Nos primeiros tempos, há alguns milhares de anos, o homem observava os animais e chegou à conclusão de que havia uma força estranha que os fazia mover a que se denominou, posteriormente, no “latim” de “ânima” ou alma. Já os gregos a definiam como Psi Khé e os hebráicos a ela se referiam como né fesh.
O Ser humano chegou a uma conclusão muito simples, após tantas experiências dolorosas com nossa própria espécie: Que devemos amar incondicionalmente os animais de estimação! Mas que amor é esse? De onde vem tanto apego e carinho por esses seres tão magníficos? Cada um poderia dar uma resposta diferente sobre o assunto, mas todos são unânimes: amo meu animal! Muitos que não possuem animais de estimação criticam a postura dos proprietários de pets, seja no exagero do tratamento em casa, quanto ao exagero do consumo e serviços direcionados a esses ‘bichinhos’ tão simpáticos. Quem afinal tem razão? Se você é um feliz proprietário de um pet, pode, facilmente, dar um depoimento sobre sua experiência no dia-a-dia com seu pet.
O convívio com os animais é muito prazeroso e rico em trocas e afetos mútuos, onde o animal corresponde muito bem aos nossos estímulos com graça e inteligência; e onde muitos dizem que é mero extinto, alguns mais observadores dizem que é uma capacidade de ter pensamentos. Repito, mais uma vez, desde o meu primeiro artigo sobre o assunto, que os animais agem muito além do instinto, fato este baseado em minha experiência pessoal e profissional ao longo de 30 anos.
Entretanto, a vida dos animais ao lado de seus proprietários é muito curta e isso causa muita dor e tristeza, pois perder um animal tão querido, nunca está nos planos das pessoas. E como enfrentar esse fato tão doloroso? A morte interrompe uma amizade perfeita, uma parceria intensa, cumplicidade, companhia, amizade sincera, amor verdadeiro e uma fidelidade jamais alcançada entre os homens.
Nessa hora, perdemos o rumo, o chão f**a distante, o olhar perdido num mar de incertezas e toda a dolorosa sensação de despedir um amigo querido para sempre. Não importando a causa da morte do pet, seja por doenças graves, como câncer, infecções crônicas, senilidade, atropelamento, etc., muitas vezes não aceitamos com facilidade a perda. Sempre digo aos meus clientes que o início de uma amizade com um pet, pode a qualquer momento ser interrompida com o evento morte, fato inexorável e tão certo quanto a partida de tantos entes queridos nossos, humanos. Eu presenciei tantos casos de óbito animal em minha carreira e tanto sofrimento, desespero, inconformismo e dor profunda.
Sempre que pude, tentei me colocar no lugar das pessoas que perdiam seus animais queridos, na tentativa de entender e tentar consolar aquelas pessoas tão sofridas e sem respostas. Tentei ao longo dos anos, abrir meu coração para o sentimento mais puro que pude identif**ar, o amor. Como consolar sem entender a dor alheia, como amar sem ter sido amado. Nessa hora lembro sempre da oração do santo dos santos, São Francisco de Assis, o mais puro dos homens, aquele cuja companhia os animais tanto apreciavam, sem medo, pois ele entendeu como ninguém que eles tinham uma alma pura, leve e lindamente encantadora: “consolar que ser consolado, compreender que ser compreendido, amar que ser amado..”
Querido amigo, proprietário de um lindo pet, viva intensamente a vida de seu animal, sem reservas, sem sustos, sem medo. Faça disso a tua oração diária, pois os animais estão sempre conectados com o céu, nos fazendo o bem todos os dias e tenha certeza que o bem maior não somos nós que fazemos a eles e sim o bem que eles nos fazem, nos ensinando todos os dias belíssimas lições de vida e amor, fraternidade e amizade. E quando eles se forem, não se desespere. Pense que eles cumpriram seu plano de vida muito bem e nos fizeram felizes. Faça o luto, respeite a memória do seu pet e viva com alegria, em homenagem àquele que te acompanhou durante um breve, mais lindo momento na nossa vida.