25/07/2023
Entender os sintomas, transmissão e prevenção de algumas doenças ajuda a identificar quando o pet não está bem, mas lembre-se, não medique por conta própria. O médico-veterinário é o profissional apto para diagnosticar e medicar.
Rinotraqueíte
É uma doença de grande preocupação, pois pode ficar latente por anos e se manifestar tardiamente, devido a quadros de baixa imunidade. É causada pelo vírus Herpesvírus Felino tipo 1 (HVF-1). A transmissão ocorre pelo contato com secreções nasais, orais e oculares, além disso, o gato que apresenta a forma latente pode transmitir ao felino saudável.
Os sintomas dessa doença são variados, como: espirros, secreção nasal e ocular, febre, dificuldade respiratória, problemas oculares, pneumonia, perda de apetite etc. O tratamento se baseia em diminuir os sintomas com uso de antiinflamatórios, antibióticos e analgésicos.
A prevenção para a rinotraqueíte é feita por meio da vacinação. Vacinas como V3, V4 e V5 protegem o felino contra a doença, mas o protocolo adequado para o filhote, só o médico-veterinário que o acompanha pode dizer.
Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV)
Também conhecida como a AIDS felina, pois apresenta as mesmas características clínicas da AIDS humana. A transmissão da FIV ocorre pela mordida em brigas ou relações se***is.
Os sintomas da FIV incluem: infecções secundárias devido à baixa imunidade, febre, anemia, emagrecimento, doenças de pele, intestinal, respiratória etc. Não há tratamento para a AIDS felina, mas existem condutas que visam diminuir os sintomas e, principalmente, melhorar a imunidade.
Não há uma vacina que previna a FIV, então, o melhor meio de prevenção é não deixar o gatinho se aventurar na rua e se envolver em brigas.
Vírus da Leucemia Felina (FeLV)
É uma doença de grande preocupação para os gateiros de plantão, por sua rápida capacidade de disseminação. A transmissão da FeLV pode ocorrer pelo contato direto com gatos positivados; passar da mãe para o filhote; pela gestação e no momento da amamentação. Além disso, é transmitida durante brigas, por arranhões e mordidas.
São vários os sintomas da FeLV e até sistêmicos (atingem todo o organismo). Podemos citar: fraqueza, problemas respiratórios, de pele e oculares, perda de peso, anemia, diarreia, queda de imunidade e até surgimento de tumores. Não há tratamento, mas assim como a FIV, há meios de minimizar os sintomas, mantendo sempre a imunidade do pet.
A prevenção da FeLV acontece por meio da vacinação e evitando que o filhote explore a rua. Se houver um gato positivado na família, ele deve ser separado do novo integrante, inclusive os potes de água e ração.
Panleucopenia Felina
É uma doença com alta taxa de mortalidade em gatos com menos de um ano. É causada por um vírus, e resistente no ambiente e a desinfetantes. A transmissão da panleucopenia felina ocorre pelo contato com ambientes contaminados; contato direto com fezes, secreções e vômito de gatos infectados e também pela placenta (da mãe para o filhote).
Os sintomas de panleucopenia também são bastante variados, incluindo: diarreia, vômito, perda de apetite, desidratação, cerebelo pouco desenvolvido, convulsões, anemia e até morte. O tratamento é realizado com o intuito de melhorar os sintomas, é feito com antibióticos, medicamentos para cortar o vômito, fluidoterapia, antivirais, reposição vitamínica etc.
Quanto a prevenção da panleucopenia, a vacinação protege o filhote contra a doença e o médico-veterinário precisa ser consultado a fim de instituir o melhor protocolo vacinal para o pet. Além disso, é preciso realizar a desinfecção de locais em que vários gatos ficam com vassoura de fogo, hipoclorito a 6% e outros desinfetantes específicos que devem ser indicados pelo profissional.
Peritonite Infecciosa Felina (PIF)
Causada pelo vírus FCoV (coronavírus felino) e atinge gatos que já viveram em abrigos ou gatis. A transmissão acontece pelo contato do gato saudável com fezes contaminadas com o vírus.
Em relação aos sintomas do coronavírus felino, há dois tipos de manifestação clínica: a forma efusiva e a não efusiva. A efusiva se caracteriza por: acúmulo de líquido na barriga, tórax e pericárdio. Os sintomas incluem dificuldade respiratória e mucosas roxas. Já a não efusiva se apresenta da seguinte forma: alterações oculares, convulsão, tremores, alteração de comportamento, diarreia, vômito, paralisia, andar em círculos etc.
O tratamento do coronavírus felino se baseia em medicamentos imunossupressores, antivirais, fluidoterapia e uma boa nutrição. Já a prevenção pode ser feita da seguinte forma: evitar superpopulação de gatos em abrigos e evitar que o filhote tenha acesso à rua, a fim de impedir que ele entre em contato com fezes contaminadas de outros gatos.
Agora que você já sabe as principais doenças em gatos filhotes e que o médico-veterinário precisa ser consultado, acesse o blog da Petlove para mais dicas de saúde felina!