18/11/2022
O câncer de próstata também afeta os animais de companhia e, assim como ocorre com os machos humanos, é importante alertar sobre prevenção. A maioria dos cães, com mais de 4 anos , está sujeita ao desenvolvimento de várias alterações na glândula prostática, por isso é fundamental o exame de toque retal e, quando necessário, a ultrassonografia para uma análise mais detalhada. Alterações dessa natureza também podem surgir em gatos, mas é raro. Os tutores devem ficar atentos.
Segundo a médica-veterinária Kellen de Sousa Oliveira, docente da Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás (EVZ/UFG), os tumores prostáticos em cães ocorrem em uma menor incidência em relação as demais doenças.
“O desenvolvimento das patologias ou alterações da glândula está relacionado a fatores hormonais (testosterona), genética e idade do paciente, por isso, a incidência é maior em animais entre a meia idade a idosos, não castrados ou castrados tardiamente”, afirma.
Oliveira aponta que o guardião do animal deve reparar em sintomas como dificuldade de defecar e urinar, além da presença de sangue e dor na região inguinal. “O tratamento dependerá do diagnóstico, já que, em casos de crescimento da próstata – Hiperplasias Prostáticas Benigna (HPB) – existe o tratamento medicamentoso ou cirúrgico, que é a remoção dos testículos (orquiectomia) associada, ou não, à remoção total ou parcial da próstata (prostatectomia)”, explica.
Em casos de prostatite, que é a dor, inchaço ou inflamação da glândula, a abordagem também pode ser por meio de medicamentos ou intervenção cirúrgica. A Revista da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo apontou que a maioria dos animais estudados e submetidos a orquiectomia apresentaram pelo menos 50% de redução do volume prostático, 15 dias após o procedimento.
Fonte:CRMVPB