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Canil Lobo do Campo Border Collie. Ovelheiro Gaúcho. Tocamos boiada! Buscamos Conservar o verdadeiro Ovelheiro Gaúcho e o Border Collie incansável.

Baguera Lobo do Campo No século XIX, após a independência da Argentina, uma onda de imigrantes britânicos começou a se e...
06/03/2024

Baguera Lobo do Campo

No século XIX, após a independência da Argentina, uma onda de imigrantes britânicos começou a se estabelecer no Cone Sul da América do Sul, trazendo consigo não apenas sua cultura e tecnologia, mas também suas ovelhas. Esses imigrantes perceberam o enorme potencial das vastas extensões de pastagens da região para a criação de ovinos. Assim, começaram a introduzir métodos modernos de criação e manejo de ovelhas, incluindo técnicas de esquila e seleção genética.

Essa migração foi fundamental para o desenvolvimento da indústria de lã na região e estabeleceu as bases para o surgimento do ovelheiro gaúcho como uma figura emblemática da cultura rural sul-americana.

Ovelheiro Gaúcho: Um Legado da Influência Britânica nos Pampas Sul-americanos.Daniel M.Durante o século XIX, a expansão ...
12/02/2024

Ovelheiro Gaúcho: Um Legado da Influência Britânica nos Pampas Sul-americanos.

Daniel M.
Durante o século XIX, a expansão lanífera na Argentina e no Uruguai apresentou paralelos intrigantes com a Revolução Industrial na Grã-Bretanha. Assim como a revolução transformou radicalmente a produção e a economia na Inglaterra, a expansão lanífera alterou profundamente a paisagem econômica dos países sul-americanos. Enquanto a Grã-Bretanha se tornava o epicentro da industrialização, exportando sua expertise e capital para outras regiões, a Argentina e o Uruguai tornavam-se importantes produtores de lã, impulsionados pela crescente demanda global.

A migração britânica desempenhou um papel crucial nesse processo. Assim como os trabalhadores britânicos migraram para as cidades industriais em busca de oportunidades durante a Revolução Industrial, os investidores e empresários britânicos buscaram novas terras e recursos na América do Sul. Eles trouxeram consigo não apenas capital, mas também tecnologia e conhecimento, contribuindo para modernizar as práticas agrícolas e estabelecer grandes estâncias laníferas.

No entanto, essa migração não foi um ‘mar de rosas”. Eduardo Galeano, em sua obra "As Veias Abertas da América Latina", destaca a complexidade das relações entre os migrantes britânicos e as comunidades locais. Ele descreve como esses colonizadores, muitas vezes chamados de "piratas ingleses", impuseram sua vontade sobre as terras e as pessoas nativas, explorando os recursos naturais em benefício próprio e perpetuando desigualdades sociais.

O trecho de Galeano ecoa as tensões subjacentes à influência britânica na Argentina e no Uruguai durante a expansão lanífera. Enquanto os investimentos e tecnologias britânicas impulsionaram o crescimento econômico, também perpetuaram relações desiguais e injustiças sociais. A presença britânica deixou um legado complexo, moldando não apenas a economia, mas também a cultura e a sociedade desses países sul-americanos.

O Ovelheiro Gaúcho, uma figura marcante nas vastas extensões do Rio Grande do Sul, tem suas raízes profundamente entrelaçadas com a história da migração britânica para a Argentina e Uruguai, especificamente nas regiões de Pampa. O surgimento desse cão pastoral está diretamente ligado aos Scotch Collies das terras Altas da Escócia, mantendo até hoje sua essência e ancestralidade collie.

O Ovelheiro é uma mistura das mais variadas linhagens de cão collie (Pastor Escocês, Pastor Inglês, Pastor de Shetland, etc), vindos principalmente com imigrantes escoceses, ingleses e irlandeses, povos que fundaram estâncias importantes na produção lanífera da Argentina pós-independência, tornando a região uma potência global na criação de ovinos.

A rota migratória britânica para a América do Sul, no século XIX, foi marcada pela expressiva presença de criadores de ovelhas, que buscavam nas extensas pastagens dos pampas o local ideal para suas criações. Junto com esses criadores vieram os cães, em particular os pastores escoceses, que já eram conhecidos em toda a Grã-Bretanha. Esses cães, que se tornaram grandes aliados para os peões dos pampas sul-americanos, através da migração em massa de escoceses e irlandeses, também se preservou nas pequenas fazendas norte americanas e hoje é conhecido por Old time Scotch Collie nos EUA.

O comércio entre a região pampeana e os centros urbanos era intenso, e no início do século XX, o Collie de fazenda escocês já estava registrado em terras brasileiras, trazido por tropeiros e comerciantes que percorriam o Pampa, trazendo novidades de Buenos Aires, Rosário e Santa Fé. Já era nomeado. Era o Ovelheiro.

A a presença de cruzamentos com cães de gado ibéricos é fato. Tais cães, que eram responsáveis pelo pastoreio na época pré-imperialista da Inglaterra sobre o cone sul, quando ainda regia a lei colonial de Portugal e Espanha, foram substituídos, ou incorporados, pelos pastores britânicos, representando até 8% de um exemplar de ovelheiro segundo exames genéticos.

Já na segunda metade do Século XX o Ovelheiro recebe mais uma carga genética. O Border Collie moderno e o Rough Collie tornam-se fenômenos globais, chegam ao Pampa, e se inserem com força em algumas linhagens de ovelheiros. O Pastor Alemão também torna-se muito popular neste século e também entra nessa mistura.

Portanto, o Ovelheiro Gaúcho é um cão tipicamente pampeano em sua extensão territorial, sendo encontrado no Brasil, Argentina e Uruguai.

Após o fenômeno global da "Lassie" e do Border Collie moderno, alguns exemplares do Ovelheiro Gaúcho, principalmente nos países vizinhos, se perderam ou se fundiram com tais raças, mas o tronco genético do antigo collie escocês foi conservado graças ao trabalho incansável nas estâncias do Rio Grande do Sul. A preservação desse importante patrimônio genético é um testemunho da ligação profunda entre a cultura gaúcha e seus animais de trabalho.

No entanto, é importante reconhecer que a verdadeira origem do Ovelheiro Gaúcho é majoritariamente argentina, notoriamente, levando em conta a íntima história entre o país portenho e a Inglaterra imperialista. As inúmeras colônias agrícolas fundadas por escoceses e estancias fundadas por proprietários de tecelagens na Inglaterra já ilustram bem essa relação.

O comércio tropeiro dos mascates desempenhou um papel crucial ao trazer esses cães, junto com outros animais e mercadorias britânicas, que chegavam livremente através do Porto de Buenos Aires, graças a medidas liberais adotadas pelos governos da época.

Hoje vivemos ainda a onda do fenômeno global chamado Border Collie, e as linhagens de Ovelheiro são frequentemente confundidas com esta raça.

Cabe a cada um de nós, amantes do Ovelheiro, INFORMAR, conservar, melhorar, e aperfeiçoar a seu gosto e necessidade, sem esquecer da amplitude do cão Ovelheiro, e da história que essas linhagens carregam.

31/08/2023

O Homem não domesticou o lobo para criar o cão. O Homem domesticou os canídeos.

Ovelheiro só serve para Pastoreio?Obviamente, NÃO!Como já sabemos, o Ovelheiro Gaúcho é o cão que reflete com maior fide...
03/02/2023

Ovelheiro só serve para Pastoreio?
Obviamente, NÃO!

Como já sabemos, o Ovelheiro Gaúcho é o cão que reflete com maior fidelidade o Pastor Escocês, o qual também deu origem ao Collie Pelo Longo, e chegou ao Cone Sul a partir da dominação britânica, principalmente nas regiões de Pampa argentino, onde estancieiros escoceses, ingleses e irlandeses se estabeleceram, aos moldes da ocupação austral, para criação de gado bovino, mas principalmente para a criação de ovelhas, chegando ao topo da produção mundial ovina na segunda metade do século XIX.

Não faz o menor sentido afirmar que o Ovelheiro tem origem na Cidade de Rio Grande, Rio Pardo, ou qualquer outra microrregião do Rio Grande do Sul. O Ovelheiro tem Origem Britânica e praticamente todos os cruzamentos que aparecem em exames genéticos são de cães britânicos, com exceção dos marcadores de Cimarron Uruguaio (único Sangue que foi utilizado para abertura, fora dos pastores britânicos). Portanto o Ovelheiro Gaúcho nada mais é do que a conservação ipsis litteris do Pastor Escocês ou simplesmente Collie.

O Pastor Escocês, não durou muito além da virada do século XX em sua terra Natal, onde a cinofilia se modificou muito a partir das últimas décadas do século XIX. Após o primeiro registro de um Collie, em 1790 por Thomas Bewick, visualizado trabalhando em terras comuns da Escócia guardando o rebanho, as subsequentes Leis de Cercamento acabam forçando os camponeses a abandonar suas terras, se fixando em pequenos sítios, criando poucos animais e cultivando hortaliças com base na batata como subsistência. Nesse momento o Pastor Escocês desponta como um valioso auxiliar do camponês, guardando o pequeno rebanho, e a singela lavoura dos porcos e ladrões, se espalhando pelo Grã-Bretanha e ganhando fama nessa função. A partir da Revolução Industrial as produções agrárias tendem a ir para as colônias a medida que a marinha britânica se fortalece. Rebanhos são introduzidos na Australia e Argentina, áreas de influência britânica a época.

Em 1845 quando a Grande Fome assola a Europa, principalmente a Irlanda, força os camponeses mais uma vez a migração, e uma massa de Irlandeses, Ingleses e Escoceses deixa sua terra Natal em direção ao resto do Mundo, principalmente o resto da Europa, Australia e Estados Unidos, levando seus pertences, entre eles o amigo e guardião da família. Passando de um cão rural, para cão urbano a medida que as nações britânicas se industrializavam, chega a formação do Famoso Collie Pelo longo e a extinção do Pastor Escocês de Trabalho Rural, que era um cão multifuncional, guardando o rebanho e a lavoura, manejando a criação e defendendo o território de invasores. Na transição de cão rural para urbano também foi utilizado em funções muito diversas, principalmente baseado em sua enorme capacidade e inteligência, como cão de guerra, cão de tração, cão babá, cão de circo, cão de polícia, e outras. Esse cão, que já teria chegado as Pastagens da América do Sul antes da extinção, se perpetuou por aqui até os dias atuais, e hoje é conhecido por Ovelheiro Gaúcho.

Bem, mas se o Pastor Escocês, que forneceu Grande parte do genoma do Ovelheiro, executava funções diversas, o Ovelheiro só serve para Pastoreio? Obviamente NÃO! O Ovelheiro pode e deve ser testado em diversas funções assim como seu co-irmão extinto, o Pastor Escocês, o foi no passado. Além disso, outras funções em que o próprio Border Collie desempenha em dias atuais, tais como detecção, venteio, faro, cão terapeuta e detecção médica, caça, e até guarda pessoal são funções férteis para o Ovelheiro Gaúcho do futuro. A especialização apenas no pastoreio não faz sentido para uma herança multifuncional do Pastor Escocês e a utilização na caça à lebre e ao javali, guarda pessoal ou territorial, detecção, venteio e rastreio, não tem absolutamente nada de Anormal e não deve de forma alguma ser demonizada. O Ovelheiro é o cão do Campeiro para toda e qualquer tarefa, pois é um animal extremamente inteligente, e consegue distinguir suas diversas funções e obedecer seu tutor de forma exemplar sem causar problemas.

*Imagens de Pastores Escoceses e seus descendentes em funções diversas, na América e Europa.

19/09/2022

Sim, pelo menos 29, segundo a Confederação Cinológica Internacional

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