18/08/2023
🔴🔴🔴Alerta!🔴🔴🔴
Vigilância em Saúde alerta para doença transmitida por animais machucados
Que os animais domésticos podem ser vetores para diversas doenças, mesmo quando bem cuidados, a maioria das pessoas sabe. Contudo, os riscos de contaminação são maiores quando eles apresentam algum ferimento, sobretudo os gatos, cujo contato com o ser humano é maior. O alerta é da chefe da Vigilância em Saúde, Beatriz Regina Garcia.
E uma das doenças que requer cuidado extra é a Esporotricose. Trata-se de uma infecção fúngica de implantação, subaguda ou crônica, causada por fungo do Complexo Sporothrix schenkii. A transmissão se dá por mordedura ou arranhadura de animais infectados, mais comum de gatos, mas também de cachorros, tatus, peixes e aves. Conhecida ainda como doença da roseira ou doença do jardineiro, o contágio dos animais pode ocorrer por inoculação direta do fungo na pele, através de traumas com espinhos de plantas, palhas e lascas de madeira.
Beatriz explica que, em seres humanos, normalmente a infecção é benigna e se limita à pele, como face, membros superiores e inferiores. A lesão, sólida e elevada, costuma ocorrer no local da inoculação do fungo.
A esporotricose tem tratamento e pode ser curada, tanto em humanos, quanto nos animais acometidos. Para isso, é muito importante que o animal seja acompanhado por um veterinário durante todo o tratamento e o humano receba atendimento médico. Quanto antes o animal for diagnosticado e tratado, menor é o risco de transmissão para outros animais e pessoas.
Em alguns casos, a doença pode voltar mesmo após o animal ter sido considerado curado, principalmente se o tratamento não for feito da forma correta. O tratamento deve ser iniciado rapidamente e sua duração pode variar de três a seis meses ou mesmo um ano, até a cura completa, não podendo ser abandonado.
Animais já tratados e curados podem pegar a doença novamente. Por isso, é importante evitar que o animal tenha acesso à rua. É importante, também, limpar o ambiente onde o animal doente se encontra, todos os dias, para ajudar a reduzir a quantidade de fungos e uma nova contaminação. Além disso, se faz necessário, sempre, usar luvas durante os cuidados do animal doente.
Lembre-se: Não abandone, maltrate ou sacrifique o animal com suspeita da doença. Maus-tratos é crime!
Quem identificar ferimentos em seus animais e machucados na própria pele - que podem ter sido causados pelo Pet - deve entrar em contato com a Vigilância, pelo telefone 3632 1113.