Você impede o cão de viver na sociedade
Todo comportamento que um cão possui precisa ser pensado para que traga benefícios para ele e que garanta seu acesso e participação em todos os ambientes da sociedade que ele vive.
As habilidades sociais de um cão são um conjunto de comportamentos que ele utiliza para se relacionar com os seres e o ambiente que ele vive, e só serão utilizados aqueles comportamentos que, em algum momento trouxeram resultados positivos para o cão.
A família que está com o cão precisa garantir que os comportamentos que o cão possui, são comportamentos que irão fazer bem para o cão e não irão, em nenhuma hipótese atrapalhar ou dificultar a convivência do cão com outros cães ou pessoas.
Quando a família só pensa nos comportamentos que ela quer ou gosta que o cão tenha em casa, a família está dificultando a participação efetiva do cão dentro da sociedade e, consequentemente, destinando o cão a uma vida longe de outros cães, pessoas, animais e lugares diferentes.
Se o comportamento oferece qualquer tipo de desconforto, em qualquer nível para quem está ao redor do cão, esse comportamento precisa ser substituído, urgentemente, por um comportamento que seja mais prazeroso para o cão e que garanta sua participação naquele local.
Cães são seres sociáveis e que amam e precisam viver em comunidade, por isso a família precisa ajudar o cão a encontrar e desenvolver comportamentos que facilitem essa etapa da vida do cão e, consequentemente, aumente a longevidade e qualidade de vida dele.
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Não vai quebrar mais nada a partir de agora
Quando o cão tem contato pela primeira vez com o mundo onde vai viver, ele irá buscar alternativas e instintos para entender como tudo funciona e o que ele deve fazer para se relacionar com o ambiente ao seu redor.
Dentro dessa premissa comportamentos instintivos e naturais irão surgir para direcionar as primeiras impressões do cão, como por exemplo andar e buscar algo que o cão necessita como espécie, seja alimento, abrigo ou contato social.
A partir desse momento, toda vez que o cão estiver diante de algo novo na vida dele, ele irá utilizar seu repertório e histórico para se relacionar com esse ambiente e algo novo.
Caso a família que vive com o cão não preparar o cão e o cenário para que o cão conheça coisas novas, ele sempre utilizará esses comportamento pré adquiridos, que ele já conhece e já funcionaram alguma vez.
Nessa hora é que a família roda a Roleta da Sorte, torcendo para que tudo dê certo, quando algo novo ou diferente está sendo inserido no local onde o cão vive e em locais que o cão tem acesso de forma independente.
Saber se relacionar com objetos e acessórios novos é um processo que precisa ser pensado e planejado, garantindo que o cão conheça e saiba qual o papel dele diante daquele objeto, caso contrário, dá-lhe Roleta da Sorte.
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Você nunca mais vai usar a coleira assim
Todo acessório que o cão irá usar precisa ser usado para melhorar a qualidade de vida do cão e trazer emoções e sensações que sejam prazerosas e benéficas para o cão.
Se o cão precisa usar um acessório, qualquer que seja, porém ele não gosta e não sabe como agir diante daquele acessório, isso sempre será algo estressante para o cão, mesmo que a atividade que esteja sendo realizada, seja boa para o cão.
Cães são seres que se adaptam com muita facilidade para que possam sobreviver e conviver com a comunidade que vive junto a ele, por isso é muito comum que eles repitam e aceitem situações que fazem para ele pelo simples fato dele não conhecer uma outra realidade.
Se um acessório é apresentado para um cão sem uma preparação prévia, tanto das pessoas como do cão, existe uma grande possibilidade dessa situação não ser 100% benéfica para o cão, pois sempre existirá um estresse ao conhecer coisas novas, mas esse estresse pode se enraizar naquela situação e estar presente sempre, deixando o cão mais ansioso, reativo, cansado e apático.
Porém, quando a família faz questão que o acessório cause algum tipo de desconforto é porque as pessoas não entenderam de verdade qual é o significado de ser a pessoa melhor amiga do cão e garantir sua inclusão de forma plena e digna dentro da sociedade.
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Existe essa alternativa caso você queira
Toda família que decide ter um cão como membro, precisa incluir e encontrar no seu tempo diário, um momento para que esteja junto ao cão, atendendo necessidades específicas daquele cão.
Entretanto, caso a família ainda acredite que o tempo disponibilizado para o cão não seja o suficiente, por qualquer que seja o motivo, existem diversas pessoas profissionais especializadas em todo o espectro de necessidades dos cães.
A grande armadilha que a família pode cair no momento de solicitar e contratar os serviços de uma pessoa especializada é não saber exatamente o que o cão precisa ou como realizar as atividades que irão atender essa necessidade.
O mais importante quando as pessoas tem um cão, é entender qual a melhor forma de cuidar desse cão, quais necessidades e como atendê-las, porque aí sim ela conseguirá encontrar pessoas que irão fazer exatamente o que ela espera e defina que é importante para o cão.
Questões como respeito aos limites, desenvolvimento gradativo do repertório cognitivo do cão, atividades físicas compatíveis com aquele cão, socialização de qualidade e gradativa, descanso e pausas, alimentação e hidratação, são critérios muito importantes para a qualidade de vida de um cão, esteja ele onde estiver e com quem estiver.
O mais importante do que oferecer atividades de montão para o cão, é garantir que essas atividades são de qualidade e irão garantir uma inclusão plena do cão dentro da sociedade, com segurança e prazer.
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Esse músculo precisa estar sempre ativo
Um cão saudável sempre terá em sua rotina atividades que façam com que ele pense, tome decisões, conheça e tenha acesso a estímulos novos e variados.
Qualquer uma dessa situações irão fazer com que o cão, de alguma forma, raciocine e utilize o cérebro para avaliar o que está acontecendo, buscar referências e decidir comportamentos.
Toda vez que uma atividade exige que o cão pense, porém que esteja muito acima da capacidade atual do cão entender e resolver, isso fará o cão ficar desmotivado e sem vontade de continuar se desafiando em coisas novas.
Por outro lado, sempre que o cão precisa conhecer algo novo e ele consegue entender o que precisa ser feito, resolver a situação e colher benefícios, quaisquer que seja, isso trará uma motivação e um incentivo que são muito importantes para que o cão continue aprendendo de forma prazerosa.
Nesse cenário, a responsabilidade da família é garantir que as atividades sejam fáceis para que o cão consiga realizar, porém sempre com um nível de dificuldade que seja diferente ou um pouco acima do que o cão já fez ou consegue fazer.
Estimular o cão cognitivamente é algo que trará maturidade para o cão e irá garantir tranquilidade e segurança na participação do cão diante dos mais variados cenários, pois o cão estará sempre motivado, pronto para enfrentar dificuldades e confiante na obtenção de êxitos.
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Não tem como ir contra essa vontade
Cães possuem necessidades básicas, que precisam ser atendidas de forma plena, a partir do momento que a família decide trazer um cão para viver junto a ela.
Por ser algo que é comum a todos os cães, acontece de muitas pessoas atenderem essa necessidade de forma igual para todo e qualquer cão, fazendo atividades e interações de forma automática e genérica.
É nessa hora que algumas dificuldades comportamentais e psicológicas começam a surgir na vida do cão e, muitas vezes, passam despercebidas pelas pessoas da casa, comprometendo a qualidade de vida e a longevidade desse cão.
Cada cão, assim como cada pessoa e família, irá sentir o ambiente onde ele vive de forma diferente, de acordo com as experiências vividas e a forma como a sociedade é apresentada para o cão.
A partir do momento que as pessoas entendem que cada cão irá sentir isso de forma diferente, fica claro entender que as necessidades também precisam ser atendidas de forma específica para cada cão.
O respeito e a compreensão dessa especificidade irá fazer com que a qualidade de vida do cão aumente muito, além de estreitar o relacionamento com a família, que irá focar em pequenos detalhes e olhar com atenção para o cão.
Não existe uma receita pronta para atender as necessidades de um cão, se a família focar nisso, quem irá sofrer as consequências, muitas vezes silenciosa, é o cão.
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Agora sim você vai oferecer o que precisa
As atividades que os cães precisam são baseadas naquilo que atende necessidades e que o cão consegue e gosta de fazer, independente da idade e do local onde esse cão vive.
É muito comum que as famílias busquem e foquem em atividades que, de alguma forma, gastem energia física do cão e façam com que o cão fique cansado, deixando de lado atividades importantes para a qualidade de vida do cão.
Todas as famílias que possuem um cão como membro sempre querem ficar juntas ao cão, fazer atividades, brincar, interagir, afinal de contas cães são seres sociáveis e as pessoas também gostam e buscam esse tipo de relacionamento.
Nessa hora, uma das atividades mais importantes e valiosas para o cão acaba ficando em segundo plano e a maioria dos cães não consegue realizar de forma qualitativa: o descanso.
Cães precisam e devem dormir e descansar no período noturno, para que suas energias sejam renovadas e o estresse diário seja drenado, preparando o cão, de forma plena para as atividades do dia seguinte.
Se o cão não dorme bem a noite inteira é porque existe um desconforto e uma dificuldade em lidar com estímulos e situações dentro de casa e isso é um fator determinante para a baixa qualidade de vida do cão.
Não é só descanso, é segurança.
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É automático o cão ter medo dessa situação
Toda situação que for novidade para o cão é algo que irá trazer algum tipo de desconforto para o cão e colocá-lo em um estado de alerta e proteção, por mais inofensiva que a situação seja.
É muito comum que as pessoas não percebam a dificuldade que o cão está diante das situações ou ainda, o nível de dificuldade que aquela situação pode apresentar para o cão.
Toda vez que existem novos sons, cheiros, pessoas, animais, cores, texturas, sensações e uma infinidade de outras coisas, isso será um desafio para o cão e, dependendo do nível de desenvolvimento cognitivo e social desse cão, isso será uma enorme barreira para ele superar.
Quando a família leva o cão para a casa de uma outra pessoa, por mais inofensivo que isso possa parecer, para o seu cão é algo completamente novo e diferente, com diversos estímulos diferentes e desconhecidos, que irão assustar seu cão.
Somado a isso, o ambiente onde o cão estará entrando é algo que dificulta sua fuga, pelo fato de existirem paredes, portas e, principalmente, pelo fato do seu cão não conhecer as rotas de fugas desse local.
Visitar outras casas é uma maravilhosa forma de socialização, porém precisa existir um preparo do seu cão para essa situação e essa primeira visita ser feita de forma planejada e progressiva.
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Essa destruição vai continuar para sempre
Comportamentos adquiridos pelo cão irão continuar acontecendo caso esse comportamento atenda necessidades do cão e não exista uma nova forma, melhor, para que o cão atenda essa necessidade.
Assim fica muito fácil para que a família entenda que se um comportamento do cão é algo que não agrada a família, uma nova opção, mais vantajosa, mais prazerosa e benéfica para o cão precisa ser apresentada.
Toda vez que as pessoas impedem que o cão realize um comportamento, porém não apresentam uma opção para o cão, essa necessidade do cão não será atendida e o cão desenvolverá outro tipo de comportamento para atender a necessidade.
Muitos cães desenvolvem dificuldades psicológicas pelo simples fato da família impedir o cão de realizar comportamentos e não apresentar algo que seja mais fácil, prazeroso e de qualidade para o cão, que se encaixe dentro daquilo que a família espera do cão.
Um acúmulo de estresse, uma apatia, uma desmotivação são alguns dos cenários que o cão irá sofrer quando não tem suas necessidades atendidas e ainda é impedido pela família de fazer isso sozinho do jeito que ele conhece ou consegue.
É um ciclo que precisa ser interrompido, pois, caso contrário, o cão sempre estará realizando comportamentos indesejáveis e à mercê de uma apreensão com relação à possibilidade de realizar ou não o comportamento.
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Ninguém gosta e só vai atrapalhar
Toda vez que o cão precisa usar uma coleira, será algo que vai impedir ele de ter acesso a algumas coisas e que vai atrapalhar a movimentação dele, seja esse acessório uma coleira, um peitoral, uma guia, ou qualquer outro acessório de passeio.
Essa afirmação sempre será verdadeira caso a família não faça uma apresentação adequada desses acessórios para o cão, afinal de contas, esses acessórios não são algo natural para o cão e ele nunca saberá o que fazer ou como se comportar diante deles.
Isso tudo começa desde a primeira vez que o cão simplesmente vê o acessório, antes mesmo de colocar ou saber o que é, fazendo com que o cão tenha contato com um objeto novo, diferente e único.
Se essa etapa é respeitada, permitindo que o cão veja, conheça, toque, cheire, tudo isso relacionando a um momento tranquilo, prazeroso e recompensante pra o cão, tudo vai ficando mais fácil.
A segunda etapa sempre será permitir que o cão fique à vontade com o simples fato do acessório tocar o corpo dele, principalmente na região onde o acessório irá ficar, seja no pescoço, torso ou patas.
A próxima etapa é colocar o acessório e realizar atividades que sejam diferentes do passeio, como se alimentar, pegar brinquedos ou até mesmo não fazer nada.
Só depois disso, se estiver tudo bem, é que será iniciada a colocação da guia e as caminhadas dentro de casa, de forma tranquila e sempre com muita recompensa.
Se esse processo não for todo seguido, é óbvio que a Roleta da Sorte estará sendo rodada e, com certeza, o cão não ficará bem quando estiver usando esse acessório.
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Precisa fazer questão que isso aconteça
A responsabilidade de ter um cão dentro da família é algo que vai exigir das pessoas a dedicação de um tempo para que possam ser realizadas atividades e interações com o cão.
É muito comum que as pessoas utilizem o tempo disponível com o cão para fazerem atividades que gastem a energia do cão, apostando em um bem estar somente gastando a energia física do cão.
A qualidade de vida do cão está diretamente ligada à variedade de atividades que acontecem e que atendem as necessidades específicas daquele cão em caráter físico, cognitivo, social, alimentar e emocional.
Se, toda vez que a família vai passar um tempo com um cão, acaba apostando em somente uma dessas necessidades, o cão não terá uma vida digna, justa e de qualidade, pois outras necessidades estarão sempre em segundo plano.
A partir desse momento é muito comum que as pessoas acreditem que precisam passar ou dedicar muito tempo para o cão para que todas essas necessidades sejam atendidas diariamente.
Entretanto, quando as atividades e interações são feitas de forma planejada, para garantir a qualidade daquele momento, onde o cão irá atingir objetivos, pensar e aprender coisas, tudo fica muito mais valioso.
Esse é o grande segredo de ter um cão em casa e ainda atender todas as necessidades que esse cão necessita, de forma plena e com qualidade.
Não precisa de muito, só de bem feito.
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Essa atividade sempre vai atender tudo
É fato que os cães necessitam de atividades físicas para ter uma vida de qualidade, serem saudáveis e equilibrados, porém a frequência e a intensidade dessa atividade são muito importantes.
Toda atividade física precisa ser adaptada para aquilo que o seu cão consegue fazer, sem desgastar, sem cansar, sem ter dificuldades de respiração e outros aspectos de cada cão.
De acordo com a idade de cada cão, existem atividades que vão ser mais prejudiciais do que benéficas e irão desencadear no seu cão a falta de vontade e disposição para realizar a atividade.
De qualquer forma, o cão não precisa de uma atividade física para que ele possa correr e gastar energia, e sim para que o corpo esteja em movimento de forma segura e saudável.
Dentro desse cenário, a melhor atividade que as famílias podem oferecer para um cão, dentro de casa, é uma atividade que estimule o cão a se movimentar, passar por obstáculos e superfícies variadas, que irão desenvolver o cognitivo e o sensorial do cão de forma prazerosa e segura.
Preparar situações e labirintos dentro de casa, utilizando o que o cão conhece no dia a dia dele, são uma ótima forma de enriquecer o ambiente que o cão vive e garantir um desenvolvimento físico, cognitivo, sensorial e social.
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Desse jeito vai ficando cada dia melhor
Conhecer as necessidades que um cão precisa é o primeiro passo para que a família consiga trazer qualidade de vida para o cão e garantir que ele fique bem e equilibrado.
É muito comum que as pessoas atendam apenas as necessidades fundamentais de um cão, oferecendo alimento, água, abrigo e atividades físicas.
Quando isso acontece é porque a família não está dando a atenção devida aquele cãozinho em particular, entendendo suas necessidades específicas, ou seja, aquilo que ele consegue, gosta, precisa e quer.
Se a família começa a oferecer atividades que o cão precisa, dentro de suas limitações, vontades e capacidade, isso faz com que o cão fique muito mais motivado e tenha prazer em realizar as atividades e querer sempre mais.
Quando a família atende essas necessidades de forma ampla e plena, o cão fica equilibrado, confiante, motivado e se sentindo seguro dentro da sociedade que ele está vivendo, garantindo uma longevidade justa e digna para o cão.
Não adianta somente atender as necessidades básicas de um cão, oferecendo alimentação de qualidade, atividades físicas, atividades cognitivas, socialização, atividades sensoriais, descanso e higiene, precisa sempre focar no específico daquele cão.
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É desse jeitinho que precisa ser feito
Toda vez que um cão aprende algo ele estará tomando decisões e escolhendo se aquelas decisões são valiosas e precisam continuar acontecendo.
Dentro desse cenário, diversos comportamentos acabam surgindo e se mantendo no dia a dia do cão, porque, de alguma forma, eles resolvem situação, atingem objetivos e ajudam o cão.
Se o cão só toma decisões após a família auxiliar e resolver a situação para ele, esse cão nunca estará preparado para enfrentar desconfortos e desafios, sejam eles novos ou já conhecidos, pois ele não sabe o que fazer sem a presença de alguém para auxiliar.
A partir do momento que a família começa a inserir na rotina do cão o enriquecimento ambiental, isso irá trazer independência para o cão, pois ele precisará resolver os desafios sozinho e tomando decisões sem ajuda.
Com essa prática, é muito comum que as famílias comecem a deixar o cão resolver mais situações de forma independente, porém pode ser uma grande armadilha para as famílias.
Quando a família percebe que o cão já sabe fazer coisas sozinhos e tomar decisões acertadas e de forma calma e tranquila, a rotina do cão começa a entrar no modo automático, e a família deixa de ensinar e apresentar coisas novas para o cão de forma planejada e contínua.
A independência de um cão serve para que ele fique bem e saiba lidar diante de novos cenário, estímulos e contextos que serão apresentados e oferecidos pela família. É para isso.
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Se é para isso, é melhor você nem ter um cão
Todas as famílias que trazem um cão para dentro de casa é porque, de alguma forma, querem oferecer algo bom para aquele cão.
Pensando dessa forma, não faz sentindo a família trazer o cão para casa e, a partir desse momento, colocar o cão em risco, seja ele físico ou emocional.
Quando o cão é colocado em uma posição para defender a casa e as pessoas que habitam ali, automaticamente esse cão começa a se colocar em risco, afinal de contas se existe alguém que possa fazer mal para a família, automaticamente irá querer fazer mal para o cão.
Se o cão precisa defender uma casa e proteger um lar, automaticamente ele está na linha de frente para qualquer ataque e ação perigosa que possa acontecer, colocando a vida do cão em risco.
Os cães que vivem em matilha, ou seja, de forma selvagem e sem a presença humana, acabam construindo essa hierarquia de defesa, por estarem inseridos em uma sociedade majoritariamente humana e que não foi apresentada para ele.
Portanto, não faz sentido uma família, que quer bem para o cão, trazer ele para casa e colocá-lo em situações, de forma pensada, que irão levar risco à vida do cão.
Se transferirmos essa visão para outros aspectos da vida do cão e não somente o físico, muita coisa vai mudar para melhor.
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Te garanto que isso não é só porque eu quero
A sociedade como um todo é algo que apresenta riscos para um cão, afinal de contas ela é composta, em sua maioria, por seres humanos e lugares que não foram projetados para cães.
Dentro dessa ótica, fica fácil entender que a família precisa apresentar para o cão todos os lugares que ele frequenta e que irá conhecer, fazendo isso de forma gradual e prazerosa.
É muito comum que as famílias, dentro de suas casas, acabem impondo regras de acesso para o cão, impedindo ou não querendo que o cão fique e utilize determinados locais e ambientes da casa.
Essa prática é muito individual e diz respeito a cada família, porém, mesmo que a família decida que o cão não pode frequentar algum lugar da casa, esse local precisa ser apresentado e conhecido do cão.
Caso isso não seja feito, esse local sempre oferecerá, para o cão, um medo do desconhecido, uma ansiedade e um estresse diário, afinal de contas esse ambiente está sempre ali, próximo do cão e ele não sabe o que acontece e o que pode acontecer.
Não tenha dúvidas que o local onde o cão vive, precisa ser o mais conhecido, o mais seguro e onde o cão consegue relaxar de verdade.
Se, nessa casa, existe algum ambiente que o cão não tem acesso, não conhece e não frequenta, essa casa nunca será segura para o cão.
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O cão grande faz mais do que o pequeno
Todo comportamento que é realizado por um cão sempre será avaliado pelas pessoas de acordo com o tamanho e o porte desse cão.
Se o comportamento oferece algum risco para as pessoas envolvidas, porém o cão é pequeno e não possui muita força, a família acaba ignorando ou subjugando esse comportamento e o cão continua com a dificuldade.
Agora, se o cão possui um porte e um tamanho maior, ao menor sinal de um comportamento que traga risco para a família, algo já começa a ser feito.
Toda vez que um cão precisa passear, ele irá de alguma forma, puxar a coleira e deixá-la sempre tensionada e esticada, caso a família não apresente o acessório de forma calma e controlada.
Todo cão de porte grande irá dificultar a atividade de passeio, caso puxe a coleira, afinal de contas ele tem mais força e irá aumentar a dificuldade da pessoa que estiver com a guia na mão.
Nessa hora, vários artifícios são utilizados pela família para tentar impedir que o cão puxe, desde os mais simples, até os mais complexos, fazendo o cão desistir de puxar.
Quando isso acontece, o cão perde o prazer em explorar e se divertir durante o passeio, e começa a caminhar mais lentamente e sem vontade, fazendo com que as famílias acabem optando por deixar o cão sem coleira, afinal de contas, ele não faz nada.
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Não tem certo e errado dentro da sua casa
É muito comum que as famílias que possuem cães deixem para ensinar algo para o cão depois que o cão já teve um comportamento que não agradou a família.
Dentro da rotina de cada família existem coisas que são aceitas e outras que não são tão bem vistas assim, e isso é muito particular para cada família e para cada realidade, não existe limites para isso.
Entretanto, toda vez que o cão está realizando algum comportamento que faz mal para ele, seja de forma física, psicológica ou social, algo precisa ser feito pela família para mudar essa realidade e oferecer algo melhor para o cão.
Se dentro da rotina da casa, existem comportamentos que são aceitos, porém isso não pode acontecer fora de casa, esse cão passará por dificuldades quando precisar conhecer a sociedade e ser incluído, pois não conhecerá uma forma melhor e que traga benefícios.
A inclusão de um cão dentro da sociedade precisa garantir que o cão consiga frequentar todo e qualquer ambiente, independente dos estímulos que existam ali.
Se o cão não consegue apresentar comportamentos que facilitem e estimulem sua participação junto às pessoas e os outros animais, não quer dizer que o cão está errado, mas que a sociedade não foi apresentada para ele.
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O cão terá o maior prazer em aprender
O maior incentivo que uma família pode dar para que um cão queira aprender algo novo, é garantir que o cão fique motivado e estimulado com o benefício que ele colhe.
Toda vez que a família oferece para o cão algo que ele gosta ou quer, seja um objeto, um alimento, um carinho, um passeio ou qualquer outra recompensa, esse cão sempre fará o possível e o que estiver ao alcance dele para ter essa recompensa novamente.
Essa recompensa, qualquer que seja, precisa aparecer em um momento onde o cão esteja em busca dela, como por exemplo, um alimento no horário da alimentação, um descanso na hora de dormir, um passeio no horário de passeio.
Se a recompensa surgir quando o cão não está muito afim dela, como por exemplo, um alimento logo após a alimentação do cão, um passeio depois do cão ter feito exercícios físicos em excesso, um lugar para dormir quando o cão acabou de acordar, elas não surtiram o mesmo efeito.
É importante que a família segmente as recompensas e as utilize dentro de um cenário onde o cão quer e esteja precisando dela, para que isso faça com que o cão fique motivado e estimulado a conseguir a recompensa.
A partir desse momento, com um cão motivado é a hora certa para que a família apresente novos estímulos, novos objetos, novos sons, novas palavras, novos animais e por aí vai.
Isso é um cão que gosta e quer aprender.
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