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INTERFERON (parte I)O interferon é uma proteína produzida naturalmente por células infectadas ou modificadas, embora as ...
11/11/2024

INTERFERON (parte I)

O interferon é uma proteína produzida naturalmente por células infectadas ou modificadas, embora as células do sistema imunológico sejam preferencialmente ativas em usar essas proteínas como resposta imunológica, em resposta a infecções, principalmente virais, e a estímulos tumorais e inflamatórios. Existem versões sintéticas ou recombinantes de interferon utilizadas tanto na medicina humana quanto veterinária como terapia para diversas doenças.
Na medicina veterinária, interferon sintético ou recombinante é usado para replicar os efeitos do interferon natural. Esses interferons sintéticos são produzidos através de técnicas de biotecnologia (usando DNA recombinante) e são administrados como parte de terapias para doenças infecciosas e imunológicas.

O interferon tem três funções principais:

• Inibição da replicação viral: Ele impede que os vírus se multipliquem dentro das células infectadas;
• Ativação de células imunológicas: Estimula a atividade de células como macrófagos, linfócitos T e células NK (natural killer), que destroem células infectadas ou cancerígenas;
• Regulação do sistema imunológico: Modula a resposta imunológica para garantir que o corpo possa combater a infecção sem causar danos excessivos aos tecidos saudáveis.

Os interferons são divididos em três tipos principais, com base em sua estrutura e no receptor celular ao qual se ligam.

(Segue acompanhando que ainda restam 3 partes!)

COVID -19 em animaisVOCÊ SABIA?
04/11/2024

COVID -19 em animais
VOCÊ SABIA?

Anticorpo Monoiclonal (mAC)Um anticorpo monoclonal é um tipo de anticorpo que é produzido por um único clone de células ...
22/10/2024

Anticorpo Monoiclonal (mAC)

Um anticorpo monoclonal é um tipo de anticorpo que é produzido por um único clone de células B, resultando em uma população de anticorpos idênticos que são específicos para um único epítopo (parte específica de um antígeno). Esses anticorpos têm uma alta especificidade para um alvo específico, tornando-os úteis tanto para fins de diagnóstico quanto de tratamento, especialmente no campo da imunoterapia, como no tratamento de câncer, doenças autoimunes e infecções.

Como são produzidos anticorpos monoclonais?

O processo de produção de anticorpos monoclonais envolve várias etapas, geralmente utilizando a técnica do hibridoma, que foi desenvolvida por Georges Köhler e César Milstein em 1975.

Imunização do animal: Um animal (geralmente um camundongo) é imunizado com o antígeno de interesse, ou seja, a substância contra a qual se deseja obter o anticorpo. Isso induz a produção de linfócitos B específicos no sistema imunológico do animal.
Coleta de células B: Após a imunização, são extraídas células B do baço do animal, pois essas células são responsáveis pela produção de anticorpos.
Fusão com células de mieloma: As células B extraídas são fundidas com células de mieloma (células tumorais de um tipo de câncer de células plasmáticas). O resultado dessa fusão é uma célula híbrida chamada hibridoma, que combina a capacidade de produzir anticorpos das células B com a imortalidade das células de mieloma (capacidade de se replicar indefinidamente em laboratório).
Seleção dos hibridomas: As células hibridomas são cultivadas em um meio especial que permite apenas a sobrevivência das células fundidas corretamente. Os hibridomas que sobrevivem são testados para verificar se produzem o anticorpo desejado.
Clonagem: Uma vez identificado o hibridoma que produz o anticorpo monoclonal desejado, ele é clonado para garantir que todas as células produzam o mesmo anticorpo específico.
Produção em larga escala: Os hibridomas são então cultivados em grandes quantidades em biorreatores para produzir grandes volumes de anticorpos monoclonais. Esses anticorpos são posteriormente purificados e preparados para uso.

Os mAC têm uma ampla gama de aplicações, principalmente em terapias direcionadas, devido à sua especificidade para certos alvos moleculares. Algumas das principais indicações incluem:

Tratamento de Câncer;
Doenças Autoimunes;
Tratamento de Infecções;
Tratamento de Doenças Inflamatórias Crônicas;
Tratamento de Doenças Cardiovasculares;
Terapia Antiviral e Tratamento de COVID-19.

Os mAC têm sido cada vez mais utilizados na medicina veterinária, especialmente para tratar doenças crônicas e condições específicas em animais de companhia, como cães e gatos. A utilização desses anticorpos no campo veterinário está avançando, principalmente devido ao seu potencial para oferecer terapias direcionadas com menos efeitos colaterais em comparação com medicamentos tradicionais.

Principais Usos na Veterinária

1. Tratamento de doenças inflamatórias e alérgicas:

Um exemplo é o lokivetmabe, um anticorpo monoclonal utilizado no tratamento da dermatite atópica em cães. Ele se liga à interleucina-31 (IL-31), uma citocina que desempenha um papel importante na mediação da coceira e inflamação na dermatite atópica.

2. Controle da dor em osteoartrite:

O bedinvetmabe é um anticorpo monoclonal específico para cães, desenvolvido para tratar a dor crônica associada à osteoartrite. Ele atua bloqueando a atividade do fator de crescimento nervoso (NGF), que está envolvido no processo de dor.

3. Tratamento de câncer:

Os anticorpos monoclonais têm potencial para serem usados em tratamentos oncológicos veterinários, assim como na medicina humana. Embora o desenvolvimento de terapias anticancerígenas ainda esteja em fases iniciais na medicina veterinária, há pesquisas em andamento para tratar linfomas e outras formas de câncer em animais com esses anticorpos.

4. Controle de infecções:

Anticorpos monoclonais podem ser desenvolvidos para tratar ou prevenir infecções bacterianas e virais em animais, embora esse uso seja menos comum em comparação com as doenças inflamatórias e alérgicas.

Vantagens do Uso de Anticorpos Monoclonais na Veterinária

Especificidade: Anticorpos monoclonais são altamente específicos para suas moléculas-alvo, o que permite tratamentos mais direcionados e com menos efeitos colaterais.

Menor toxicidade: Em comparação com os medicamentos convencionais, como corticosteroides e anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), os anticorpos monoclonais podem ter menos toxicidade sistêmica.

Eficácia a longo prazo: Uma única dose de um anticorpo monoclonal pode oferecer efeitos terapêuticos de longa duração, o que é uma vantagem em condições crônicas como dermatite atópica ou osteoartrite.

Desafios e Limitações

1. Custo: O desenvolvimento e a produção de anticorpos monoclonais são caros, o que pode limitar seu uso generalizado na medicina veterinária.

2. Disponibilidade: Ainda existem poucos anticorpos monoclonais disponíveis no mercado veterinário, embora esse número esteja crescendo com o avanço das pesquisas.

3. Reações imunológicas: Como os anticorpos monoclonais são proteínas, há o risco de reações adversas ou de o corpo do animal produzir anticorpos contra o anticorpo monoclonal, o que pode reduzir a eficácia do tratamento com o tempo.

Perspectivas Futuras

Com o aumento da pesquisa e do desenvolvimento, espera-se que mais anticorpos monoclonais sejam introduzidos na prática veterinária, cobrindo uma gama maior de condições, incluindo terapias contra o câncer, doenças infecciosas e imunomediadas. Isso traz esperanças para melhorar a qualidade de vida dos animais de companhia e oferecer opções de tratamento mais seguras e eficazes.

Contraindicações de Anticorpos Monoclonais

Embora os anticorpos monoclonais sejam eficazes em várias doenças, eles também têm contraindicações e efeitos colaterais importantes. As contraindicações variam conforme o tipo de anticorpo e a condição do paciente. Aqui estão algumas contra-indicações gerais:

1. Alergia ou Hipersensibilidade:

Pacientes com histórico de reações alérgicas graves (anafilaxia) a anticorpos monoclonais ou a proteínas murinas (derivadas de camundongos), uma vez que muitos desses medicamentos são desenvolvidos a partir de camundongos geneticamente modificados.

2. Infecções Ativas:

Em pacientes com infecções graves ou ativas, o uso de anticorpos monoclonais imunossupressores, como adalimumabe ou infliximabe, pode piorar a infecção.

3. Doenças Autoimunes ou Imunodeficiências:

Em alguns casos, a imunossupressão causada por anticorpos monoclonais pode exacerbar doenças autoimunes ou predispor a infecções oportunistas.

4. Gravidez e Amamentação:

Alguns anticorpos monoclonais são contraindicados durante a gravidez e a amamentação, pois podem atravessar a barreira placentária e afetar o desenvolvimento do feto ou ser excretados no leite materno.

5. Imunização com Vacinas Vivas:

Em pacientes que estão recebendo anticorpos monoclonais imunossupressores, como os usados no tratamento de doenças autoimunes, as vacinas vivas atenuadas são contraindicadas devido ao risco de infecções graves.

Efeitos Colaterais Comuns

Reações alérgicas (erupção cutânea, prurido, febre).
Reações no local da injeção (dor, inchaço).
Infecções devido à imunossupressão (pneumonia, infecções respiratórias).
Síndrome de liberação de citocinas (febre, calafrios, dor muscular, hipotensão).

A decisão de usar mAC deve ser cuidadosamente considerada por um médico ou médico veterinário, com base nas condições do paciente e na avaliação dos benefícios e riscos.

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11/10/2024

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16/09/2024

Reflexões para começar a semana…

Feliz dia do Médico Veterinário!
09/09/2024

Feliz dia do Médico Veterinário!

Chuvas e leptospirose urbana (doença da urina de rato)Com o início da Primavera virão os temporais e alagamentos.Muitos ...
04/09/2024

Chuvas e leptospirose urbana (doença da urina de rato)

Com o início da Primavera virão os temporais e alagamentos.
Muitos ainda relutam, por falta de informação a manter a prevenção de uma doença muito comum nessa época do ano, devido a lixiviação, lavagem, das tocas de roedores. Estamos falando da leptospirose urbana, uma doença infecciosa causada por bactérias do gênero Leptospira, que comumente desenvolvem boa relação com o sistema urinário de roedores, coleções de água e principalmente lama contaminada. Essa doença pode afetar tanto seres humanos quanto animais e é geralmente transmitida pelo contato com água ou solo contaminados com a urina de roedores infectados, conhecida comumente como doença da urina do rato. Devido a essas características tornasse mais comum nas épocas das chuvas ou após enchentes.

IMUNOTERAPIA EM CASOS DE IMUNOSSUPRESSÃO A imunoterapia em casos de imunossupressão na medicina veterinária visa restaur...
26/08/2024

IMUNOTERAPIA EM CASOS DE IMUNOSSUPRESSÃO

A imunoterapia em casos de imunossupressão na medicina veterinária visa restaurar ou modular a resposta imunológica de animais que apresentam sistemas imunológicos debilitados. A imunossupressão pode ser causada por várias condições, incluindo infecções virais, doenças crônicas, tratamentos com medicamentos imunossupressores (como corticoides ou quimioterápicos), ou até mesmo predisposições genéticas.

COMPLEXO RESPIRATÓRIO FELINO
19/08/2024

COMPLEXO RESPIRATÓRIO FELINO

A enterite autoimune é uma condição Inflamatória complexa, quase sempre crônica, podendo variar amplamente em termos de ...
08/08/2024

A enterite autoimune é uma condição Inflamatória complexa, quase sempre crônica, podendo variar amplamente em termos de sintomas, gravidade e tratamento. Entre as causas podemos separar os fatores: Genéticos podendo predispor um paciente a desenvolver doenças autoimunes primárias localizadas ou sistêmicas; Ambientais, envolvendo Infecções intestinais, exposição a certos medicamentos ou substâncias químicas, levando a disbiose, que podem desencadear a resposta autoimune primária ou secundária; Desregulação Imunológica, onde o sistema imunológico ataca erroneamente as células do revestimento intestinal devido a perda do controle da tolerância, normalmente envolvendo doenças da senilidade.
Entre os sintomas mais comuns encontramos:
- Diarreia Crônica: Frequente e persistente, pode ser aquosa ou com mucosanguinolenta.
- Dor Abdominal: Geralmente em cólicas, podendo ser moderada ou intensa.
- Perda de Peso: Devido à má absorção de nutrientes.
- Fadiga: Resultante de desidratação e desnutrição.
- Anemia: Causada por sangramento intestinal ou deficiência de nutrientes.
O Diagnóstico depende da experiência do Medico Veterinário e é baseado no histórico Clínico e Exame Físico, com avaliação inicial para identificar sintomas e histórico familiar de doenças autoimunes; Exames Laboratoriais envolvendo te**es para verificar a presença de autoanticorpos, inflamação e deficiências nutricionais; a endoscopia e a colonoscopia para visualização direta do intestino e coleta de biópsias, no intuito de confirmar a inflamação, dano e presença de auto anticorpos.
O tratamento depende da experiência clínica, isolamentos dos fatores predisponentes e da etiologia, podendo ser utilizados:
- Imunossupressores: Medicamentos como azatioprina, metotrexato ou ciclosporina para reduzir a resposta imunológica.
- Corticosteróides: Para controle rápido da inflamação.
- Biológicos: Medicamentos como infliximabe ou adalimumabe, que direcionam partes específicas do sistema imunológico.
- Dietoterapia: Dietas específicas, como a dieta sem glúten (se houver associação com a doença celíaca) ou a dieta de eliminação de certos alimentos que desencadeiam os sintomas.
- Suplementos Nutricionais* Para corrigir deficiências de vitaminas e minerais.
- Reposição da microbiota entérica.

O prognóstico varia dependendo da resposta ao tratamento e da presença de complicações. Com um manejo adequado, muitos pacientes podem alcançar uma melhora significativa dos sintomas e manter uma boa qualidade de vida. No entanto, a condição pode ser crônica e exigir tratamento contínuo.

E devemos acompanhar continuadamente as possíveis complicações de cada caso: Desnutrição, devido à má absorção de nutrientes, osteo comprometimentos devido à deficiência de cálcio e vitamina D; obstrução Intestinal, a inflamação severa pode levar a cicatrizes e estreitamento do intestino; o risco aumentado de Infecções, devido ao uso de imunossupressores e a disbiose, aumentando o risco de organismos oportunistas.
O acompanhamento deve ser regular e observando:
- Monitoramento Regular: com consultas frequentes para ajuste de medicação e monitoramento da condição;
- Exames de Seguimento: Exames periódicos de sangue, endoscopias e biópsias para avaliar a eficácia do tratamento e a progressão da doença.

Essa condição requer um manejo interdisciplinar envolvendo gastroenterologistas, imunologistas e nutricionistas para otimizar o tratamento e a qualidade de vida dos pacientes.

Vocês sabiam que  a Miastenia Gravis também é uma doença auto imune?
22/07/2024

Vocês sabiam que a Miastenia Gravis também é uma doença auto imune?

Dando sequência as Doenças autoimunes, entre as chamadas primárias, encontramos as doenças que são determinadas pelas re...
27/06/2024

Dando sequência as Doenças autoimunes, entre as chamadas primárias, encontramos as doenças que são determinadas pelas respostas imunológicas contra antígenos estruturais do próprio. São mais de 80 tipos diferentes de doenças autoimunes. Afetando todos os tecidos. Os sintomas variam amplamente entre as doenças e podem incluir fadiga, dor, inchaço, e uma variedade de outros sinais dependendo da doença específica. Vamos tentar abordar por sistemas para auxiliar a compreensão.
Doenças autoimunes podem ser tecido específico, envolver mais de um tecido ou ainda ser sistêmica. As variações destas, determinarão os sintomas e o tratamento.
Entre as doenças órgão específico encontramos as Doenças endócrinas: autoimunes; Tireoidite Linfocítica; Hipertireoidismo; Paratireoidite Linfocítica; Diabetes Melito Insulinodependente; Pancreatite Linfocítica Atrófica; Adrenalite Autoimune; Doenças neurológicas autoimunes; Polineurite Equina; Polineurite Canina; Meningite-arterite Responsiva a Corticosteroides; Meningoencefalite Necrosante; Mielopatia Degenerativa; Degeneração Cerebelar; Doenças oftalmológicas autoimunes; Uveíte Recorrente Equina; Síndrome Uveodermatológica; Doenças reprodutivas autoimunes; Doenças dermatológicas autoimunes; Doenças do Folículo Piloso;Alopecia Areata; Doenças Bolhosas; Doenças da Membrana Basal da Pele; Penfigoide Bolhoso; Dermatose por IgA Linear; Epidermólise Bolhosa Adquirida; Policondrite Recorrente; Nefrite autoimune; Trombocitopenia autoimune; Doenças musculares autoimunes; Miastenia Grave; Polimiosite; Miosite Mastigatória Autoimune; Cardiomiopatia Canina; Hepatite crônica ativa.

Algumas doenças autoimunes podem resultar de um ataque imunológico em diferentes órgãos ou tecidos ao mesmo tempo. Isto provavelmente reflete em uma perda significativa de controle dos sistemas imunes inato ou adquirido.
O lúpus eritematoso sistêmico (SLE) é uma doença autoimune complexa, caracterizada por respostas autoimunes múltiplas associadas à presença de autoanticorpos a antígenos nucleares. O lúpus pode representar muitas entidades diferentes de doença.
Muitas formas diferentes de artrite podem também ser imunologicamente mediadas. A mais significativa delas é a doença articular erosiva denominada artrite reumatoide. Está associada ao desenvolvimento de autoanticorpos a componentes articulares, como o colágeno, e ao fator reumatoide, que é um autoanticorpo contra a imunoglobulina G(IgG).
•Existe uma significativa sobreposição clínica de muitas destas síndromes, dificultando o diagnóstico preciso.



Fatores como a hereditariedade, infecções, irradiação, uso de fármacos, entre outros, são apontados como fatores determinantes para a ocorrência da manifestação das doenças auto imunes.

Vamos continuar a falar de Doenças Autoimunes Secundárias?Doenças autoimunes secundárias ou DAI secundárias, são determi...
30/05/2024

Vamos continuar a falar de Doenças Autoimunes Secundárias?

Doenças autoimunes secundárias ou DAI secundárias, são determinadas pela presença de agentes infecciosos determinando o efeito de hipersensibilidade, classificadas segundo Gell&Coombs, como tipo II (citotoxicidade mediada por anticorpo) e Tipo III (determinada pelo complexo Ag/Ac). Nessas hipersensibilidades nós encontramos a produção de anticorpos do tipo IgM ou IgG que vão determinar reações contra a estrutura do próprio organismo, então células e tecidos serão impactados pela ação de um anticorpo originariamente produzido contra o agente invasor, bactérias, vírus, protozoário, fungos ou parasitas, responsáveis pelo efeito infeccioso.
A resposta imune adaptativa humoral, produção de anticorpos, então ocorrendo irá determinar um novo efeito patológico, imunopatogênese, da doença. Essa interação será responsável muitas vezes pela clínica da doença agravando os efeitos da infecção. Por motivos relacionados a esses efeitos, antes da ocorrência do HIV, muitos acreditávamos que a resposta imune adaptativa era mais prejudicial do que benevolente. Esse feito foi corrigindo quando nos deparamos com a infecção do HIV, pois descobrimos a real importância das respostas Adaptativas.
Dessa forma durante o curso de algumas infecções o agravo é produzido pela ação do sistema imunológico. Respostas contra Ag que podem estar associados as células devido ao efeito de adsorção ou associados ao CPH de classe 1, ativando a resposta citotóxica mediadas pelos anticorpos, pelos LyT citotóxicos ou pelas células NK, levando a morte celular e gerando a inflamação. Efeitos inflamatórios também podem ocorrer pelo deposito dos imunocomplexos ativando o sistema complemento e a quimiotaxia de neutrófilos.
A ativação da resposta inflamatória por macrófagos ditos M1 aumentam substancialmente o processo citotóxico, a resposta fagocítica e a ativação da resposta imune específica, porém também geram o processo inflamatório crônico.
Nenhuma resposta imunológica nos parece ser livre de mecanismos que possam gerar danos ao tecido, porém na maioria dos casos o benefício se faz maior que o dano. Quando o dano se faz maior que o efeito da resistência, mesmo com o benefício de controle da infecção, geramos uma doença inflamatória secundária, conhecida como efeito autoimune.
Concluímos então que doenças autoimunes secundárias surgem em consequência da infecção, podendo ser aguda ou crônica seguindo o curso desta.

23/05/2024

Vamos falar de Imunologia?
Os crescentes desafios da Microbiológicos pressionam cada vez mais a imunologia a desenvolver técnicas que tornem ações profiláticas e curativas mais eficazes.
Novas enfermidades parecem surgir a cada momento, a OMS orienta que surgem cinco novas doenças infecciosas humanas a cada ano, sendo três dessas zoonoses (doenças que circulam entre animais e o homem). Descobertas de novas moléculas que são alvos potenciais de controle de Tumores, moléculas inflamatórias, receptores alvo da autoimunidade são cada vez mais comuns.
Todos esses fatores aumentam os desafios para diagnóstico e controle de doenças minimizando os efeitos secundários ao tratamento e de forma a conferir cura permanente. Esse é sem dúvida uma das maiores motivações das pesquisas de imunoterapias.
Vamos iniciar falando de algumas, excluindo a vacinação profilática, pois já postamos sobre esse assunto.
Imunomoduladores são substâncias que atuam no sistema imunológico, podendo aumentar ou diminuir sua atividade. No contexto podemos chamar de imunossupressores ou imuno estimuladores.
Os imunoestimulantes ou imuno estimuladores, são substâncias que têm a capacidade de modular o sistema imunológico, aumentando sua atividade para melhorar a resposta do organismo contra infecções, doenças e outras condições. Eles podem ser usados em diversas situações, tanto na medicina humana quanto veterinária. Aqui estão algumas das principais aplicações e considerações sobre os Imunoestimulantes podem ser compostos ou moléculas consideradas naturais (Extratos de Plantas, que regulam as atividades imunológicas de forma não seletiva; Probióticos, que ajudam a manter a saúde do microbiota intestinal, contribuindo para uma melhor resposta imunológica.) ou Sintéticos e Biotecnológicos (Interferons, proteínas naturais que são produzidas em resposta a infecções virais e têm um papel importante na modulação do sistema imune; Vacinas, que incluem componentes ou patógenos atenuados que estimulam uma resposta imune sem causar a doença).
Entre as aplicações do aplicações dos Imunoestimulantes temos:
Prevenção e Tratamento de Infecções Virais e Bacterianas, onde são utilizados para fortalecer a resposta imunológica do corpo, ajudando a prevenir infecções ou a reduzir a gravidade e duração das mesmas.
Durante a profilaxia em indivíduos com risco aumentado de infecções, como imunocomprometidos, idosos ou pacientes em tratamentos oncológicos.
Nas vacinas, os adjuvantes, que são imunoestimulantes que aumentam a eficácia da resposta imunológica contra o antígeno específico da vacina.
Nas doenças crônicas e autoimunes fazendo a modulação Imunológica. Em algumas doenças autoimunes ou inflamatórias, podem ser usados para ajudar a regular a resposta imunológica.
O uso na oncologia envolve a imunoterapia, pois imunoestimulantes podem ser usados como parte do tratamento de certos tipos de câncer para ajudar o sistema imunológico a reconhecer e atacar células cancerosas.
E na Saúde Animal, onde são utilizados para melhorar a resistência dos animais a doenças, especialmente em ambientes de criação intensiva.
A eficácia e segurança deve ser observada com muita cautela, nem todos os imunoestimulantes têm a mesma eficácia e podem não ser adequados para todos os pacientes. A avaliação por um profissional de saúde é essencial.
As interações medicamentosas podem ocorrer por interagir com outros medicamentos ou condições de saúde preexistentes.
O uso de imunoestimulantes deve ser sempre orientado por um profissional de saúde, considerando a condição específica do paciente, a eficácia comprovada do produto e os possíveis efeitos colaterais.
Os Imunossupressores estão relacionados principalmente ao controle das doenças autoimunes e processos inflamatórios. São utilizados como tratamento inibindo ou reduzindo mecanismos imunológicos de forma ampla ou específica.
A utilização dessas dr**as tem como benefícios o controle da atividade da doença autoimune, a redução dos sintomas e melhora da qualidade de vida e a prevenção de danos permanentes aos órgãos. Porém temos como desafio o risco de infecções devido à supressão imunológica, os efeitos colaterais variados, desde leves (náuseas, cefaleia) até graves (hepatotoxicidade, mielossupressão).
Esses medicamentos podem ter efeitos colaterais significativos, incluindo maior suscetibilidade a infecções, cânceres e outros problemas de saúde devido à supressão do sistema imunológico. Portanto, o uso de imunossupressores deve ser cuidadosamente monitorado por um profissional de saúde.

ALERTA DE SPOILLER!!!!!Hoje é dia de trazer uma novidade para vocês!Durante seis semanas,  colaborarei com o site do pro...
07/05/2024

ALERTA DE SPOILLER!!!!!

Hoje é dia de trazer uma novidade para vocês!
Durante seis semanas, colaborarei com o site do professor Flavio Gimenis ( flaviogimenis.com.br), falando sobre diversos temas ligados à Imunologia Veterinária!
Convido vocês a participarem comigo desta jornada e, para dar um gostinho, já deixo spoiller do primeiro tema: UTILIZAÇÃO DO INTERFERON SINTÉTICO COMO FORMA DE COMBATE ÀS INFECÇÕES VIRAIS EM ANIMAIS DOMÉSTICOS.
Se interessou?
Assim que a aula estiver no site, avisamos por aqui.
Vamos estudar Imunologia!

Vamos falar de doenças respiratórias do Outono/Inverno?No outono e inverno, os pets podem ser mais propensos a doenças r...
06/05/2024

Vamos falar de doenças respiratórias do Outono/Inverno?

No outono e inverno, os pets podem ser mais propensos a doenças respiratórias, assim como os humanos. Isso pode incluir resfriados, gripes caninas, bronquite, pneumonia, entre outros. É importante manter os animais de estimação longe de mudanças bruscas de temperatura e ambientes muito úmidos, além de garantir que eles recebam uma alimentação adequada e exercícios físicos para fortalecer o sistema imunológico. Se o seu pet apresentar sintomas respiratórios, é importante levá-lo ao veterinário para um diagnóstico e tratamento adequados.
Algumas das doenças respiratórias comuns em pets durante o outono e inverno:
1. Resfriado Canino: Os sintomas incluem espirros, tosse, corrimento nasal e ocular, letargia e falta de apetite. Geralmente é causado por vírus e pode ser transmitido entre cães.
2. Gripe Canina (Traqueobronquite Infecciosa Canina): Também conhecida como tosse dos canis, é uma infecção altamente contagiosa que afeta as vias respiratórias superiores dos cães. Os sintomas incluem tosse seca, espirros, secreção nasal e febre.
3. Bronquite: Pode ser aguda ou crônica e é caracterizada pela inflamação dos brônquios. Os sintomas incluem tosse persistente, dificuldade para respirar, letargia e falta de apetite.
*Alergias sazonais: Assim como os humanos, os pets também podem ser afetados por alergias sazonais causadas por pólen, m**o, ácaros e outros alérgenos presentes no ar durante o outono e inverno. Os sintomas podem incluir espirros, coceira, corrimento nasal, vermelhidão nos olhos e tosse.
4. Pneumonia: Uma infecção nos pulmões que pode ser causada por bactérias, vírus, fungos ou inalação de substâncias irritantes. Os sintomas incluem tosse, dificuldade para respirar, febre, letargia e falta de apetite.
5. Asma Felina: Semelhante à asma em humanos, esta condição é caracterizada por inflamação das vias respiratórias dos gatos. Os sintomas incluem dificuldade para respirar, respiração rápida, tosse e engasgos.
6. Doença Respiratória Complexa Felina (DRFC): Uma condição que afeta principalmente gatos jovens, é causada por uma combinação de vírus e bactérias, resultando em sintomas semelhantes aos de uma gripe severa.
7. Infecções respiratórias por Mycoplasma: Esta é uma infecção bacteriana comum em cães que pode levar a sintomas respiratórios, incluindo tosse e secreção nasal.
É essencial estar atento a qualquer mudança no comportamento ou nos padrões respiratórios do seu animal de estimação e procurar assistência veterinária, muita das afecções descritas tem mecanismos de prevenção.

29/04/2024

Vamos falar de Imunologia?
Vou mudar um pouco e falar das infecções do inverno e as formas de prevenção. Todos estamos acostumados a falar da gripe e agora da covid-19 e suas formas de prevenção. O governo brasileiro sempre agiu de forma profilática oferecendo a vacinação dos grupos de risco para Influenza vírus, mas temos outras infecções igualmente relevantes, em pediatria que merecem atenção e tem profilaxia vacinal.
E vocês sabem quais doenças veterinária são mais evidenciadas no outono/inverno e quais formas de profilaxia? Vocês seguem as recomendações para proteger seus pets?
Temos doenças que agravam durante o período frio, mas também temos aquelas que mantém uma circulação aumentada durante o inverno devido à proximidade dos animais. A traqueobronquite infecciosa canina ou, como é vulgarmente chamada, tosse dos canis é uma doença infectocontagiosa, mais impactante em filhotes e animais imunocomprometidos, sendo os cães adultos os principais reservatórios naturais da maioria dos agentes. Entre os agentes temos a Bordetella bronchiseptica que é de suma importância entre os agentes etiológicos, pois normalmente é o agente primário da Tosse dos Canis, temos ainda o vírus da parainfluenza canina (CPIV) o, adenovírus canino do tipo 2 (CAV-2) também envolvidos. Entre os agentes das doenças respiratórias mais comumente encontradas no inverno e inicialmente podendo fazer parte do complexo da tosse dos canis encontramos ainda o adenovírus canino do tipo 1 (CAV-1), o vírus da cinomose (CDV), os micoplasmas e ureaplasmas. O Herpesvírus, o reovírus também podem participar dessas infecções, embora sejam de menor importância. Algumas bactérias como Streptococcus sp, Pasteurella sp, Pseudomonas sp e vários coliformes podem tornar a Tosse dos Canis uma doença mais grave, levando a uma pneumonia.
O complexo respiratório felino é uma enfermidade relacionada à demonstração aguda de uma alteração respiratória e/ou ocular contagiosa provocada por um ou vários patógenos, mesmo que a apresentação da CRF seja aguda, as sequelas da doença crônica são admissíveis, devido à infecção ou a uma resposta imunomediada à infecção. Entender sobre o complexo respiratório felino, composto pelo Herpesvirus felino, o Calicivirus felino, a Chlamydophila sp, Mycoplasma sp, e Bordetella Bronchiseptica. A ocorrência clínica acontece em formas distintas e o médico veterinário precisa avaliar as condições de exposição, idade do animal, nutrição, ambiente, fômites, carga viral, resposta imunológica. A frequência de sinais nasovasculares mais agravados são mais visíveis em infecções pelo Herpesvirus felino, também pode ocorrer ulceração da córnea, porém a ulceração oral é mais visível em infecção pelo Calicivírus felino, quando ocorre conjuntivite persistente pode ser sinal de clamidiose.
Nos dois casos as vacinações mantidas sob controle, a separação por idade nas comunidades animais, o controle de contactante nos locais de encontro entre outros são importantes fatores de profilaxia. Fiquem atentos e procurem o médico veterinário para esclarecimentos.

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