08/12/2020
O que entendemos como “comportamento destrutivo dos cães” nada mais é do que uma maneira de expressão. É assim que eles manifestam um aprendizado, uma necessidade ou uma emoção.
Cães exploram o ambiente com o focinho e a boca (especialmente os filhotes). É dessa maneira que descobrem tudo ao redor, cheirando, lambendo e mordendo o que não conhecem.
Esse comportamento também pode estar associado à ansiedade ou estresse por falta de atividades, para chamar sua atenção, por f**ar sozinho durante muito tempo (...humanos roem as unhas, cães mordem objetos) ou a um distúrbio de desenvolvimento, como a Síndrome Hs-Ha (hipersensibilidade e hiperatividade), que tem como causas condições de vida inadequadas ou manifestação de uma doença (depressão involucional, hipotireoidismo etc).
Algumas dicas importantes:
Esqueça os repelentes e a infeliz ideia de prender o seu cão. Nada disso irá funcionar! Em se tratando de comportamento, não existem soluções fáceis. O melhor a fazer é descobrir o que está levando o cão a destruir objetos.
Se o cão ainda é um filhote, não esqueça que morder é algo natural para ele, pois o ajuda a fortalecer a musculatura da mandíbula e a aliviar a dor associada à troca dos dentes, o que ocorre entre o quarto e oitavo meses de vida. Além disso, ele também morderá mãos, pés e roupas das pessoas da casa, simulando as divertidas “lutas” que teria com seus irmãos de ninhada, com o objetivo de medir sua força e descobrir sua posição hierárquica no grupo social. Uma boa dica é oferecer para ele alternativas como um osso grande, que ele não consiga arrancar pedaços, ou brinquedos desenvolvidos para exercitar a mordedura. Não esqueça também de promover caminhadas constantes e curtas e brincadeiras para que ele gaste energia.
O tédio e a necessidade de atenção também poderão motivar a destruição de objetos. Cães precisam de atividades que exercitem não somente o corpo, mas também a mente. É importante que manifestem seus sentidos e que interajam com tudo ao redor, do contrário f**arão entediados e rapidamente arranjarão o que fazer.
Se a destruição de móveis ocorrer por separação, o mais indicado é promover uma terapia comportamental de distanciamento, ou seja, fazê-lo associar que f**ar sozinho é bom, ou não é tão ruim assim. O primeiro passo é livrar-se da culpa por ter de deixá-lo sozinho por algumas horas e prepará-lo desde cedo para os inevitáveis momentos de separação. Evite os mimos, que apenas contribuirão para o hiperapego, tornando-o cada vez mais dependente e, consequentemente, ansioso. Crie um ambiente divertido (onde ele encontre coisas novas e opções de atividades) e possa acessar somente na sua ausência.
Estabeleça uma “moeda de troca” (uma guloseima, por exemplo) e sempre que possível negocie com ele..., algo como “faça para ganhar”. E aproveite essa dica para que ele aprenda a respeitar seu espaço.
Quem tem ou já teve um cão sabe que esse tipo de comportamento geralmente ocorre quando os tutores não estão por perto ou atentos. Mas há cães que não se limitam a essa condição. Nesse caso, é preciso considerar a possibilidade de distúrbio de desenvolvimento como a Síndrome Hs-Ha.
É, você já percebeu que não é tão simples assim prevenir ou corrigir comportamentos indesejados. Portanto, pense na possibilidade de participar de aulas de Educação Canina com seu melhor amigo. Profissionais formados e bem preparados poderão ajudá-lo nessa missão. O segredo está na mudança de atitudes. Basta isso para alcançar o sucesso.
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