25/04/2021
Gaiola Aberta... Réquiem (Descanso)
Eis por um momento o esquecimento, Más agora o Advento... a Páscoa ... a Ressureição... E a lembrança se faz: OSVADO OLIVO, filho de SANTA ROSA de VITERBO/SP, antiga IBIQUARA e ICATURAMA, que parecem nome de pássaros, mas não são não. Veio buscar a saúde de sua Genitora por conselho Médico nas novas terras do Sertão, mas a poeira não deixou não, acaba ficando quase sozinho, só com um irmão, 19 anos mais velho então, quase um pai. O solo vermelho, ora barro ora poeirão. Trabalha, trabalha e m***a um salão de Barbeiro em plena Avenida Brasil (Salão Central), mas lá no cantinho sempre alguns pássaros a mão, o cantar ajuda a esquecer o seu rincão, a saudosa Santa Rosa de outro Sertão, perto de Ribeirão. Mas o cantar dos pássaros, o ajuda na solidão...ou mesmo na sofreguidão. Triste se faz, de vê-los presos, mas como resolver a questão? Em retribuição, logo faz uma criação, agora casado com esposa e meninos pequenos: não, não vai mais embora não. Cria canários belgas, pintagois, em fim o “Minuano” um Roller Bronze, pai de uma coleção, cantos, cores e portes, mil cores, que nem sei quais são? Cria um Clube (COM), uma Associação, em conjunto com companheiros e amigos então, reuniões, responsabilidades, feiras, exposição, concursos, troféus e um sorriso no coração. Estimula até os meios de comunicação: dá entrevistas, ensina a criar, agora o parque de exposição, entre bois, cavalos, pequenos animais e os mais variados e belos pássaros ali estão. É um legado aos Maringaenses em questão, alegria da criançada. Nunca desiste não, e consegue até uma sede em Pleno Parque do Ingá, para reuniões e exposições aos domingos e feriados...Sócios e amigos sempre atentos e reunidos... sempre em conversação... e o tempo passa, passa o tempo então, novas direções, novas ambições...só ficam poucos pássaros, advêm o câncer , o infarto, o câncer de novo e enfim a morte, sobram alguns poucos pássaros , quase nenhum a cantar...um velho pintassilgo, velho de doer, que busca cantar mas seu amigo já não vê, um corrupião brilhante como o sol, com sua melodia melancólica também já não encontra o velho amigo que saia pelos terrenos a buscar melões de São Caetano para suas p***s enaltecer...Todos se foram, outros irão mas o cantar melancólico do “sofrê” ... sofre o coração, viva a vida meu irmão e que as asas de um anjo um dia te leve para junto de Deus, Amém.