19/12/2022
O câncer de mama em cadelas é uma das principais neoplasias nesses animais. De acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), atinge cerca de 45% das fêmeas caninas. Enquanto que nas fêmeas felinas essa taxa é em torno de 30%. Além disso, na maioria dos casos os nódulos descobertos podem ser malignos. Os dados também revelam que a incidência de tumores malignos é maior em gatos.
O câncer em cadelas, quando se manifesta de forma benigna, não prejudica sua qualidade de vida do animal. Ou seja, de modo geral, costuma ter tratamento e o animal se recuperar bem.
Entretanto, o diagnóstico precoce é essencial para que isso aconteça. O que está na contramão da realidade, tendo em vista que aproximadamente 17% dos diagnósticos em cadelas são realizados de maneira tardia.Reduzindo, desse modo o que reduz as chances de efetividade do tratamento.
O câncer é uma doença multifatorial, caracterizado como um crescimento desordenado de células no organismo. No caso dos tumores mamários, essa multiplicação celular se dá nas glândulas mamárias do animal. Além disso, reúne componentes genéticos, hormonais, nutricionais e ambientais
Também chamado de neoplasias mamárias, a ocorrência em cadelas e em mulheres apresentam similaridades epidemiológicas, clínicas, biológicas e genéticas, o que possibilita a utilização da cadela como modelo comparativo experimental.
Apesar de ser comum nas fêmeas caninas, por conta da produção de hormônios como estrógeno e progesterona, o câncer de mama também atinge cachorros (e gatos) machos, por isso a prevenção deve ser feita em ambos os sexos. Além disso, não existe predisposição racial, portando qualquer pet pode ser alvo da doença.
Atrelada muitas vezes a gravidez psicológica, essa disfunção hormonal que ocorre nas cadelas é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença.
Alguns fatores podem estar relacionados ao surgimento do câncer de mama em cadelas como a ingestão de medicamentos hormonais. Principalmente anticoncepcionais ou suplementação.