28/04/2021
A hiperlipidemia é o aumento do nível de colesterol, triglicerídeos ou ambos no sangue e tem a ocorrência relativamente comum nos pequenos animais. O animal com hiperlipidemia pode apresentar dores abdominais, diarreia, vômito, problemas oculares e convulsões, entre outros sintomas.
A hiperlipidemia após a alimentação é fisiológica e desaparece em 7 a 12 horas após a refeição. Depois desse período de jejum, a hiperlipidemia torna-se um problema e pode ser classif**ada como primária ou secundária, dependendo de sua origem.
A forma primária da hiperlipidemia é quase sempre de origem hereditária (geralmente associadas a raças específ**as, como é o caso da raça Schnauzer miniatura e do pastor de Shetland).
A forma secundária é mais prevalente na espécie canina e ocorre como consequência de doenças que interferem no metabolismo das lipoproteínas, como as doenças endócrinas (diabetes mellitus, hipoadrenocorticismo, hipotireoidismo e obesidade), pancreatite aguda, colestase hepática, síndrome nefrótica.
Além disso, a hiperlipidemia ser consequência de uma dieta com ingestão prolongada de alimentos com alta concentração de gordura ou devido ao uso de medicamentos como glicocorticóides e fenobarbital.
A hiperlipidemia pode aumentar a viscosidade plasmática, o que afeta o sistema nervoso central e ainda pode causar danos no ouvido interno. Os cães afetados estão sob o risco de desenvolver pancreatite, convulsões, distúrbios gastrointestinais, oftalmopatias, hepatite e diabetes mellitus.
É recomendado o controle da hipertrigliceridemia, com o objetivo de reduzir as concentrações séricas dos triglicerídeos para um nível abaixo de 500 mg/dL, mesmo quando os sinais clínicos não estiverem presentes.
A restrição de gordura dos alimentos é a primeiro passo do tratamento, por meio da utilização da dieta com porcentagem de gordura menor que 10% da matéria seca. Como coadjuvante, nos casos em que a dieta não se mostra ef**az, pode-se utilizar as dr**as hipolipidemiantes.
A hipertrigliceridemia não apenas sinaliza a presença de distúrbio metabólico, mas é fator de risco importante para a saúde do paciente, e, justif**a a intervenção dietética e/ou terapêutica.