12/11/2023
Minha opinião sobre Alan Wake 2, sem spoiler, depois da repercussão do ultimo post (joguei no PS5, modo performance):
RESUMO:
Uma ótima sequência pra quem jogou Alan Wake 1, porém, um jogo de outra franquia: Control, é necessário para compreender alguns personagens, organizações e eventos do jogo. A jogabilidade é um pouco travada, mas condizente com a atmosfera. E o cenário, citado como explorável, consiste apenas em caminhos lineares com bifurcações que levam a coletáveis. Qualidade gráfica excepcional, mesmo no presset low-medio.
Na minha opinião uma experiência indispensável jogar os 3 jogos na sequência: Alan Wake 1, Control e Alan Wake 2.
HISTÓRIA:
1. Mesma qualidade de narrativa do Alan Wake 1, com a diferença que toda história do Control, enriquece ainda mais o enredo, então recomendo jogar o Control antes, porque vários personagens dele estão de volta aqui e contribuem para o universo compartilhado da Remedy.
2. Sim, se você é um jogador de Freefire ou Overwatch e diversão pra você é jogar uma festa rave interativa, a história é lenta, e tem que ser assim, é importante pra narrativa a velocidade que as coisas se desenrolam, até porque nem Alan nem a Saga, sabem o que está acontecendo no inicio do jogo.
3. Trilha sonora mantem a mesma qualidade de Alan Wake 1, com músicas ao final de cada capitulo que fazem sentido em relação ao que aconteceu anteriormente.
4. Como ponto negativo, se você não jogou Control, muita coisa vai ficar sem explicação, até porque a DLC falando sobre a organização DFC, vai sair em DLC posteriormente. Muitos personagens também são compartilhados do Control. Também usam alguns atores do Quantum Break, mas nesse caso devem só ter reaproveitado mesmo.
5. Pela história talvez não leve GOTY, justamente por essa necessidade de um jogo de outra franquia (Control), para a história ser completa.
6. A Saga, agente do FBI, é uma excelente personagem, as vezes prefiro jogar com ela do que com o próprio Alan, por outro lado, o personagem, secundário que mais aparece, o Cassey, é extremamente raso e sem emoções, talvez porque a atuação vem do roteirista do jogo que se inseriu na história e não de um ator.
GAMEPLAY:
1. É um TLOU 2 na narrativa do Alan Wake 2, optaram por uma jogabilidade extremamente travada, onde trocar de arma leva tempo, curar leva tempo porque você primeiro precisa equipar o kit médico pra depois apartar e segurar pra curar, etc.. Prioriza o realismo em detrimento de uma gameplay melhor.
2. Também possui um sistema de inventario com slots, no qual certos itens gastam mais slots e outros menos slots, novamente bem próximo ao TLOU2, inclusive a UI é exatamente a mesma.
3. Os levels, no geral são muito bons, prendem a atenção (pra te dar susto com algo id**ta depois), mas a exploração é bem limitada. Com mundo aberto, entenda um caminho linear com algumas bifurcações óbvias que vão te levar aos coletáveis.
4. É realmente interessante os momentos de loop, em que você você entra em uma porta e sai no mesmo lugar sem perceber.
5. Spawn infinito é um problema desde de Control, que no Control, encheu tanto o s**o que pra fazer tudo que precisava fazer eu habilitei a invencibilidade. Porque toda vez que você passa em um lugar novamente, novos inimigos aparecem ali, em menor quantidade, mas aparecem. A diferença é que no Control a munição é infinita, aqui não.
6. Jogando com Alan, existem sombras que se tornam inimigos e sombras que só fazem parte do cenário, não existe diferença visual entre elas, e sua lanterna é consumida pra ambas, resultado: você gasta bateria atoa (que é escassa) para nada, isso pode impedir você de fazer alguma side quests, porque baterias são extremamente limitadas.
GRÁFICOS:
1. Jogo com melhor renderização até agora, superando TLOU2 se você considerar que o gráfico tem a qualidade que tem, se passando 99% em cenários sem iluminação direta.
2. Jogando no PS5 em 60FPS, a qualidade é realmente uma boa, mesmo considerando que o preset do PS5 equivale ao low-medio do PC.
3. Muitos artefatos gerados pelo SSR em superfícies que possuem reflexos, isso quebra um pouco da qualidade citada anteriormente.
4. Do nada o post-processing volume muda, você está andando e 4 passos depois o cenário muda de um por do sol para um cinza ou azul sombrio, como se tivesse anoitecido, mas isso não é feito por horário, simplesmente por localização do mapa, essa mudança ocorre na sua cara toda vez que você vai e volta. Notei isso nas partes de floresta.
5. Qualidade os objetos é muito boa, é difícil ver algum prop com pouco polígono, ou mal texturizado.
6. Os personagens, desde Quantum Break tem qualidade extremamente alta, não gerando diferença suficiente pra ser incomodo as transições entre trechos de vídeo, cutscene e gameplay.
7. Cenários mudam por inteiro instantemente para acompanhar a narrativa: teleporte, mudança de iluminação, mudança de objetos, tudo sem loading.