04/07/2022
Hoje vamos falar um pouco sobre prostatomegalia.
A próstata é uma glândula sexual acessória responsável pela produção dos fluidos que transportam o espermatozoide.
As doenças prostáticas são comuns em cães machos, adultos e idosos, não castrados e geralmente causam prostatomegalia (aumento/alterações da próstata)
As alterações prostáticas mais comuns são: Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), prostatites, cistos prostáticos, abscessos prostáticos, metaplasia prostática escamosa e neoplasia prostática.
Os sinais clínicos que indicam a existência de alterações prostáticas são:
tenesmo,
hematúria,
estrangúria (micção, emissão lenta e dolorosa da urina),
disquesia (dificuldade para defecar, para expelir os excrementos (fezes ou urina) ou evacuação dolorosa),
constipação,
secreção prepucial ou uretral,
disúria (dificuldade para urinar que pode ser acompanhada de dor).
A ultrassonografia veterinária transabdominal é o exame complementar mais recomendado e utilizado para o diagnóstico de doenças prostáticas em cães por ser um procedimento não invasivo, além de ser altamente sensível, o que permite uma avaliação detalhada do tamanho e da morfologia prostática.
Neste paciente, através do exame ultrassonográfico, dianosticou-se prostatomegalia associado com prostatite (inflamação da próstata), que são alterações comuns em cães machos, adultos e idosos, não castrados.
O tratamento da prostatite é baseado no uso de antibióticos associado a castração, que em 90% dos casos reduz a hiperplasia prostática, e assim auxilia no controle da infecção.
Nos casos em que o tratamento com antibióticos associado à castração não funcionar, restam duas alternativas: o uso de antibióticos em baixas doses por períodos prolongados (pulsoterapia), ou a cirurgia para remoção da próstata, que deve ser o último recurso, devido aos altos índices de complicações: podem ocorrer hemorragias, extravasamento de urina, deiscência (quando os pontos se abrem), infecção e incontinência urinária, que chega a afetar 90% dos cães operados.