
22/01/2025
Sobre a vacinação:
Os filhote ao nascerem são expostos a vários microorganismos presentes no ambiente e precisa da proteção de seu sistema imunológico para sobreviver. Embora o sistema imunológico seja funcional, ele é imaturo e demora a reagir. Nesse sentido, a mãe desempenha um papel fundamental, pois através dela ocorre a transferência passiva de anticorpos. Os recém-nascidos obtêm anticorpos através da ingestão de colostro. Quando o filhote ingere colostro, ele absorve anticorpos de origem materna (ACM), que passam para a circulação geral.
A duração da proteção dos ACM depende da quantidade de imunoglobulinas G (Ig) ingeridas pelo filhote. Essa quantidade está relacionada à quantidade de anticorpos produzidos pela mãe e à quantidade de colostro ingerido ou ao tamanho da ninhada.
Embora os ACM ajudem a proteger os filhotes de possíveis doenças, eles podem representar um desafio, pois neutralizam ou bloqueiam a imunidade conferida pelas vacinas. Os ACM diminuem à medida que o tempo passa e é possível que, ao aplicar uma vacina, ela seja neutralizada pela alta quantidade de ACM tornando-se ineficaz para imunizar o filhote. Com o passar dos dias, esses ACM vão diminuindo e já não conseguem proteger o filhote, deixando-o suscetível a adoecer caso entre em contato com algum patógeno. Isso é conhecido como “janela de susceptibilidade”. Em média, esse período ocorre entre 6 e 12 semanas de idade, mas pode durar até 16 semanas. O início da imunocompetência no filhote não pode ser previsto com precisão, e os protocolos de vacinação devem levar isso em consideração. Doses repetidas de vacina são administradas para minimizar a janela de suscetibilidade. Isso ocorre pois não se sabe quando os níveis de ACM diminuirão o suficiente para permitir a atividade imunológica da vacinação nos filhotes.
E aí ficou com alguma dúvida ainda sobre a primovacinação? Nós contate!
Valéria Machado VeterináriaJeffe de FreitasLisandra Oliveira