29/06/2020
A Leishmaniose canina é uma infecção parasitária causada por protozoários do gênero Leishmaniae que é transmitida pelo mosquito palha (Lutzomyia longipalpis) infectado. Existem dois tipos principais de leishmanioses a TEGUMENTAR e a VISCERAL.
Na leishmaniose tegumentar há o aparecimento de lesão
no local da picada, onde ocorre a multiplicação do protozoário, posteriormente forma-se um nódulo que dá
origem à úlcera. A lesão pode ser única ou múltipla, dependendo do número de
picadas. Alguns animais podem apresentar nódulos com aspecto tumoral na
pele ou mucosas. As lesões geralmente são de difícil cicatrização.
Na leishmaniose visceral pode ser na forma assintomática ou sintomática. Cerca de 60% dos
cães são assintomáticos, ou seja, nem todos os animais desenvolvem a
doença. Os sinais clínicos podem demorar de meses a anos para se manifestar
após a infecção. A manifestação clínica pode iniciar como
uma lesão cutânea e, posteriormente, disseminar-se sistemicamente atingindo os órgãos.
Por se tratar de uma questão de saúde pública, o diagnóstico da leishmaniose canina era praticamente uma sentença de morte até pouco tempo atrás. O Ministério da Saúde não permitia que o tratamento fosse realizado, pois a doença não tem cura. Essa realidade começou a mudar em 2016, quando surgiu um novo medicamento regulamentado pelo Ministério da Saúde e com resultados bastante positivos. Mas é preciso lembrar que a leishmaniose canina permanece sem cura total. O que esse tratamento faz é promover uma cura clínica. Isso significa que o cachorro não apresentará lesões ou sinais de estar doente. Ele vive como se fosse um animal saudável. O medicamento diminui a carga da Leishmania de forma a conter os prejuízos da doença. Esse animal também deixa de ser fonte de transmissão. Atualmente, os métodos mais eficazes para combater o avanço da leishmaniose nos cães são o uso de repelentes tópicos, coleiras especificas contra leishmaniose e a vacinação.