Parabéns @LuciaSavio, @DecioTalon e equipe pela conquista na Prova dos 3 Tambores, do 33º Congresso ABQM, com In Love Fame HR. Estamos muito orgulhosos por fazer parte dessa história e desse time!
@rodrigosavio
@harascowboysdorei
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Reabilitação dos cascos em cavalos atletas
Os problemas nos cascos podem ser desafiadores de serem tratados, especialmente porque cascos crescem lentamente e sofrem influência de diversas forças que atuam em seu formato, crescimento, postura, vascularização e posicionamento falangeano. Para isso, é fundamental que veterinários e ferradores possam juntos identificar, avaliar e tratar da melhor forma as patologias dos cascos. Mesmo com tecnologias modernas e a evolução contínua das técnicas de trabalho, essa missão não é fácil.
Primeiramente, não devemos menosprezar a rotina básica de cuidados com os cascos, em todos os cavalos, tanto nos sãos quanto naqueles com problemas. Pesquisadores já confirmaram que o intervalo entre ciclos de casqueamento e ferrageamento em cavalos atletas deve estar entre 4 e 6 semanas, para ser efetivo e prevenir desequilíbrios, além de reduzir o risco de lesões e distorções causadas por cargas assimétricas nos cascos. Ainda assim, o intervalo entre ferrageamentos pode ter uma variação individual, onde os ferradores vão identificar os animais que permitem um intervalo maior e os que precisam respeitar as 4 semanas para não ter prejuízos no equilíbrio e na qualidade dos cascos.
A visita de rotina dos ferradores pode auxiliar na identificação precoce de diversas patologias. Em um estudo realizado na Holanda, com um grupo de 950 cavalos, foi revelada uma prevalência inesperadamente alta (85%) de patologias nos cascos observadas durante as visitas regulares dos ferradores. A maioria das patologias (incluindo problemas na ranilha, hematomas subsoleares, rachaduras, doença da linha branca, laminopatias, entre outras) estavam em fases iniciais e se não fossem identificadas precocemente, poderiam causar problemas clínicos mais sérios, interferindo na campanha dos atletas.
O diagnóstico e identificação das estruturas envolvidas nas patologias dos cascos (e do dígito de maneira geral) é ponto-chave para reabilitação e retorno dos cavalos às pista
O exame de compra
Também chamado de “Vet Check”, o Exame de Compra (EC) tem como objetivo fornecer ao comprador informações que possam assegurar que o negócio seja feito com o devido conhecimento do cavalo. Cabe ao veterinário solicitado a realizar o EC, instruir seu cliente a respeito do estado atual de saúde do animal e, com isso, clarear o cenário do negócio.
A participação do comprador é fundamental para uma customização do exame, ou seja, entender a necessidade e os objetivos do futuro proprietário. Por exemplo, se o animal é para revenda, se é um cavalo para amador ou profissional, quais os objetivos de performance, se o animal é para finalidade reprodutiva, etc. Um animal com objetivo de saltar provas de 1 metro com cavaleiro amador tem um parâmetro de avaliação distinto de um animal com objetivo de saltar provas a 1,50m com cavaleiro profissional.
Geralmente, o EC é dividido em 3 etapas:
1. Avaliação da saúde geral, onde parâmetros básicos são examinados, como: estado geral, conformação, auscultação cardíaca e respiratória, dentição, visão, entre outros.
2. Avaliação do aparelho locomotor, com inspeção estática, palpação da musculatura e membros, avaliação dos cascos, inspeção dinâmica, testes de flexão, observação do animal em movimentos específicos (na guia, montado, puxado no cabresto em círculos etc).
3. Exames complementares, que são os exames de imagem (raio-x, ultrassom, endoscopia) e exames laboratoriais (anti-dopping para analgésicos e anti-inflamatórios, testes sorológicos de determinadas doenças — como teste de piroplasmose para animais a serem exportados para países livres da doença, ou sorologia para sarcocystis — para animais com suspeitas neurológicas).
Nem todos os exames citados no item 3 são realizados em todo EC. Os exames de imagem mais comumente utilizados são os radiológicos. As regiões padrão de realização das imagens são: cascos anteriores, boletos anteriores e posterior
Relação do casco e mecanismo de dor
Para entendermos diversas apresentações de patologias que ocorrem nos cascos dos cavalos, como processos de laminite, abcessos subsoleares, fraturas de terceira falange, fraturas de osso navicular e cartilagens alares, entre outras, é fundamental conhecermos mais profundamente os diversos mecanismos que o corpo do cavalo possui para transmitir e responder aos estímulos de dor.
Muitos casos de laminite desafiam a integridade das lâminas dermal e epidermal, parte do aparato suspensório da falange distal, que por sua vez facilita a transferência de forças entre o solo e o esqueleto durante a sustentação do peso, juntamente à parede do casco. Com isso, quanto maior o repertório para entender as patologias, suas consequências funcionais e seus mecanismos de dor, melhores estratégias apropriadas para o manejo da dor poderão ser formuladas.
A porção distal dos membros torácicos e pélvicos é inervada por nervos sensoriais que têm origem de C7, T1 e L6, S1 e S2, respectivamente; com inervação do casco realizada por ramificações dos nervos digitais medial e lateral, e o ramo dorsal do nervo palmar / plantar.
Embora os detalhes do padrão de inervação sensorial não estejam completamente definidos, as entradas sensoriais para os nervos aferentes do Sistema Nervoso Periférico são finalmente conduzidas ao sistema nervoso central através da raiz dorsal. Essas entradas sensoriais incluem a propriocepção (movimento de postura e orientação espacial), nocicepção (estimulação nociva) e interocepção (estado de homeostase interna, resposta aos estímulos em níveis viscerais).
Os corpúsculos lamelares do tipo Pacciniano e de Ruffini estão localizados focalmente dentro do aspecto palmar da derme da ranilha e bulbos dos talões. Esses proprioceptores sensíveis à pressão transmitem informações por fibras mielinizadas tipo Aα, de condução rápida, que dão informações relativas ao posicionamento do casco e a interação do solo com o c
Barefoot para cavalos de performance
O casco equino é uma estrutura flexível e sua deformação durante a locomoção é uma parte importante no seu mecanismo. Durante a fase de apoio do membro, a porção dorsoproximal da parede do casco se move palmarmente, enquanto a sola e ranilha afundam e os quartos movem-se lateral e medialmente induzindo a expansão da região dos talões.
Além da expansão dos talões, existe uma contração dos talões no final da fase de apoio, durante o breakover. Existem diversos métodos de estudos para quantificar esse movimento da cápsula do casco, e a expansão da região dos talões é explicada por dois mecanismos. A primeira teoria descreve que a expansão dos talões é causada pela pressão na ranilha pela força de reação do solo. Uma segunda teoria suporta que a expansão é causada pelo deslocamento palmar da segunda falange entre as cartilagens alares. O mecanismo de expansão do casco em si possui um papel importante na absorção do impacto (força de reação do solo) e na perfusão do casco.
Potenciais benefícios e riscos ao performar cavalos sem ferraduras têm sido amplamente discutidos em diversos esportes equestres. Em corridas de trote com Standardbred horses, por exemplo, num estudo publicado em 2020, da Universidade de Upsala (Suécia), pesquisadores obtiveram evidências estatísticas que correr desferrados melhora a velocidade dos cavalos, mas também aumentam o risco de galoparem (o que não é permitido na modalidade, podendo desqualificar o resultado). Nesse estudo, competir com os 4 cascos ferrados apresentou um risco relativo 26% menor do que competir desferrado.
A variação do clima e do piso das pistas de corrida foram fatores relevantes nesse estudo, onde os melhores resultados foram encontrados em pistas consideradas “neutras” (nem muito duras, nem muito soltas). Outro achado interessante foi que os cavalos ferrados apenas nos membros posteriores, estatisticamente, foram os que apresentaram melhor performance, independente
Hoje, no Dia Internacional da Mulher, queremos prestar homenagem a todas as incríveis mulheres que fazem parte do universo equino.
Nós somos mais do que veterinárias e profissionais do mundo dos cavalos; somos sonhadoras, apaixonadas e dedicadas, e cada uma de nós tem uma história única de superação e conquistas. E, todas nós compartilhamos a mesma essência e paixão inabalável por esses magníficos seres.
Juntas, continuaremos a inspirar, capacitar e moldar o futuro. Que este Dia da Mulher seja repleto de celebração e reconhecimento e que continuemos a trilhar juntas o caminho do sucesso, inspirando gerações futuras a seguirem seus sonhos com paixão e determinação.
Feliz Dia da Mulher! 🎉🐴✨
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A importância do warming up nos cavalos de esporte
O apropriado “aquecimento” ou “warming up” nos cavalos de esporte é essencial para manter os animais em forma, além de manter a musculatura com um tônus elástico. Ajuda a prevenir lesões em músculos, tendões e articulações, além de preparar tanto cavalo quanto cavaleiro, física e mentalmente, para maximizar a performance.
🌟 1. Disponibilidade de oxigênio: inicialmente, o aquecimento aumenta tanto a frequência cardíaca, saindo do estado de repouso, quanto a circulação sanguínea. O oxigênio é transportado através do sangue para os músculos e tecidos, e o aumento na circulação significa que o sangue atingirá esses locais mais rapidamente. Simultaneamente, ocorre a contração esplênica, isto é, o baço se contrai, liberando células sanguíneas vermelhas, que são as transportadoras de oxigênio.
Os cavalos são os únicos animais a apresentar essa perfeita fórmula para aumentar sua performance. A reserva esplênica pode chegar a aumentar até 70% das hemácias (células vermelhas) na circulação. O correto aquecimento faz com que o baço seja capaz de liberar progressivamente sua reserva, a ser uniformemente distribuída no organismo, aumentando e maximizando sua capacidade aeróbica e, consequentemente, sua performance.
🌟 2. Elevação da temperatura corporal: o “warm up” aumenta a temperatura da musculatura. Os principais combustíveis durante o exercício são glicose e glicogênio, e o metabolismo dos cavalos produz calor, aumentando a temperatura corporal. Algumas enzimas musculares trabalham melhor em temperaturas um pouco mais elevadas. No entanto, se a temperatura se encontra muito alta, o corpo simplesmente “desliga”, num mecanismo de autoproteção. Durante o aquecimento, gradualmente, a elevação da temperatura corporal vai maximizando a eficiência das enzimas musculares. Outro benefício é que a hemoglobina (proteína das células vermelhas responsáveis por carregar o oxigênio) funciona mais prontam
Miopatias por Acúmulo de Polissacarídeos PSSM1 e PSSM2
Miopatia por Acúmulo de Polissacarídeos resulta em um armazenamento anormal de glicogênio, que é a forma de açúcar armazenado nos músculos. Isso pode causar episódios de rigidez muscular e dor após exercícios (rabdomiólise por esforço, como já mencionamos em outros posts). Dois tipos de PSSM foram identificados, tipos 1 e 2, que apesar do mesmo nome, são miopatias completamente diferentes.
PSSM1 é causado por uma mutação autossômica dominante no gene GYS1 (Glycogen syntase1), que causa uma produção contínua de glicogênio pelas células musculares. Por ser uma característica autossômica dominante, apenas uma cópia da mutação é necessária para que um cavalo seja afetado. Fatores ambientais como dieta e exercícios desempenham papéis importantes no aparecimento dos sinais clínicos. PSSM1 geralmente acomete cavalos Quarto de Milha e raças relacionadas, como Paint Horse e Apaloosas, e algumas raças de tração, embora casos tenham sido relatados em mais de 20 raças. A severidade dos sinais clínicos varia desde assintomáticos a severamente incapacitados. O diagnóstico é feito através de biópsia muscular, onde é possível identificar o acúmulo de glicogênio nas células; e confirmado através de testes genéticos. Manejo alimentar, reduzindo picos de insulina, com rações com baixos teores de amido, são altamente indicadas, além de aumento de calorias com uso de óleos na dieta, mostram excelentes respostas clínicas.
PSSM2 é um termo para miopatias que apresentam presença de polissacarídeo sensível ou resistente à amilase de aparência anormal em biópsias musculares, sem a presença do gene GYS1.
O termo PSSM2 não indica uma etiologia específica e pesquisadores estão descobrindo que existem vários genes envolvidos com essa forma de miopatia. Aproximadamente 28% dos casos de PSSM diagnosticados em animais Quarto de Milha e raças relacionadas estariam classificados como PSSM2.
Pesquisadores enquadram PSSM2 como
A ranilha, uma estrutura presente nos cascos dos cavalos com importante função proprioceptiva, auxilia na capacidade que o animal possui em reconhecer a localização espacial do seu corpo, sua posição e orientação, a força exercida pelos músculos e a posição de cada parte de seu corpo em relação às demais, sem utilizar a visão.⠀
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Além disso, é um importante parâmetro no casqueamento dos cavalos, para delimitar a sola verdadeira e a região dos talões. Neste vídeo, a Dra. Andressa Maranhão Palmeira apresenta uma rápida dica sobre o assunto.
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Podridão de Ranilha
Por muito tempo achava-se que a podridão de Ranilha era causada por fungos, porém, sabe-se agora que essa infecção é causada principalmente por bactérias anaeróbicas, em especial, a Fusobacterium necrophorum, presente nas fezes e na maioria dos solos onde vivem cavalos.
Essas bactérias se fixam nos sulcos central e laterais da Ranilha dos animais e prosperam em um ambiente úmido, escuro e pouco oxigenado. Alguns sinais característicos da infecção são:
• Odor repulsivo;
• Secreção aquosa ou oleosa (geralmente de coloração escura);
• Sensibilidade na região da Ranilha;
• Fissuras ou bolsões profundos que se estendem até os bulbos dos talões;
• Perda do formato e integridade da Ranilha;
• Em alguns casos, pode causar claudicação do membro afetado.
Uma das principais causas do aparecimento dessas lesões se deve ao ambiente em que os cavalos se encontram, sub manejados, com camas úmidas, excesso de dejetos (fezes e urina) misturados à serragem, ou em casos de cavalos que ficam soltos, locais com muita umidade, lama ao redor dos cochos, etc. Com isso, conclui-se que, para evitar a podridão nas Ranilhas, um ponto fundamental é o correto manejo do ambiente (cocheira, cama, piquete, pista, etc).
A limpeza diária dos cascos é uma ação simples mas bastante eficaz, pois, retira o material que fica compactado nas solas, expondo o casco ao ambiente (com presença de oxigênio) e propiciando um ambiente desfavorável à proliferação das bactérias anaeróbicas.
O casqueamento com frequência de 4 a 5 semanas, onde o ferrador retira o excesso de sola na região da Ranilha, também auxilia e muito o manejo dos cascos. Cascos com excesso de parede na região dos talões, tendem a possuir uma Ranilha contraída, com sulcos profundos, predispostos a infecções.
Um dos fatores mais importantes para evitar essa patologia é o próprio exercício. Cavalos que trabalham ou se movimentam naturalmente durante o dia promovem uma boa vascula
Diferentes Rabdomiólises e Miopatias
Vamos abordar neste post as diferenças e apresentações das Rabdomiólises, já compreendendo que as Alterações Musculares por Esforço são divididas em 2 categorias. A primeira se refere às Rabdomiólises por Esforço e a segunda categoria são as Miopatias por Esforço. O que as difere é que na primeira existem danos às membranas das células musculares e presença de aumento das enzimas musculares séricas (especialmente CK). Já na segunda categoria existe intolerância ao exercício e baixa performance, mas não há danos à membrana das células musculares e, por esse motivo, não há elevação das enzimas séricas (CK, LDH).
Dentro da primeira categoria (Rabdomiólises por Esforço) temos as Esporádicas e as Recorrentes (com envolvimento de um ou múltiplos defeitos genéticos envolvidos).
A Rabdomiólise esporádica ocorre por sobrecarga de treinamento, muitas vezes, em animais com pouco preparo físico, deficiências nutricionais (falta de Selênio, por exemplo) ou desbalanços eletrolíticos (que podem incluir a presença de flutter diafragmático sincrônico), desequilíbrios na dieta, etc. Algumas horas após o exercício (geralmente até 12 horas após, dependendo do caso) os animais apresentam dor, sudorese intensa, relutância em mover-se, desidratação, a urina adquire uma coloração escura (mioglobinúria), sobrecarga renal e elevação de enzimas séricas musculares (principalmente CK, AST e LDH). O tratamento deve ser realizado imediatamente com fluidoterapia intensa, antinflamatórios não esteroidais, sedativos em alguns casos, e o prognóstico varia de acordo com o grau de degradação da musculatura e envolvimento renal.
A Rabdomiólise por Esforço Recorrente (RER) trata-se de uma disfunção na regulação de contração e relaxamento da fibra muscular. Essa disfunção é atribuída a um ou múltiplos defeitos em genes, que surgem sob certos estímulos ambientais. Os primeiros estudos foram realizados em cavalos puro sangue
Miopatias: o que devemos entender?
Em cavalos de esporte, existe uma grande preocupação com a massa muscular dos atletas, e esse tema envolve diversas áreas, que passam pela genética, nutrição, veterinária, treinamentos, entre outras. Algumas patologias que envolvem o tecido muscular se confundem entre si e esta, que é uma série de posts, vai trazer mais clareza ao assunto.
Miopatia é a designação genérica das afecções e doenças musculares. Podem ser de origem genética ou não; podem ser induzidas por esforço (trabalho) ou não; e podem também ser imunomediadas, entre outras etiologias.
Miopatias por Esforço são definidas por quadros de dor muscular e desempenho prejudicado durante ou após os exercícios. Também são conhecidas por “Síndrome da segunda-feira” ou “Tying Up”, entre outras denominações.
A Rabdomiólise por Esforço (ER) representa um subconjunto de Miopatias por Esforço, caracterizada por elevações das enzimas séricas Creatino Kinase (CK) e Aspartato Transaminase (AST). Dentre elas, temos a Miopatia por Acúmulo de Polissacarídeo tipo 1 (PSSM1); a Miopatia por Acúmulo de Polissacarídeo Tipo 2 em cavalos Quarto de Milha (PSSM2); Hipertermia Maligna; Rabdomiólise por Esforço Recorrente (RER) e Miopatia Miofibrilar (MFM) em cavalos Árabes.
Existem outras Miopatias por Esforço, como PSSM1 e MFM em cavalos Warmbloods, que não são caracterizadas por elevações de enzimas séricas (CK, AST). Cavalos com essas Miopatias por Esforço têm intolerância ao exercício e mostram relutância em avançar, reunir os posteriores para determinados movimentos. Nesses casos, como não são específicos (por não apresentarem exames bioquímicos alterados), as causas da diminuição de performance devem ser bem investigadas, descartando problemas de comportamento, sela, cavaleiro, claudicações por problemas ortopédicos, antes de se investigar a Miopatia Primária por Esforço.
As evidências das Miopatias por Esforço podem surgir como um evento es
Diferenças entre óleos na dieta dos cavalos
Dando sequência ao último post, onde discutimos alternativas nutricionais para substituirmos parte dos carboidratos por outras fontes energéticas, vamos abordar algumas diferenças importantes entre as gorduras disponíveis para utilização na dieta dos cavalos de esporte.
Além da geração de ATPs provenientes das gorduras, existem gorduras que são especificamente importantes para outras atividades metabólicas. Quando mensuramos a gordura total da dieta, estamos mensurando triglicerídeos em sua maioria. Dentro dos triglicerídeos, temos os ácidos graxos saturados (SFA) que não possuem duplas ligações entre sua cadeia de carbonos; os Ácidos Graxos Monoinsaturados (MUFA) que possuem uma dupla ligação entre os Carbonos da sua cadeia; e os Ácidos Graxos Polinsaturados (PUFA) que por sua vez possuem mais de uma dupla ligação entre os Carbonos da sua cadeia (ver ilustração). Dentro dos polinsaturados, temos os Ômega 3 e Ômega 6, e sua diferença reside no local onde há a primeira dupla ligação na cadeia de Carbonos. No caso do Ômega 3, a primeira dupla ligação está entre o terceiro e quarto Carbonos da cadeia, e no Ômega 6 entre o sexto e sétimo Carbonos da cadeia. Esses dois ácidos são essenciais na dieta de equinos, assim como humanos, e não são sintetizados naturalmente.
Outro fator importante é que os PUFAs ainda possuem outra subdivisão de acordo com o comprimento da sua cadeia de Carbonos. Os Ácidos Graxos Polinsaturados de Cadeia Curta (SC PUFAs) possuem 18 ou menos átomos de Carbono, comumente visto nos óleos vegetais. Os Ácidos Graxos Polinsaturados de Cadeia Longa (LC PUFAs) possuem 20 ou mais átomos de Carbonos em sua cadeia.
Nas pastagens, geralmente formadas por SC PUFAs, existem mais Ômegas 3 do que Ômegas 6, numa razão de 3:6. Com isso, cavalos geralmente ingerem mais Ômegas 3 do que 6 no pasto.
Quando adicionamos óleo de soja na dieta, passamos a ter uma relação de 1:7 entre os Ômegas 3 e 6. No caso do
Óleos na dieta de cavalos de esporte
Muito discutimos sobre as fontes energéticas utilizadas na alimentação dos cavalos de esporte, nas possibilidades de oferecermos dietas com menor concentração de açúcares e amidos, para evitarmos os picos glicêmicos e insulinêmicos. Muitas informações recentes trazem maior entendimento das alternativas, assim como das reais necessidades dos cavalos de esporte, em diversas modalidades.
Uma alternativa muito utilizada na rotina é a adição de óleos nas dietas dos cavalos, como fonte de energia, já que estão envolvidos no metabolismo como precursores de ATP, fonte de energia para as contrações musculares. Os óleos mais utilizados são os vegetais e os de peixe, havendo algumas diferenças entre eles.
Estudos têm sido realizados para avaliar como os cavalos reagem ao utilizarmos fontes de calorias digestíveis nas dietas, substituindo parte dos carboidratos por gorduras. Os cavalos que recebem mais gordura como fonte energética na dieta (pelo menos, 5 semanas recebendo suplementação com 30% a mais de gordura), tendem a utilizar menos carboidratos e mais gordura em exercícios prolongados. Isso pode ser interessante para determinadas modalidades esportivas, especialmente as que tem longa duração, onde depletar as reservas de glicose é uma das principais causas de fadiga nos animais (em esportes como enduro, por exemplo).
Por outro lado, nos esportes que exigem mais velocidade (cavalos de corrida, de galope, trote, quarto de milha, de tambor, etc), a dependência da glicose é mais imediata e as reservas de glicogênio do organismo são utilizadas rapidamente; numa relação exponencial entre velocidade e tempo de exercício.
Outra informação interessante é que os animais que recebem dietas com maiores concentrações de gordura levam mais tempo para reestabelecer os níveis basais de glicogênio após exercícios extenuantes, quando comparados a animais com dietas com fonte energética vinda basicamente de carboidratos.
Cavalos com dieta
Pedilúvio | Confira a dica prática da veterinária da EQX, Andressa Maranhão Palmeira, para um procedimento de rotina nos cascos dos cavalos.
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A obesidade nos cavalos pode expor os animais a diversos problemas de saúde, como: laminite, síndrome metabólica, resistência insulinêmica, lipomas, problemas articulares, redução da eficiência reprodutiva, entre outros.
Neste vídeo, a Dra. Andressa Palmeira fala sobre a importância da avaliação de escore corporal, compartilha um caso clínico e disponibiliza a Escala de Henneke em PDF no link da bio (Instagram) ou acessando: www.eqx.vet.br/henneke
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Menor incidência de lesões em tecidos moles: o que fazer?
Estudos sugerem que lesões de tecidos moles são responsáveis por 13 a 18% dos cavalos que precisam ficar parados, longe dos treinamentos; além de serem responsáveis por 33% das lesões capazes de terminar a carreira atlética dos animais.
Entre outros, dois dos fatores que contribuem para lesões em tecidos moles em cavalos atletas são o aumento agudo da carga de trabalho e o nível atlético do animal. Sugere-se também, em diversos estudos, que o patamar de forma física e habilidade atlética dos animais é inversamente relacionado às lesões de tecidos moles, e que o fato de serem soltos em piquetes pode ajudar a manter a forma física.
Períodos mais longos soltos em piquetes podem significar um risco menor de lesões de tecidos moles. Em 2021, pesquisadores da Universidade de New Jersey (EUA) realizaram um estudo retrospectivo comparando 146 cavalos com lesões confirmadas em tecidos moles, com idades entre 4 e 30 anos, atletas medianos, não considerados cavalos de elite.
O grupo (1) dos cavalos era solto em piquetes por 12 horas ou mais no dia, enquanto o outro grupo (2) era solto em piquete por menos de 12 horas por dia. O resultado do estudo demonstrou que dos 89 cavalos que eram soltos menos de 12 horas por dia, 50,6% obtiveram algum tipo de lesão em tecidos moles, comparado com 24,6% do grupo de 57 cavalos soltos por mais de 12 horas por dia.
Variáveis como comportamento, bem-estar, movimentação natural, entre outros, estão envolvidos nesse processo de “proteção natural” dos cavalos a sofrerem lesões.
Mais estudos estão sendo realizados nesse sentido, inclusive utilizando GPS nos animais, para quantificar essa movimentação espontânea e sempre buscar os melhores ambientes e situações para prevenir e evitar o aparecimento de lesões.
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O Dr. Irineu Palmeira Filho apresenta neste vídeo pontos importantes e diagnósticos diferenciais para abcessos subsoleares, muito comuns em casos de laminites crônicas.
Este assunto será abordado na LIVE de hoje à noite, a partir das 19h, com o tema: Tipos de Dor no Casco, no Instagram @FerradurasZanelatti.
Participações especiais das veterinárias Roberta Basile (@rcbasile) e Andressa Maranhão (@eqxvet). Não perca!
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