Genética bovina planejada com estatística
Os empreendedores da BrTexas Genética investem de forma sólida nas raças Brangus, Brahman e Nelore, calculando cada passo da seleção com a ajuda da estatística. Isto por que os proprietários do plantel acreditam e trabalham com a pecuária baseados nas estatísticas fornecidas por programas próprios de melhoramento genético, em busca de animais que se encai
xem nos três pilares que sustentam a seleção: adaptabilidade ao clima tropical, fertilidade e consistência genética. Com esta filosofia de trabalho surgiu a BrTexas Genética. Formada pela união de Orlando Carlos Martins, Fábio Garcia Borges e Carlos Alberto Viviani - três profissionais que são mestres na Agronomia e que juntos, investem na pecuária bovina desde 1997, quando tudo começou na primeira fazenda adquirida pelos sócios no Mato Grosso do Sul. “Na época, iniciamos o rebanho comprando fêmeas ½ sangue Angus/Nelore ou ½ sangue Simental/Nelore e inseminando estas vacas com sêmen de Brahman, repassando-as com touros Brangus. A produção de bezerros foi excelente já que esses animais eram abatidos aos 2 anos com uma média de 18 arrobas, em regime de pasto”, recorda Orlando Martins. Seleção Brangus
No início de 2006, os sócios adquiriram um rebanho de 200 matrizes registradas da raça Brangus, na liquidação do criatório da Fazenda Chaparral, do MS. Com este rebanho, o criador Leolino Parizotto Ottoni havia conquistado os prêmios de melhor criador e expositor do Brasil nos anos de 2003/04. Nesta negociação, foi adquirido também, um lote de embriões, procedentes das melhores matrizes deste mesmo plantel. “Ao nascerem os produtos destes embriões, observamos que os mesmos, eram expressivamente mais uniformes e menos segregados do que os produtos originados por inseminação artificial do restante do rebanho da mesma propriedade. O aproveitamento para touros era de mais de 80%, quando o normal para rebanhos de poucas gerações, que produzem lotes desuniformes, é de obter aproveitamento de 30%”, recorda Fábio Borges. A partir de então, o trabalho de seleção focou-se em reproduzir os animais considerados superiores e portadores de gerações mais avançadas, passando a produzir embriões em larga escala, empregando a FIV. “A opção pela raça Brangus levou em consideração as inúmeras vantagens que a raça proporciona, uma vez que a mesma foi formada para unir a rusticidade das raças zebuínas com as vantagens consagradas da raça Angus” ressalta Carlos Viviani. Para promover a raça, iniciaram os trabalhos em pista a partir de 2007 e já conquistaram as primeiras premiações em categorias jovens. Em 2009, com um volume de mais de 50 doadoras provadas e 1000 embriões transferidos, aumentou-se o número de animais para participação em exposições de âmbito nacional. Formou-se assim, um time de pista, com mais de 40 animais que foram distribuídos em três grupos para participarem em diferentes exposições. Segundo Sr Orlando, na divisão destes grupos, 95% dos animais eram oriundos de transferência de embriões - o que propiciou excelentes resultados, consagrando para a BrTexas Genética, no ano de 2009, o primeiro lugar como criador no ranking nacional das exposições chanceladas pela Associação Brasileira de Brangus. “Acreditamos que este resultado foi obtido graças à superioridade dos animais de geração avançada, reproduzidos através da FIV, comparados aos animais de poucas gerações, como é a grande maioria na raça Brangus no Brasil” ele comemora. A BrTexas Genética também conquistou o segundo lugar como expositor no ranking nacional, além de estar presente com 6 machos e 9 fêmeas no ranking nacional de animais individuais em 2009.
“Para nós, diagnóstico é uma palavra chave, diferentemente de grande parte dos pecuaristas que trabalham com tentativa e erro. No melhoramento da raça Brangus, utilizamos muito as análises estatísticas do nosso programa de melhoramento, buscando sempre a genética ideal que resulte em maior lucro ao produtor” – finaliza Orlando.