Latidos em excesso
Não importa se é quando ficam sozinhos ou quando escutam algum barulho, os latidos, uivos e choros incomodam tutores e vizinhos. E mais- são um sinal de que o animal não está bem também. O barulho que ele produz é o sinal clínico de um problema que necessita ser diagnosticado para podermos realmente resolver a questão. Será medo? Ansiedade? Excitação? Ou simplesmente tédio?
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Independentemente do que seja, as técnicas que são muitas vezes usadas (sprays de água, lata de moedas ou pedras, brigar, etc) tendem a abafar o sinal clínico e não a solucionar o problema em si. O resultado disso são animais menos confiantes em relação ao ambiente e ao tutor, redirecionamento para outro comportamento indesejado (lamber patas, destruir a casa, etc), ou inclusivamente piora no quadro a médio/longo prazo.
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OU SEJA, o problema continua e a chance de piorar/desenvolver outros é quase certa. Deixar o animal fazer barulho também não é opção, porque como foi dito acima isso signfica que algo não está bem na vida dele. Só precisamos fazer um diagnóstico preciso e aplicar métodos que visem não só a solução como o bem-estar animal!
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Precisa ajuda para ultrapassar alguma situação? Entre em contato com a gente e juntos vamos melhorar a qualidade de vida dos animais e seus tutores ;)
Hoje queremos falar sobre um tema muito importante: o espaço disponível para os nossos animaizíneos.
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Muitas pessoas acham que precisam de um espaço grande para ter um animal. Ou, se o espaço é pequeno, um gato é o ideal! Da mesma forma, acreditam que se têm um animal num espaço grande ele é feliz. Errado, errado e errado!
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Espaço não é a coisa mais importante. "Como assim? 😱". Assim mesmo. Tem algo com um peso bem maior: ESTÍMULO e COMPANHIA. Estímulos incluem a atividade física e mental, e conseguimos dar-lhes essa oportunidade através de passeios, de enriquecimento ambiental, de socialização com outros indivíduos, etc. A companhia é importantíssima na medida em que cachorros e gatos são animais sociáveis e precisam de atenção; ficar sozinhos por 8h seguidas diariamente não é saudável para eles, e não há espaço algum que compense essa falta.
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Não significa que um espaço grande seja mau, atenção! Nós presámos por um bom espaço externo na hora de escolher a casa onde íamos viver. E ainda assim, onde que os dois cachorros e o gato no vídeo estão? Juntos ao ser humano...
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Animal nenhum foi feito para ficar num espaço minúsculo. Mas, se querem saber, muitas vezes os cachorros 🐶 se acostumam melhor com isso do que os gatos 🐱. Mas mais importante do que isso, é darmos-lhes bastantes estímulos (tanto dentro quanto fora de casa) e que eles tenham companhia (atenção é fundamental). ROTINAS BOAS SÃO A CHAVE ❤
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Por isso, se tem uma casa pequena, é possível SIM fazer o seu animal mais feliz com algumas adaptações. E se tem uma casa grande, o seu animal precisa SIM sair e interagir com o mundo. 🌎
A qualidade do vídeo não é a melhor mas a Kitana é ❤ Esta grandona tem oito meses e já pesa mais que a maioria dos adultos comuns. Foi adotada por uma família espetacularmente maravilhosa depois de ter passado por uma criação terrível de fundo de quintal.
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Apesar de ser um amor, estava demonstrando alguns sinais de agressividade quando contrariada, reatividade com cachorros na rua e algumas brigas com os dois cachorrinhos que vivem na casa, e por isso iniciamos o trabalho com ela.
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Já estamos no terceiro encontro e a mudança é incrível! No vídeo estamos fazendo um exercício de comunicação em que ela é recompensada somente quando nos olha nos olhos, reforçando o vínculo e aumentando o foco dela.
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Somente com um trabalho focado no bem-estar geral do animal conseguimos realmente melhorar a qualidade de vida de todos os envolvidos e resolver o problema.
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Tem algum problema de comunicação com o seu cachorro? Atendemos presencialmente (em Curitiba) e à distância (via skype).
📞 +55 41 99599 0310
"Vem"
Hoje o Floki veio mostrar como fica amoroso correndo com as orelhas ao vento 😍
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Quando ele está no parque e vê um pássaro ou um amigo cachorro lá no fundo ele não se segura e vai correndo até ao infinito (e mais além), apesar de os tutores o chamarem...
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Não podemos esquecer que os animais não falam a nossa língua, por isso falar "vem", "sorvete" ou "la casa de papel" vai ter exatamente o mesmo efeito para eles. O que acontece sim é uma associação entre palavras e seu significado- mas para isso precisamos dar-lhes um significado!
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Através de repetições sucessivas seguidas de recompensas em ambiente controlado é possível fazermos essa associação, e aos poucos iremos treinar em ambientes com cada vez mais distrações. Somente desta forma teremos um animal equilibrado, feliz, com mais bem-estar, educado e com um melhor relacionamento com o tutor: vida mais fácil para todo mundo 💪
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Agora temos um Floki que vem quando é chamado 😊🐶
O Joaquim é essa lindeza que, apesar de jovem, demonstrava muita possessividade com relação à sua tutora. Bastava alguém falar com ela, ou somente passar próximo da divisória em que ela se encontrava, e ele voava na direção da pessoa, tendo inclusivamente mordido algumas vezes.
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Na sequência, o Happy Click foi chamado para intervir e somente depois de três semanas o resultado é magnífico! Pelo vídeo é possível ver que ele ainda não se encontra totalmente à vontade mas já permite que se chegue próximo, está aceitando muito melhor gente desconhecida e não houve mais histórico de mordidas aos restantes membros da família. O resultado foi espetacular mas só foi possível pela enorme dedicação dos tutores em seguirem tudo o que foi pedido durante as aulas. 😍
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Se o seu cachorro tem comportamentos agressivos ou que demonstrem algum tipo de desconforto, não acredite que não tem como melhorar! Assim como nós, eles aprendem durante toda a vida e a uma velocidade incrível. E não esqueça que não existem raças agressivas- existem cachorros que não sabem lidar com algum aspeto da vida deles e não compreendem o mundo da mesma forma que nós, mas com as orientações certas podemos modificar isso e promover muito mais qualidade de vida para todos os envolvidos :)
Felicidade ou ansiedade?
Um dos motivos mais comuns pelos quais somos chamados é para atender casos de ansiedade. Essa ansiedade pode ter vários motivos: falta algum tipo de necessidade básica na vida do animal que faz com que ele perca a capacidade de lidar com o ambiente que o rodeia, o animal tem muito medo e acaba reagindo de forma exagerada a um estímulo, a energia é demasiada e ele não está sabendo orientá-la para algo positivo, nunca aprendeu a lidar com a frustração, ou pode mesmo ser uma questão individual (quantos de nós não somos ansiosos também?).
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Muitas vezes felicidade acaba sendo confundida com ansiedade mas ainda que seja normal que um cachorro feliz fique ligeiramente ansioso, tem que ser num nível considerado normal e que ele consiga facilmente reverter. Dependendo do nível de ansiedade, ela se sobrepõe a qualquer outro sentimento e o cachorro não consegue ultrapassar essa situação, fazendo com que momentos normais no dia-a-dia sejam considerados estressantes para eles.
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E esse é o exemplo que vos trazemos hoje. O vídeo mostra um momento da semana passada onde fomos passear a nossa querida Coca e o nosso gostoso Murphy e a reação dos dois ao afastamento por três metros. O que pode parecer felicidade e amor é na verdade a Coca ativando o seu modo super guerreira de ansiedade e não sabendo lidar com o afastamento, ainda que mínimo e por pouco tempo. Do seu lado temos o Murphy que está tão de boa que parece estar em um outro mundo paralelo vendo unicórnios passando. Qual que acham que está mais feliz e em paz?
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O que também vos queremos mostrar neste vídeo é que através de algumas rotinas, exercícios e cuidados se pode prevenir ou melhorar este tipo de sentimento, o que irá facilitar a sua vida e a do seu animal! Caso tenha um pequeno ansioso ou queira evitar esse tipo de questão, entre em contato com a gente (Y)
Dessensibilização a fobias
O Gnocchi é essa fofura apertável do vídeo. É bem difícil para ele (e para os tutores) sair para passear porque ele tem medo de tudo e late sem parar. Porquê latir? Foi a forma que ele encontrou de se defender e aparentemente tem resultado- uma vez que ele SEMPRE late e NUNCA lhe acontece nada. Óbvio que não acontece nada de mal porque ninguém lhe irá fazer nada, mas ele não sabe disso e acredita que é porque ele latiu. Isso é chamado de comportamento auto-recompensante, ou seja, ele está fazendo um comportamento e está resultando, o que irá fazer com que ele continue usando o mesmo método em novas situações. As aulas tiveram o objetivo de aumentar um pouco a confiança dele, incentivá-lo a improvisar comportamentos novos, deixá-lo tanto física quanto psicologicamente mais cansado, treinar comandos básicos de adestramento e dessensibilizá-lo com as situações que ele tem medo. A dessensibilização (ou habituação) é o processo através do qual nós acostumamos um animal com um estímulo de forma gradual. O Gnocchi tem tanta intolerância que o simples som de crianças, pessoas ou outros animais o faz latir sem parar, ainda que esteja no conforto do seu lar. O processo de dessensibilização incluiu colocar som bem baixo e ir aumentando e passear bem longe dos estímulos, fazendo-o sempre focar em nós a troco de comida. Com isto ele está sendo acostumado que mesmo sem latir, não tem nada com que se preocupar. Ainda é preciso bastante trabalho, mas no vídeo já conseguimos vê-lo escutando sons de crianças, recebendo comida bem espaçada sem se preocupar e super focado no franguinho que estava recebendo. Boa Gnocchi! <3
Principal motivo pelos problemas comportamentais
Este vídeo podia ser a coisa mais fofa que vocês iriam ver hoje (sejamos sinceros- ainda vai ser porque não tem como ficar infeliz depois de ver isto 😍). Mas o motivo pelo qual o estamos mostrando é preocupante e sério. O Thor é esse filhote lindíssimo e apertável que, apesar de bem novo (menos de dois meses de idade), estava demonstrando vários problemas comportamentais sérios. A primeira parte de qualquer consulta comportamental com o Happy Click inclui um questionário sobre o histórico e estilo de vida do animal. E foi durante essa anamnese que descobrimos que o Thor, que já estava nos seus segundos tutores, foi retirado de próximo da mãe com cerca de 30 dias.
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Este é o exemplo que infelizmente vemos diariamente e que está relatado em dezenas -DEZENAS- de estudos científicos. A idade em que os filhotes são separados da sua mãe e da ninhada tem uma influência direta, permanente e importantíssima sobre o comportamento dos animais em adultos. Apesar de o desmame ocorrer antes do primeiro mês de vida, é crucial que se mantenham juntos por cerca de dois meses. Este período é crítico e extremamente sensível no desenvolvimento dos animais- nesta fase o cérebro está se desenvolvendo, formando novas conexões neurais. Então não é só uma questão comportamental que pode ser corrigida posteriormente mas sim uma condição que ficará com o animal para sempre.
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Qualquer comportamento tem como influência uma combinação de genética, ambiente e experiências (conhecido como nature and nurture). Então essa fase é importante não só pelas conexões neurais que falámos à pouco mas também porque permite aos animais ter o tipo certo de interações com outros co-específicos. A mãe é sinal de proteção e deixará o pequeno mais confiante e tranquilo para ir conhecer o ambiente sem ficar com medo, além de corrigir alguma conduta que o filhote esteja fazendo que não esteja certa. E é com os irmãos que eles aprendem a brincar e a se comunicar, compartilhar recursos e qual a força que podem fazer
Ensinando a não subir no sofá
O Jake é esta bolinha de pelo lindíssima que tem o costume de subir em cima do sofá toda a vez que os tutores se vão sentar. Foi-nos pedido para lhe ensinar a não subir mais no sofá- até agora sempre que ele subia os tutores colocavam no chão e ele continuava fazendo o mesmo. E porquê isso? Vejamos:
~ Quanto mais um cachorro repete um comportamento, mais ele continua repetindo ao longo do tempo. Por isso, apesar de os tutores o colocarem no chão toda a vez, ele ainda estava subindo e iria continuar a subir. Qual é o segredo então? ANTECIPAR. Precisamos antecipar de alguma forma que ele vai pular e não o deixar fazer, para que ele perca o hábito.
~ Só não o deixar subir não é também uma opção. Para um cachorro é muito difícil ensinar-lhe a não fazer algo- o mais fácil é ensiná-lo a fazer um COMPORTAMENTO ALTERNATIVO. Sendo que, nesse caso, a alternativa é colocar uma caminha fofinha do lado do sofá e incentivá-lo a usá-la, para que a troca seja justa e agradável para ele!
~ Simplesmente colocar a cama do lado do sofá não é suficiente para que ele entenda que precisa utilizá-la. Cachorros são muito intuitivos e regem-se muito por repetição dos comportamentos que sempre fizeram (como foi explicado acima). Uma cama que surgiu por magia do lado do sofá não é suficiente para que ele saiba que precisa usá-la. Por isso uma etapa muito importante é ensinarmos o pequeno que precisa usar a caminha. E como fazemos isso? RECOMPENSAS e REPETIÇÃO. Treinar em diversos contextos para que ele saiba que sempre que se aproximar do sofá precisa sentar na caminha. E vejam só que legal- assim ele fica num lugar bem próximo dos tutores, que é mais fofo que o chão e ainda recebe petiscos e carinho infinito!
Qualquer que seja o comportamento que gostaria de alterar no seu cachorro, não esqueça: precisa prevenir que ocorra dando-lhe uma alternativa, recompensar quando ele fizer essa alternativa e depois repetir bastante e em diversos contextos! :)
Reabilitação de um cachorro medroso
A Lolla foi recolhida da rua e já está na sua segunda família. Ela é tão medrosa que se assusta com tudo (mas tudo mesmo), não permite que ninguém chegue próximo e muito menos que toquem nela. O Happy Click foi contatado porque os novos tutores não estavam conseguindo interagir com a pequena e ela tinha já inclusivamente mordido em algumas situações, para se defender. Carinho? Nem pensar! Mas depois da primeira aula recebemos vários vídeos dizendo "Veja porque é impressionante, até chorámos!". E a evolução não podia ser melhor <3 Está até abanando a cauda! Ainda temos um longo caminho pela frente mas com tutores tão apaixonados como estes a Lolla em breve será outra! Não existem adestradores milagrosos ou métodos infalíveis, existem sim famílias que se envolvem e dedicam aos exercícios e dicas propostos. Hoje dormimos felizes por saber que finalmente a Lola conhece o significado de amor e carinho! :)
Alimentação natural
O tema de hoje podia ser descrito sobre várias perspetivas. Podia escrever como veterinária, como comportamentalista ou mesmo como apaixonada por animais. Mas hoje escrevo como Inês, mãe do pequeno Murphy. O Murphy foi diagnosticado aos onze meses com displasia coxo-femoral nas duas patas- isso significa que as suas duas pernas não articulam direito com a sua anca. Sempre que ele caminha (SEMPRE, minha gente!) o osso das DUAS pernas dele sai do lugar e volta. Conseguem imaginar a dor dele? E o meu desespero? Ele está numa fase bem avançada, com muita destruição articular, perda de musculatura, ... Não é só possível você sentir com a mão mas você inclusivamente consegue OUVIR os ossos saindo e voltando. Ele sempre se alimentou de ração super-premium e começou a receber medicação para dor diária, condroprotetores mega potentes, fez acupuntura, exercícios de fisioterapia diários, mil e um cuidados de manejo, etc etc etc. Mas o que melhor fiz por ele foi sem dúvida ter jogado a ração fora e ter começado a dar-lhe somente alimentação natural numa formulação específica para o problema dele. A partir desse momento a necessidade de medicação sumiu, não há dores quando a temperatura baixa e ele corre igual a um louco- como nunca correu na vida! No vídeo podem não só ver claramente isso mas ainda ouvirem a voz admirada de uma amiga (bem no final e bem baixinho) "Gente o Murphy está correndo", o que comprova tudo o que escrevi anteriormente. Alimentação natural é sim muito mais adequada ao animal, permite fazer formulações específicas para cada caso e os resultados são S-U-R-P-R-E-E-N-D-E-N-T-E-S. E não é só dar os restos de comida não- tem toda uma formulação cuidadosamente calculada para garantir que o animal receba tudo aquilo que precisa. Cachorro comendo ração é o equivalente a um humano se alimentar somente de miojo para o resto da vida- não é adequado, mas é fácil e rápido. A partir do momento em que existe uma prática que se traduz em maior bem-estar, saúde e longevida
Sobre as idas ao parque
Felizmente vivemos em uma sociedade cada vez mais pet friendly, em que os animais nos acompanham para todo o lado e há espaços designados especificamente para eles. Quer seja aquela praça próximo de sua casa, um espaço no seu condomínio ou os lindos parques da cidade, sempre vemos cachorros interagindo e brincando. Assim como isso pode ser uma oportunidade maravilhosa para os cachorros se divertirem e socializarem, temos que ter a certeza de que é feita corretamente para que não ocorra qualquer tipo de incidente. E como fazemos isso? Primeiro, temos que ter certeza que o nosso cachorro está bem socializado e sabe como se relacionar com outros dogs. Segundo, por muito sociável que ele seja sempre temos que ficar de olho- passear cachorro não é hora para ficar com o celular na mão ou conversando com o amigo! Temos que ter atenção a tudo o que o cachorro faz para ter certeza de que ele está feliz, não está fazendo nada que o o possa machucar e também para limpar o seu cocozinho! Terceiro, quando virmos que alguma coisa o está incomodando devemos ir em seu auxílio. Cachorros que mostram claramente que estão desagradados com uma situação (mostram sinais corporais de calma, tentam fugir, escondem atrás das pernas do tutor, etc) precisam da nossa ajuda e você DEVE SIM ajudá-lo. Pegue nele e leve-o para um outro espaço ou para longe do problema, para que ele possa relaxar e entender que você o protegerá de qualquer incidente. Cachorro que é deixado livremente para brincar com a ideia de que "deixa-os que eles se resolvem" acabam se tornando muitas vezes reativos ou mesmo agressivos a outros cachorros porque é a única hipótese que têm de se defender. A melhor forma de evitar esse tipo de situação é estando bem atentos e mostrar ao nosso pequeno que não precisa partir para a agressão, porque caso se sinta desconfortável nós iremos ajudá-lo a resolver a situação. No filme temos o nosso assistente Murphy e os seus amigões Felycia, Kira, Tiga e Luke, em uma das muitas vezes que