Araras lutino
Há uma semana atrás, publicamos aqui na página uma postagem sobre as araras-piranga (Ara macao) brancas (leucisticas). Uma mutação rara, e que até onde se sabe, não ocorre em outras espécies de araras (gênero Ara) brasileiras.
Porém, outras espécies de araras muito populares aqui no Brasil também possuem mutações raras, como é o caso das araras-canindé (Ara ararauna). As aves do vídeo apresentam uma condição genética chamada de lutinismo, em que elas nascem sem a capacidade de sintetizar os pigmentos azuis e pretos da penugem, tornando-se brancas e amarelas.
As araras lutinas são raras e a grande maioria é encontrada em criatórios fora do Brasil. Embora já tenha sido registrado um indivíduo lutino selvagem, essas aves tem pouca chance de atingir a idade reprodutiva na natureza, pois sua coloração as torna um alvo fácil para os predadores naturais, e também para o tráfico de animais silvestres por sua beleza...
Imagens originais disponíveis em:
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiK5IL0pu7YAhWJHpAKHUsaAH4QjRx6BAgAEAY&url=http%3A%2F%2Fwww.ashmorepalmsgoldcoast.com.au%2Ffacilities%2Fexotic-birds&psig=AOvVaw2Y887xVW0jkea8RKn8Ylt5&ust=1516804375586250
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https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjPhfOgp-7YAhVDUZAKHQ7gAv4QjRx6BAgAEAY&url=https%3A%2F%2Ftwitter.com%2Favizandum_birds%2Fstatus%2F721955737958772736&psig=AOvVaw2Y887xVW0jkea8RKn8Ylt5&ust=1516804375586250
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjRzuP1qO7YAhUHDpAKHah4CccQjRx6BAgAEAY&url=http%3A%2F%2Fkeywordsuggest.org%2Fgallery%2F1243244.html&psig=AOvVaw37lzC_AX400lsqNILxm4WX&ust=151680431925441
Você já viu um macaco tomando sorvete? E será que isso é permitido? Não faz mal a saúde?
Enriquecimento ambiental, esse é o nome dado a varias técnicas que tem por objetivo diminuir os problemas causados em animais que não estão em seu ambiente natural, comumente aplicado aos que vivem em cativeiro.
Viver em lugares onde a comida é farta e não se preocupar com outro animal o caçando, parece ser a melhor opção do mundo, mas para um ser vivo que tem toda a fisiologia e anatomia preparadas para as intempéries do mundo animal, isso pode significar tédio, ansiedade, tristeza, medo, raiva e outros que podem levar a doenças e episódios de depressão e mutilação. Na maioria das vezes, esses comportamentos se agravam por estímulos dos visitantes, que gritam e jogam coisas durante horas.
Existem registros de animais que passam de 80 a 90% do seu tempo lutando pela sobrevivência, sendo a maior parte a busca por alimento. E dentro de um cativeiro, o animal necessita de gastar toda essa energia acumulada que seu organismo prepara para uma vida de sobrevivência, resultado? Muita energia para gastar e nada para fazer. Um mix de hormônios e enzimas são liberados, então o animal passa a ter comportamentos chamados de esteriotipia¹ (mais popularmente conhecido como estresse animal). Para combater o estresse em cativeiro, biólogos, veterinários e zootecnistas elaboram atividades como as das fotos, que de diversas formas fazem com que os animais liberem a energia acumulada. Quando essas atividades tem continuidade e não apenas uma vez ou outra, as chances de precaver os comportamentos negativos citados são bem grandes.
É importante lembrar que não só os animais silvestres é que sofrem com o acúmulo de energia e estímulos negativos, os domésticos também, vale o alerta. Será que você sabe realmente tudo o que seu cão precisa?
Mas e o sorvete não faz mal?
Esses sorvetes são preparados a partir de receitas especiais, elaboradas com base de frutas, sementes, água, mel, rações específ
Papagaios azuis, oi?
Papagaios, eles fazem parte da vida de muitos brasileiros... mas você já tinha visto algum "loro" azul antes?
É exatamente isso que você está vendo, essas aves do vídeo são papagaios-de-nuca-amarela (Amazona auropalliata), que é uma espécie de papagaio amplamente distribuída pela a América Central. Sua coloração padrão em estado selvagem é o verde, muito semelhante a dos seus primos, os papagaios-verdadeiros (Amazona aestiva), que são os nossos populares “loros” aqui no Brasil.
As aves do vídeo possuem uma condição genética rara chamada leucismo, a mesma mutação genética que torna as araras-piranga (Ara macao) brancas, mas então, por que esses papagaios são azuis e não brancos? A resposta é simples, o leucismo causa uma deficiência na produção dos pigmentos amarelos e vermelhos, mas não afeta a síntese do pigmento azul.
Através de uma analogia bem simples, podemos compreender esse processo. Lembra-se de quando a sua professora de artes dizia para misturar as cores azul e amarelo para obter a cor verde? Pois bem, é isso o que acontece, de forma muito simples é claro, com esses papagaios, pois na ausência do pigmento amarelo as partes da penugem que possuem o pigmento azul continuam azuis e as partes que seriam amarelas ou vermelhas se tornam brancas.
Vale ressaltar, que papagaios azuis (leucisticos) são raros na natureza, pois essa condição genética reduz a aptidão dos seus portadores em se esconder (camuflagem) dos predadores. No entanto, em cativeiro como não há predadores esses indivíduos sobrevivem e prosperam, sendo extremamente desejados pelos criadores por sua beleza estonteante e rara.
Por: Rodrigo M. Aguiar
Fonte do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=rBZGeLIKG6E
Contemplem a Jibóia
Essa é uma das serpentes mais famosas que ocorrem no território brasileiro. Animal que cientificamente é dividido em subespécies¹, essa divisão depende de onde é encontrada, já que ocorre em vários biomas e suas características diferem de acordo com o local.
Por exemplo, a cauda vermelha de uma jiboia de cauda vermelha (Boa constrictor constrictor) que vive em matas e florestas, se destacaria muito no cerrado, onde uma jibóia cinzenta (Boa constrictor amaralis) consegue se camuflar perfeitamente. Destaca-se também por ser uma das poucas espécies comercializadas legalmente aqui no Brasil, fato importante no combate ao tráfico de animais.
¹ Termo utilizado para distinguir duas ou mais populações da "mesma espécie" que tenham um conjunto de características distintas, embora muitas vezes não são difundidas.
Por Lucas Yanai.
Araras brancas
Já viu uma arara branca?
Você deve estar pensando, o que as pessoas fizeram para conseguir criar uma arara branca? A resposta é, absolutamente nada... Oi como assim nada? Isso mesmo, as araras brancas apresentam uma mutação genética rara chamada leucismo, que impede a formação de pigmentos amarelos e vermelhos, devido a isso, as penas que deveriam ter cores vibrantes se tornam brancas.
Ok, mas por que não vemos araras brancas na natureza? A resposta é simples, as araras que possuem leucismo são menos adaptadas a viver no ambiente natural, pois chamam muita atenção dos predadores e acabam morrendo logo nas primeiras semanas após sua saída do ninho.
No entanto, os genes que proporcionam a condição leucistica são recessivos, isso é, precisam estar duplicados para que os filhotes sejam brancos, mas como sua frequência é muito baixa nas populações selvagens, dificilmente nascem indivíduos leucisticos. Outra coisa importante, é que os genes para o leucismo podem estar presentes em indivíduos de coloração normal na forma inativa, pois esses indivíduos possuem apenas uma cópia do gene.
O vídeo abaixo foi gravado em um criatório de psitacídeos fora do Brasil e mostra a mutação leucistica de araras-piranga (Ara macao). Fonte original: www.youtube.com/watch?v=pofsAbSn4b8
Você sabe o que acontece com uma ave quando ela sofre um acidente e não pode mais voar?
No caso das aves de rapina (águia, gavião, coruja, falcão, abutre, urubu, condores e carcarás), existe uma salvação um tanto quanto eficaz. Uma arte milenar conhecida como FALCOARIA.
A Falcoaria é uma prática que tem como objetivo adestrar aves para capturar presas. Suas origens tem registros com mais de 1.300 anos, praticada pelos egípcios e retratada em pinturas , mas há suspeitas de que essa arte seja muito mais antiga. Mas você deve estar se perguntando, como uma ave que não possui poder de vôo, pode ser instrumento de um falcoeiro?
No caso, a ave será usada não para capturar presas, mas seu objetivo maior é o condicionamento físico e psicológico do animal, através de saltos e a satisfação de alcançar um alimento com certos níveis de dificuldade para uma ave multilada.
Assim alguns animais são salvos de vidas curtas em cativeiro, já que o índice de depressão é alto em animais multilados e afins.
No video uma Águia da Cauda branca (geranoaethus albicaudatus), uma ave que foi atropelada e teve a asa esquerda multilada quase por completo. É possível notar como a ave fica tranquila, indício de que não é forçada a algo que não quer.
Obs; não está presa a qualquer corda.
Medicina primata
Medicina animal? O que podemos aprender com eles?
Muitas espécies de aves e mamíferos selvagens utilizam substâncias encontradas em seu ambiente como forma de controlar infestações de ectoparasitas (carrapatos, piolhos etc..). Essas estratégias estão relacionadas com o tipo de ambiente em que os animais vivem e com a disponibilidade das substâncias utilizadas como "repelente". Não é raro encontrar aves, macacos e outros animais “tomando banhos de formigas/cupins”... por que eles fazem isso? Bom, descobriu-se que o ácido fórmico, substância que é liberada por algumas espécies de formigas como forma de defesa, também é um eficaz repelente contra carrapatos e piolhos.
Com o avanço das pesquisas científicas e com sua divulgação e propagação na internet, hoje sabemos que muitos animais utilizam diferentes substâncias como fármacos, exemplos disso são os gorilas da montanha, que consomem uma dieta com alto teor de toxinas prejudiciais a sua saúde, pois causam diarreias e desidratação severa. Para resolver esse problema, eles ingerem um tipo especial de solo (geofagia) que é capaz de reduzir/aliviar os sintomas e as diarreias.
Algo semelhante ocorre com os macacos-bugios e com psitacídeos (papagaios, periquitos e araras) selvagens, pois suas dietas possuem altos teores de toxinas chamadas taninos e alcaloides. Porém, esses animais também encontraram uma solução muito eficiente, eles ingerem certos tipos de argilas encontradas em barrancos e encostas, que são capazes de neutralizar o efeito das toxinas ingeridas por eles.
O vídeo abaixo foi gravado no Zoológico de Edimburgo na Alemanha, e mostra como os macacos-prego que habitam o zoo encontraram uma solução eficiente para se manterem livres de parasitas. Eles esfregam cascas de laranja e cebolas no pelo, utilizando os óleos essenciais dessas plantas como repelente de ectoparasitas e bactericida. Como eles descobriram essas propriedades medicinais permanece um mistério, mas de fato, é uma forma muito eficiente de se