "Biomecânica e Reabilitação do Cavalo Atleta", realizado na Argentina, nos dias 9 e 10 de setembro.

O veterinário Dr. Irineu Palmeira Filho esteve presente representando a EQX e trocando conhecimento com profissionais de diversos países.

Mais uma oportunidade de aprimorar as técnicas e trazer as melhores práticas da ortopedia equina para nossos cavalos atletas!

Para nós, veterinários, ver a conexão entre cavalo e cavaleiro evoluir, alcançar metas e superar desafios é a verdadeira...
09/09/2024

Para nós, veterinários, ver a conexão entre cavalo e cavaleiro evoluir, alcançar metas e superar desafios é a verdadeira recompensa. Cada cuidado e cada tratamento nos lembra porque escolhemos essa profissão tão gratificante.

Cuidar é transformar. E, cada conquista que testemunhamos, faz tudo valer a pena.

Parabéns a todos os colegas que dedicam suas vidas a esse amor e ao cuidado pelos nossos amigos equinos! 🐎

A insulina tem um papel fundamental para o ótimo funcionamento das células, pois ela é capaz de “abrir as portas” das cé...
03/09/2024

A insulina tem um papel fundamental para o ótimo funcionamento das células, pois ela é capaz de “abrir as portas” das células para que a glicose da corrente sanguínea entre nas células e seja utilizada como fonte de energia. Além das suas características anabólicas, de promover a captação da glicose para as células, também estimula a síntese de aminoácidos e inibe a lipase dos tecidos.

O Cromo é um mineral essencial, reconhecido como componente do “Fator de Tolerância à Glicose” (em inglês, GTF), que potencializa a ação da insulina. Por causa do seu papel no metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas, e na liberação da glicose sanguínea, é interessante considerar sua suplementação em cavalos atletas.

A ativação de células envolvidas com o sistema imunológico é totalmente dependente da energia vinda da glicose. A maior captação de glicose pelas células pode aumentar a resposta imunológica dos animais, frente aos desafios da rotina esportiva. O estresse (a partir dos treinos, mudanças de temperatura, viagens, doenças, etc) também predispõe ao aumento da produção de cortisol, e o Cromo atua reduzindo os níveis dessa substância, segundo estudos realizados. O cortisol atua antagonicamente à insulina, e esse pode ser seu papel metabólico subjacente no estresse.

Nos tecidos musculares, o aumento da absorção de glicose auxilia na reposição dos depósitos de glicogênio, influenciando o processo de aumento de massa muscular e melhora de performance. Em humanos, a excreção de Cromo é maior em atletas do que em sedentários, e seu requerimento é aumentado pelas atividades físicas.

Pesquisas realizadas em cavalos atletas suplementados com Cromo demonstraram efeitos benéficos na resposta ao estresse causado pelos exercícios. Os grupos suplementados apresentaram níveis reduzidos de glicose pós-alimentação e também demonstraram picos menores nos valores de insulina e picos de cortisol. Também foram observados níveis mais altos de valores de triglicérides durante o exercício, indicando possivelmente uma mobilização mais eficiente do tecido adiposo. Os picos séricos de ácido lático no grupo suplementado foram significativamente mais baixos que os do grupo controle.

Sabendo da influência da desregulação insulinêmica nos animais obesos e no aparecimento de laminites espontâneas por causas endocrinopáticas, pesquisadores estão estudando a possibilidade da suplementação com Cromo ser efetiva no controle de doenças metabólicas. As dietas geralmente contêm níveis de Cromo, porém a biodisponibilidade pode variar de acordo com a fonte desse mineral.

No ritmo acelerado das competições equestres, os cavalos precisam se recuperar cada vez mais rápido entre suas performan...
29/08/2024

No ritmo acelerado das competições equestres, os cavalos precisam se recuperar cada vez mais rápido entre suas performances. Com um olhar voltado para suplementos que possam agilizar a recuperação dos animais entre as competições, os antioxidantes são muito pesquisados e, no cenário mundial atual, quem está sendo alvo de muitas pesquisas é a Coenzima Q10.

Exercícios intensos e prolongados geram alguns danos nos tecidos musculares e também causam o que chamamos de estresse oxidativo. Algumas vitaminas são bem conhecidas com ação antioxidante, como as vitaminas E e C, facilmente suplementadas nas dietas dos cavalos. Os antioxidantes atuam protegendo a membrana celular dos efeitos dos radicais livres, produzidos durante o metabolismo muscular.

A Coenzima Q10 é um poderoso antioxidante, um composto lipossolúvel, similar a uma vitamina e assim classificado por muitos autores, e é produzido por algumas células do corpo, na membrana das mitocôndrias. É essencial para vários processos vitais, que inclui como função bioquímica principal a transferência de energia nas vias do metabolismo aeróbico. A CoQ10 atua como engrenagem na geração de energia pelo organismo, produzindo uma biomolécula chamada ATP (Adenosina Trifosfato) a partir da glicose, na presença de oxigênio.

A energia produzida pelos processos aeróbicos é muito valiosa no metabolismo dos cavalos, pois, com uma molécula de glicose, são produzidas de 34 a 36 moléculas de ATP. Já nos processos anaeróbicos (sem presença de oxigênio), cada molécula de glicose é capaz de produzir duas moléculas de ATP, e produzem ainda um subproduto chamado ácido lático.

A Coenzima Q10 pode ser oralmente administrada aos cavalos, sendo absorvida nos intestinos e enviada para circulação, onde será atraída às membranas celulares por sua capacidade antioxidante. Trabalhos demonstraram que a administração oral diária de 800mg de CoQ10 (em pó), durante 60 dias, aumentou em 2,7 vezes a concentração desse componente na circulação dos cavalos do estudo.

Potencialmente, a CoQ10 possui duas formas de reduzir o tempo de recuperação pós-exercícios, devido às suas duas funcionalidades:

1. Maximizar a via de metabolismo muscular aeróbico, atrasando a entrada no metabolismo anaeróbico, com isso, economizando energia e reduzindo o ácido lático na circulação.

2. Reparar as células depois de exercícios intensos, com suas capacidades antioxidantes.

A tecnologia na medicina esportiva está cada vez mais atualizada, em diversas áreas, com pesquisas que decifram a fisiologia do cavalo de esporte, para a otimização de performance, nunca esquecendo o bem-estar e preservando as integridades física e psicológica dos animais.

Esta é uma pergunta muito comum entre os proprietários e treinadores de cavalos de esporte, quando notam o aparecimento ...
21/08/2024

Esta é uma pergunta muito comum entre os proprietários e treinadores de cavalos de esporte, quando notam o aparecimento de um volume na região da canela dos animais, na maioria das vezes, próximo ao carpo, face interna do membro. É mais comum nos membros anteriores, mas também pode aparecer nos membros posteriores.

Na anatomia do membro anterior, entre o boleto e o carpo, temos os ossos II, III e IV metacarpianos. O osso da canela é o III metacarpiano. Unidos a ele, por um forte ligamento interósseo, em cada lado, temos medialmente (internamente) o osso II metacarpiano e lateralmente (externamente) o IV metacarpiano. Nos membros posteriores, a anatomia é a mesma, porém, os ossos são chamados metatarsianos.

Os “sobreossos verdadeiros” (tecnicamente chamados de exostoses) são inflamações e/ou lesões do ligamento interósseo, causadas por sobrecarga nessa região, onde o organismo envia depósitos de cálcio para essas áreas, na tentativa de torná-las mais resistentes. Nessa fase, se for mantido o estímulo do treinamento, podem ocorrer fraturas e aumento significativo da dor. Há presença de calor, dor à palpação, edema e, algumas vezes, claudicação. Queda de performance e dificuldade na execução de movimentos específicos são queixas comuns nesses casos.

Deformidades angulares, desvios de aprumos e cascos mal balanceados, excesso de treinamento, especialmente em potros com sobrepeso, são causas comuns para o aparecimento dos sobreossos. Com a idade e o desenvolvimento, os ligamentos tendem a se ossificar e fusionar os ossos que unem, para maior resistência. Por isso, os sobreossos aparecem mais em animais jovens, especialmente em início de treinamento.

Existem também os “sobreossos de origem traumática”, onde ocorre uma inflamação no periósteo (camada mais externa do osso) dos metacarpianos / metatarsianos, seguidos de trauma externo (coices, batidas) ou interferências (cavalos que tocam o membro no contralateral ao movimentar-se). Haverá formação de fibrose e, em alguns casos, posterior ossificação, com permanência do aumento de volume.

O diagnóstico das exostoses é feito através da inspeção estática (observação do aumento de volume), palpação e confirmação através de um estudo radiográfico. Este último, importante para diferenciar de “fraturas de metacarpianos / metatarsianos” e “sequestros ósseos”, cujos tratamentos e prognósticos são diferentes.

Uma complicação desse quadro é quando há envolvimento do ligamento suspensor do boleto, que se localiza na região metacarpiana / metatarsiana e pode ser lesionado pela presença dos sobreossos. Nesses casos, um estudo ultrassonográfico é indicado para confirmar se há envolvimento e o grau de lesão que possa existir. Reduzir carga de treinamento ou deixar o animal em repouso, são medidas necessárias para que cesse o estímulo proliferativo.

Existem algumas terapias para controle das exostoses e um dos tratamentos de eleição utilizados pela EQX é o nitrogênio líquido, em aplicador específico e com protocolo determinado pelos veterinários da equipe, que proporcionará a redução e reabsorção do sobreosso pelo organismo. Aplicada com o animal sedado e anestesia local, esta técnica tem apresentado ótimos resultados (pelos brancos ficam no local da aplicação). Adequação do treinamento, correção de distorções e balanceamento dos cascos são indispensáveis, num trabalho conjunto com os ferradores.

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Sobre a EQX

A EQX é uma equipe de médicos veterinários com ampla experiência na área de medicina esportiva, com principal foco em ortopedia equina.

Somos uma equipe com o objetivo de prestar serviços a proprietários / criadores de cavalos, veterinários de todo tipo (esporte e passeio).

A nossa equipe envolve áreas diversas para prestar um serviço de qualidade.

Confira nossos serviços!