República dos Animais

República dos Animais Medicina Veterinária de Valor. Ajudo cães e gatos a viverem bem através da Medicina Veterinária
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A República dos Animais dá importância a medicina veterinária preventiva. Acreditamos que simples atos previnem a ocorrência de muitas doenças trágicas. Oferecemos cuidados médicos e cirúrgicos mais atualizados e trabalhamos em parceria com laboratórios veterinários e profissionais especializados.

Essa semana tivemos nosso encontro do Clube do Livro, que se iniciou tem um ano aqui na República dos Animais.Cada novo ...
02/08/2024

Essa semana tivemos nosso encontro do Clube do Livro, que se iniciou tem um ano aqui na República dos Animais.

Cada novo encontro é esperado, muito esperado.

O livro desse mês foi Tudo é Rio, de Carla Madeira, que conforme disse em entrevista gastou 14 anos pra concluí-lo, e ela é de BH.

Não darei spoiler, mas tem uma passagem que me marcou muito, que é a carta da mãe pra filha diante de um luto, de um silêncio, de uma tristeza, de uma decepção ou até punição.

Veja esse trecho:

“ …é difícil imaginar que tudo isso que você está passando é vontade de Deus. O problema não é Deus, é o que inventamos Dele. As pessoas tem certeza demais sobre as vontades de Deus, acho até que algumas criaram Deus em vez de serem criadas por Ele. Deus não é de pensar, é de sentir.”

Deus é de sentir!

Caso se identifique e queira participar, entre em contato conosco!

O fluxo dos fluidos ocorre nas duas direções, dirigida à cavidade e ao lumen capilar, e as variações desse fluxo depende...
23/04/2024

O fluxo dos fluidos ocorre nas duas direções, dirigida à cavidade e ao lumen capilar, e as variações desse fluxo depende das diferenças de pressão hidrostática, osmótica e oncótica.

A difusão é o mecanismo mais importante responsável pelo transporte de solutos na diálise peritoneal. O dialisato que contém alta concentração de glicose estimula a difusão dessas substâncias do dialisato para a corrente sanguínea. Moléculas no sangue que não estão presentes em altas concentrações no dialisado, como toxinas urêmicas e potássio, difundem-se do sangue peritoneal para o dialisado.

Os distúrbios ácido-base são corrigidos pela presença de concentrações mais altas de bicarbonato e lactato no dialisado do que no plasma, o que permite a difusão destas substâncias do dialisado para o corpo.

A taxa de difusão de solutos individuais depende de muitos fatores, como o gradiente de concentração, o peso molecular do soluto e a área de superfície peritoneal.

Priscila Fonte Boa Rabelo
CRMV-MG 10.858

A dinâmica da troca de fluidos e solutos através de uma membrana semipermeável é à base da diálise peritoneal. Dentre as...
09/04/2024

A dinâmica da troca de fluidos e solutos através de uma membrana semipermeável é à base da diálise peritoneal.

Dentre as camadas de resistência à passagem de fluidos e solutos entre sangue e liquido intracavitário, a principal barreira é o endotélio dos capilares e das vênulas pós-capilares do peritônio. A membrana basal do endotélio, a matriz intersticial, as células do interstício, o mesotélio e sua membrana basal praticamente não oferecem dificuldade ao trânsito de pequenas moléculas.

Para o estudo dos fenômenos envolvidos nas trocas através da membrana peritoneal, tanto no contexto fisiológico quanto patológico, foram elaborados modelos de transporte, que englobam as variáveis que podem interferir nessas trocas, permitindo simulação de situações clínicas específ**as e a análise objetiva de casos clínicos.

O mais conhecido desses modelos é o chamado “Modelo de poros”, que se mostra adequado, do ponto de vista matemático, ao estudo da maior parte dos fenômenos envolvidos no transporte de fluidos e solutos da diálise peritoneal.

Priscila Fonte Boa Rabelo
CRMV-MG 10.858

Microscopicamente temos uma orquestra de células bem organizadas, capaz de contribuir grandemente com o outro, no caso o...
08/04/2024

Microscopicamente temos uma orquestra de células bem organizadas, capaz de contribuir grandemente com o outro, no caso o rim, em situações de necessidade, até que ele possa se reerguer e continuar sua labuta!

Estou apaixonada pela membrana peritoneal.

Priscila Fonte Boa Rabelo
CRMV-MG 10.858

A região abdominal é a grande parte do corpo que se estende do diafragma à pelve. Inclui as cavidades abdominal e pélvic...
05/04/2024

A região abdominal é a grande parte do corpo que se estende do diafragma à pelve. Inclui as cavidades abdominal e pélvica, delimitadas por ossos e músculos.

O peritônio é a maior e mais complexa membrana serosa do corpo. Forma o revestimento da cavidade peritoneal, que se estende na cavidade abdominal e contém o trato gastrointestinal, fígado, baço, pâncreas, bexiga urinária, rins, .... muitos nervos, vasos e gânglios linfáticos.

O peritônio precisa ser destacado na diálise peritoneal, pois é ele que irá participar ou seja substituir função excretora renal pelas suas particularidades estruturais.

O peritônio é uma membrana que é dividida em uma parte tem contato direto com a parede abdominal (peritônio parietal) que representa 20%, o outros 80% da membrana, tem contato direto com os orgãos abdominais (peritônio visceral), fornecendo uma superficie sem atritos sobre a qual as visceras possam se mover.

O sistema portal fornece drenagem para o peritônio visceral, enquanto a veia cava caudal drena o peritônio parietal. Uma implicação clínica importante desta variante anatômica é que os medicamentos que são abdorvido através do peritôneo visceral sofrem depuração de primeira passagem pelo fígado.

Priscila Fonte Boa Rabelo
CRMV-MG 10.858

Em cães e gatos, a Diálise Peritoneal é indicada principalmente no tratamento da:Lesão renal aguda, insuficiência renal ...
04/04/2024

Em cães e gatos, a Diálise Peritoneal é indicada principalmente no tratamento da:

Lesão renal aguda,
insuficiência renal oligúrica ou
insuficiência renal anúrica,
insuficiência renal poliúrica não responsiva a fluidoterapia, e
uremia pós-renal, seja por obstrução uretral ou ruptura de vesícula urinária.

Priscila Fonte Boa Rabelo CRMV-MG 10.858

O método de diálise peritoneal consiste na passagem de líquidos e solutos dos capilares peritoneais para o dialisato inf...
03/04/2024

O método de diálise peritoneal consiste na passagem de líquidos e solutos dos capilares peritoneais para o dialisato infundido na cavidade peritoneal, pelo peritônio, que atua como uma membrana semipermeável.

Difusão simples, ultrafiltração e absorção constituem os três princípios básicos do transporte de líquidos e solutos pela membrana peritoneal. A difusão é fundamental para o clearance peritoneal de solutos, e ocorre no sentido dos capilares peritoneais para o dialisato. A ultrafiltração é o transporte do solvente resultante de um gradiente osmótico entre uma solução dialítica hipertônica, e o sangue dos capilares peritoneais. A absorção de líquidos ocorre pelo peritônio parietal e vasos linfáticos peritoneais.

Priscila Fonte Boa Rabelo
CRMV-MG 10.858

A diálise peritoneal é uma tecnica bem dificil de executar, há quem diga que é facil, mas é bem dificil. Bem dificil mes...
02/04/2024

A diálise peritoneal é uma tecnica bem dificil de executar, há quem diga que é facil, mas é bem dificil. Bem dificil mesmo! Digo que mais dificil que a hemodiálise.

Foi descrita na medicina veterinaria em 1957, mas não signif**a que foi prontamente utilizada, pois não é até hoje! Porque é dificil mesmo, mas quando bem executada é bem eficiente.

A diálise peritoneal temporariamente substitui a função excretora renal usando o *peritônio* como a membrana semipermeável, através da qual solutos indesejados são eliminados.

Por isso o peritôneo, que irá substituir temporariamente o rim, tem que estar íntegro.

Em cães e gatos, a Diálise Peritoneal é indicada principalmente no tratamento da lesão renal aguda, insuficiência renal oligúrica ou anúrica, insuficiência renal poliúrica não responsiva a fluidoterapia e uremia pós-renal, seja por obstrução uretral ou ruptura de vesícula urinária.

As manifestações clínicas variam de acordo com a gravidade do comprometimento renal, o grau de azotemia e a presença de ...
20/03/2024

As manifestações clínicas variam de acordo com a gravidade do comprometimento renal, o grau de azotemia e a presença de comorbidades. Os sinais clínicos podem incluir:

Anorexia
Letargia
Perda de peso
Náuseas e vômitos
Diarréia
Desidratação
Poliúria
Polidipsia
Oligúria
Halitose
Mucosas pálidas
Estomatite
Pelagem opaca por exemplo…..

Saiba que a recomendação é que cães e gatos sejam avaliados (check-up):- anualmente quando possuem menos de 8 anos de id...
19/03/2024

Saiba que a recomendação é que cães e gatos sejam avaliados (check-up):

- anualmente quando possuem menos de 8 anos de idades (5 anos para cães de raças gigantes);

- semestralmente para pacientes entre 8 e 12 anos de idade ( entre 5 e 8 anos para cães de raças gigantes);

- trimestral para pacientes com mais de 12 anos de idade (8 anos para cães de raças gigantes).

Essas recomendações são genéricas e direcionadas para cães e gatos que não apresentem sinais clínicos ou queainda não foram diagnosticados com DRC.

19/03/2024
A nefrite túbulo-intersticial crônica é a principal causa da doença renal crônica em gatos. No entanto, esse achado some...
14/03/2024

A nefrite túbulo-intersticial crônica é a principal causa da doença renal crônica em gatos. No entanto, esse achado somente reflete um padrão lesional comum frente a diversos fatores incitantes diferentes.

Alguns casos de doença renal crônica em gatos são idiopáticos, mas há outras diversas causas que devem ser levadas em consideração, como:

fatores congênitos;
peritonite infecciosa felina;
hipercalcemia;
isquemia;
hidronefrose;
hipotensão arterial;
má perfusão;
envelhecimento;
infecções;
glomerulonefrite;
amiloidose;
pielonefrite;
doença policística;
nefrólitos;
neoplasias primárias e linfoma;
substâncias nefrotóxicas: antibióticos (ex: gentamicina), anfotericina b, anti-inflamatórios não esteroides), plantas da família liliaceae, metais pesados, meios de contraste, hemoglobina, etilenoglicol).

No post acima temos as raças dos animais mais predispostos à doença renal crônica.A etiologia da DRC é diversa e pode te...
13/03/2024

No post acima temos as raças dos animais mais predispostos à doença renal crônica.

A etiologia da DRC é diversa e pode ter origem familiar, congênita ou adquirida. Contudo, na maioria das vezes, a causa que incitou a lesão renal e que implicou a progressão da DRC não é totalmente conhecida.

Apesar de o Março Amarelo ter foco na doença renal crônica, a doença renal não é uma doença sazonal e a sua prevenção de...
12/03/2024

Apesar de o Março Amarelo ter foco na doença renal crônica, a doença renal não é uma doença sazonal e a sua prevenção deve acontecer durante todo o ano.

A principal forma da prevenção de doenças renais é através de consultas de rotina, normalmente realizados com o clínicos veterinários geral.

Embora a primeira abordagem a estes pacientes seja geralmente realizada por um veterinário clínico geral, o tratamento ef**az e prioritário só poderia ser dado por um médico veterinário, que tenha conhecimento sobre os problemas especiais que ocorrem em pacientes com doença renal crônica.

Dados de literatura apontam que a DRC ocorre em 2 a 5% dos cães, mas que pode chegar a até 10% nos indivíduos idosos, sendo uma das principais causas de morte nestes pacientes. A idade média de diagnóstico da doença renal em cães é de 6,5 anos de idade, com 45% dos casos relatados em pacientes com mais de 10 anos.

A doença renal crônica (DRC) é uma enfermidade corriqueira na espécie felina, sendo considerada a doença mais comum de gatos idosos e a segunda maior causa de óbito em pacientes geriátricos, atrás apenas de neoplasias.

A doença renal crônica (DRC) é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em cães e gatos, especialmente nos m...
11/03/2024

A doença renal crônica (DRC) é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em cães e gatos, especialmente nos mais velhos. Ocorre também em animais novos!

A terapia da DRC em cães e gatos concentra-se na detecção precoce e em tratamentos destinados a retardar a perda progressiva de néfrons.

O diagnóstico precoce da DRC é importante, pois aumenta a expectativa de vida dos animais. Ele é realizado a partir da anamnese que deve incluir seu histórico de vida completo, exame clínico e exames complementares (análise de sangue, urina e imagem).

beba água e garanta que seu animal de estimação também beba!
08/03/2024

beba água e garanta que seu animal de estimação também beba!

Março Amarelo é o termo utilizado para alertar para o risco da Doença Renal Crônica (DRC) em animais e humanos. Criado a...
07/03/2024

Março Amarelo é o termo utilizado para alertar para o risco da Doença Renal Crônica (DRC) em animais e humanos. Criado após a idealização do dia Mundial do Rim, comemorado na segunda quinta-feira do mês de março, pela Sociedade Internacional de Nefrologia, o objetivo deste mês colorido de amarelo no calendário é conscientizar e divulgar mais informações sobre a doença renal.

Mas afinal, como o diagnóstico precoce pode ser realizado?

eu tenho certeza que você sabe a resposta, mas não procrastine a visita ao médico veterinário, ele é o melhor profissional pra te orientar a evitar essa doença quando possível e quando ela já existe, o profissional especializado em nefrologia e urologia veterinária contribui no ajuste fino do tratamento.

Quando eu escolhi essa especialidade (nefrologia), eu não sabia o caminho que me esperava.  Nesse caminho eu fiquei doen...
01/02/2024

Quando eu escolhi essa especialidade (nefrologia), eu não sabia o caminho que me esperava. Nesse caminho eu fiquei doente, tive e tenho com frequência a “sindrome do impostor” e me questionei sobre minha escolha.

Quando chega o momento da terapia dialítica de um paciente, sabemos que estamos com uma taxa de sobrevivência desafiadora. E quando temos comorbidades associadas na causa da lesão renal isso f**a bem mais angustiante. E esse paciente foi um deles que merece ser registrado, pois é mais comum do que você imagina.

O caso acima é de um animal com lesão renal aguda sobre doença renal crônica causado por leishmaniose visceral canina e babesiose, encaminhado pela nefrologista junto da clinica veterinária . Um paciente bem inflamado, que necessita de prioridades terapêuticas.

A decisão de iniciar com a hemodiálise foi feita para melhorar a probabilidade de um resultado bem sucedido. No entanto sabemos que não é a terapia dialítica a causa da sobrevivênvia desafiadora e sim o que levou o paciente a esse quadro.

O prognóstico nos casos de LRA geralmente é ruim, sendo dependente da capacidade e da eficiência em se controlar as consequências da disfunção renal. O desafio em fazer com que a terapia desse certo foi possível pela presença de uma equipe formidável, guiada pelo e nossa equipe, que não soltou a mão durante o processo. Faltam ainda listar nosso estagiário e nosso braço direito
Mas não tenho boas noticias: O animal dessa foto veio a óbito, infelizmente.
Estamos acostumados com isso? Não;
É a pior coisa da vida dar a noticia do óbito.

Tinhamos esperança, pois o desafio nos movia.
Agradeço a contribuição de toda a equipe que se envolveu na terapia dialítica, que deu o seu gás pra que desse tudo certo. A lesão renal aguda é cruel conosco também.

Cães nefropatas com leishmaniose podem apresentar proteinúria, azotemia ou ambos. Em todas as condições acima, recomenda...
01/02/2024

Cães nefropatas com leishmaniose podem apresentar proteinúria, azotemia ou ambos. Em todas as condições acima, recomenda-se uma dieta terapêutica com baixo teor de fósforo. Exceções são feitos para cães doentes e gravemente doentes de acordo com o CLWG; tais cães podem não precisar de dieta e, conforme descrito acima são tratados inicialmente com terapia leishmanicida e posteriormente reavaliado e encenado de acordo com o estadiamento da sociedade internacional de interesse renal.

Qualquer cão diagnosticado com doença renal deve ser classif**ado e tratado de acordo com as recomendações da sociedade ...
01/02/2024

Qualquer cão diagnosticado com doença renal deve ser classif**ado e tratado de acordo com as recomendações da sociedade internacional de interesse renal como detalhado bem nos post anteriores (naquele que tem o estadiamento da doença renal pelo valor da creatinina).

Este também é o caso de cães com leishmaniose, embora os médicos tenham a vantagem de saber a causa da doença renal.

O tratamento deve ser adaptado cada caso individual e a relação risco: benefício de cada tratamento
deve ser cuidadosamente considerada. No entanto, quando doença renal induzida por leishmaniose é identif**ada, independente da concentração de creatinina, tratamento específico para leishmaniose deve ser iniciado imediatamente, sozinho ou em conjunto com o tratamento padrão recomendado pela sociedade internacional de interesse renal.

Esses cães devem então ser acompanhado de perto para determinar a eficácia do tratamento.

Enquanto o quiz de uma diretriz que foi publicada em 2020, baseada em referências existentes e/ou a experiência dos memb...
01/02/2024

Enquanto o quiz de uma diretriz que foi publicada em 2020, baseada em referências existentes e/ou a experiência dos membros do Grupo de Trabalho sobre Leishmaniose Canina (CLWG), que foi formada em novembro de 2005, para desenvolver um consenso baseado na ciência para gerenciamento de leishmaniose canina fala sobre o caminho pronto mastigado, estamos ainda trilhando essa área, formando equipe, analisando resultados.

A pesquisadora Rodrigues Maia com seu orientador e equipe, publicaram um artigo muito bom sobre a “Curva de aprendizado para o procedimento de biópsia renal guiada por laparoscopia em pequenos cadáveres de cães e porcos”, o artigo está disponível em:https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0257653.

O estadiamento é baseado na concentração de creatinina no sangue em jejum e pela concentração da SDMA. Os dois marcadore...
01/02/2024

O estadiamento é baseado na concentração de creatinina no sangue em jejum e pela concentração da SDMA. Os dois marcadores são complementares um ao outro. Se o SDMA for persistente maior que 18 µg/dL em um cão cuja creatinina é menor que 1,4 mg/dL este paciente canino será estadiado e tratado como paciente estádio II, assim por diante de acordo com os valores estabelecido para cada espécie.

A investigação diagnóstica inicial de doença renal em cães com leishmaniose deve incluir mensuração da creatinina em sor...
31/01/2024

A investigação diagnóstica inicial de doença renal em cães com leishmaniose deve incluir mensuração da creatinina em soro ou plasma (idealmente avaliada duas vezes em jejum, bem hidratado e cão normotenso) e exame de urina [gravidade específ**a da urina, sedimento urinário e relação proteína-creatinina].

Dependendo dos resultados obtidos, outros procedimentos diagnósticos podem ser indicados, incluindo concentração sérica simétrica de dimetilarginina (SDMA) ou medição da pressão arterial sistólica.

Uma vez que a avaliação é concluída, o cão deverá ser classif**ado de acordo com o esquema de estadiamento da IRIS.

No Brasil o estadiamento clinico da L. infantum  foi definido em 5 estádios apresentados nas diretrizes do Brasileish.-U...
31/01/2024

No Brasil o estadiamento clinico da L. infantum foi definido em 5 estádios apresentados nas diretrizes do Brasileish.-

Uma avaliação clínica e laboratorial completa de cada cão no momento do diagnóstico, juntamente com as respostas sorológicas e detecção de parasitos, são necessárias para caracterizar a gravidade da doença e atribuir o caso a um estádio clínico.

Após o diagnóstico, o cão deve ser periodicamente reavaliados e reclassif**ados de acordo com a progressão da doença ou regressão.

E vc consegue seguir a diretriz de forma

A probabilidade de diagnosticar leishmaniose aumenta quando um cão apresenta sinais clínicos compatíveis e alterações la...
26/01/2024

A probabilidade de diagnosticar leishmaniose aumenta quando um cão apresenta sinais clínicos compatíveis e alterações laboratoriais com título de anticorpos marcadamente positivo nos te**es sorológicos (por exemplo, título de anticorpos RIFI ≥1/320) e quando o parasito pode ser identif**ado em amostras de tecido.

Portanto, os veterinários devem usar informações de várias fontes para fazer um diagnóstico, incluindo: história clínica, achados do exame físico, alterações laboratoriais (por exemplo, hematológicas, bioquímica e no exame de urina), exames para detectar o parasito [por exemplo citologia, histopatologia e reação em cadeia da polimerase (PCR)], te**es que avaliam a resposta imune do hospedeiro (ex. sorologia) e resposta ao tratamento para apoiar ou refutar o diagnóstico da leishmaniose.

Acredita-se que a causa da patologia glomerular em leishmaniose canina seja a deposição de complexos imunes circulantes ...
16/01/2024

Acredita-se que a causa da patologia glomerular em leishmaniose canina seja a deposição de complexos imunes circulantes pré-formados em diferentes níveis da unidade glomerular; isso é determinado pelo tamanho e carga (catiônica) do complexo.

Na glomerulonefrite membranoproliferativa, complexos imunes depositam-se dentro do mesângio e em uma ou ambas as camadas epiteliais ou endoteliais da membrana basal glomerular. Isso resulta em espessamento da membrana basal glomerular com proliferação de mesângio e células epiteliais e/ou endoteliais.

Na glomerulonefrite membranosa, a deposição de imunocomplexos ocorre no epitélio da membrana basal glomerular, resultando em espessamento da membrana basal sem proliferação celular ou inflamação.

Na glomerulonefrite mesangioproliferativa complexos imunes maiores se depositam dentro do mesângio, levando à proliferação celular e acúmulo de matriz mesangial.

Classicamente, a doença do complexo imune está associada à depleção de componentes do complemento e concentrações subnormais de fatores de complemento circulantes (por exemplo, C3 e C4). No entanto, concentrações reduzidas de fatores do complemento não foram consistentemente demonstrado em cães com glomerulonefrite. Os complexos imunes circulantes podem ser detectado no sangue de cães com leishmaniose e, em um caso clínico, a hemodiálise foi usado com sucesso como complemento ao tratamento da doença.

“Independentemente da presença de sinais clínicos, os rins são frequentemente afetados na leishmaniose visceral canina. TAFURI et al. afirmaram que a ocorrência de glomerulonefrite foi considerada a principal causa de mortalidade na LVC – esses achados confirmam a importância do dano renal na leishmaniose”

Essa é a sétima pergunta com resposta de uma diretriz que foi publicada em 2020, baseada em referências existentes e/ou a experiência dos membros do Grupo de Trabalho sobre Leishmaniose Canina (CLWG), que foi formada em novembro de 2005, para desenvolver um consenso baseado na ciência para gerenciamento de leishmaniose canina.

Você que está seguindo as postagens, a tradução é “ipsis litteris” da diretriz disponivel, então segue a linha:O papel d...
15/01/2024

Você que está seguindo as postagens, a tradução é “ipsis litteris” da diretriz disponivel, então segue a linha:

O papel da imunidade inata na resposta à infecção canina com Leishmania infantum tem sido investigada nos últimos anos, com foco na expressão dos receptores de reconhecimento de padrões, Receptores Toll-like (TLR) envolvidos no reconhecimento inicial de antígenos microbianos por células apresentadoras de antígenos clássicos, como células dendríticas ou macrófagos. No geral, a progressão da doença em leishmaniose está associada à diminuição da expressão de TLR, sugerindo que o parasita subverte a imunidade inata ao regular negativamente expressão dessas moléculas.

Nos últimos anos, o envolvimento de proteínas de fase aguda em uma ampla variedade de doenças infecciosas, neoplásicas, inflamatórias caninas e doenças imunomediadas foram investigadas. Proteínas de fase aguda fornecem outra resposta de efeito inflamatório além da avaliação tradicional da contagem de leucócitos e perfis ou a medição das concentrações séricas de citocinas.

A concentração de proteínas de fase aguda (incluindo Proteína C reativa, haptoglobina ferritina e outros) é inevitavelmente aumentado em casos de leishmaniose canina e se correlaciona com a gravidade da doença inflamatória, mas não contribuem diretamente à imunopatogênese de lesões renais em leishmaniose canina. No entanto, eles podem fornecer um índice mensurável de a resposta inflamatória, mapeando a progressão e a remissão.

Mas agora, gostaria de saber no “tête-à-tête”: você tem mensurado a proteina C reativa para auxiliar no prognóstico do paciente?

Doenças renais são a principal causa de hipertensão sistêmica secundária em cães, ASSOCIADA ou NÃO à leishmaniose onde d...
11/01/2024

Doenças renais são a principal causa de hipertensão sistêmica secundária em cães, ASSOCIADA ou NÃO à leishmaniose onde diferentes estudos relatam uma prevalência entre 9 e 93%.

Nestes cães, um aumento sustentado na pressão arterial sistólica (PAS) pode resultar em danos a órgãos-alvo afetando o olhos, coração, cérebro e rins.

Além disso, em cães com insuficiência renal induzida, as maiores medidas de PAS foram associadas ao aumento da proteinúria, uma maior redução na taxa de filtração glomerular (TFG) e aumento da gravidade da lesão renal.

Portanto, a concomitância de alterações renais e hipertensão em cães com leishmaniose potencialmente exacerbam a doença renal crônica (DRC) pré-existente, aumentando o risco de mortalidade.

A prevalência da hipertensão sistêmica em cães com leishmaniose é relatado estar entre 29% e 62% , a PAS deve ser medida em TODOS os casos de leishmaniose canina, de acordo com as recomendações da International Renal Interest Society (IRIS 2019) e outras diretrizes publicadas.

Essa é a terceira pergunta com resposta de uma diretriz que foi publicada em 2020, baseada em referências existentes e/ou a experiência dos membros do Grupo de Trabalho sobre Leishmaniose Canina (CLWG), que foi formada em novembro de 2005, para desenvolver um consenso baseado na ciência para gerenciamento de leishmaniose canina.

Se o diagnóstico fosse baseado exclusivamente sobre a presença de azotemia, a prevalência relatada de doença renal varia...
09/01/2024

Se o diagnóstico fosse baseado exclusivamente sobre a presença de azotemia, a prevalência relatada de doença renal varia entre 5,9% (Meléndez-Lazo et al. 2018) e 38,1% (Koutinas et al. 1999) enquanto, se a proteinúria renal patológica fosse critério, então a prevalência seria de aproximadamente 50% (Fonte 1999, Cortadellas et al. 2006). Se, no entanto, o diagnóstico fosse com base em diagnóstico por imagem, biópsia renal ou visualização direta dos rins, a prevalência aumenta (Polzin et al. 2005). Nesse respeito, vários estudos (Poli et al. 1991, Nieto et al. 1992, Palacio et al. 1992, Palacio et al. 1997, Costa et al. 2003, Plevraki et al. 2006, Aresu et al. 2013, Braga et al. 2015, Batista et al. 2020) relataram quase todos os cães seriam considerados com doença renal.

Portanto, os veterinários devem estar cientes de que, embora apenas cerca de metade dos cães com leishmaniose terão evidências clínicas de doença renal com base em critérios diagnósticos, quase todos provavelmente serão afetados de alguma forma.

Essa é a primeira pergunta com resposta de uma diretriz que foi publicada em 2020, baseada em referências existentes e/ou a experiência dos membros do Grupo de Trabalho sobre Leishmaniose Canina (CLWG), que foi formada em novembro de 2005, para desenvolver um consenso baseado na ciência para gerenciamento de leishmaniose canina.

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Quem sou eu!

Nasci aqui em Belo Horizonte. Fui emancipada aos 17 anos e iniciei meu primeiro negócio (com minha irmã, que hoje também é veterinária), uma casa de ração, no bairro Durval de Barros que oferecia alimento para animais de grande porte. De lá para cá, o bairro foi se urbanizando e novos conceitos, novas demandas mudaram totalmente a estrutura da casa de ração, que passou a ser enxergada como Pet Shop. Desde essa época, passei pela frente do balcão, deixei animais limpinhos e cheirosos e finalmente, hoje, atendo em uma clínica veterinária, República dos Animais, no bairro São Caetano com o foco na prevenção de doenças.

Graduada em Medicina Veterinária pela PUC Minas-Betim (2/2009), realizei estágios no laboratório de sorologia de leishmanioses do ICB-UFMG e na pós-graduação em Clinica e Cirurgia da PUC. Realizei iniciação cientif**a com foco em Leishmaniose. Ganhei o Prêmio de melhor trabalho científico do 16º Seminário de Iniciação Cientif**a da PUC Minas com o artigo: SILVA, S. M. ; RABELO, P. F. B. ; GONTIJO, N. F. ; RIBEIRO, R. R ; MELO, M. N. ; RIBEIRO, V. M. ; MICHALICK, M. S. M. . First report of infection of Lutzomyia longipalpis by Leishmania (Leishmania) infantum from a naturally infected cat of Brazil. Veterinary Parasitology, 2010).

Essa experiência me proporcionou ao longo desses anos de formada, tratar cães infectados por LVC, que teriam no futuro DRC. Por isso, após a passagem pelas especializações Lato Sensu em Clínica Médica e Cirúrgica em Pequenos Animais Qualittas (2011-2012), Curso Teórico e Prático de Neurologia Veterinária com Dr. Ronaldo Casimiro da Costa (2013), Aperfeiçoamento em Gestão Clinica, Cirúrgica e Comportamental de Felinos CAT/SP (2015), além de ser participante ativa nos congressos da BRASILEISH, me dedico à pós-graduação Lato Sensu em Nefrologia e Urologia Veterinária – Turma VI Anclivepa – SP, em andamento (2019-2020).

Com 10 anos de formada, atendendo em uma unidade fixa, vejo que novos pacientes podem se beneficiar com tudo que já aprendi, por isso no inicio de 2020, passei a oferecer atendimento médico veterinário especializado em nefrologia, em clinica colaboradoras. Essa parceria ira contribuir com uma melhor expectativa e qualidade de vida do paciente!


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