15/02/2025
Uma gata roubou um peixe na cozinha, e a dona da casa quebrou um pau de vassoura em cima dela. A gata caiu no chão, contorcendo-se, tentando recuperar o fôlego.
— Ladra! Saia da minha casa! — gritou a mulher, furiosa.
A gata não conseguiu correr porque suas patas falharam com ela, então ela saiu rastejando, ofegando, sentindo-se fracassada por não ter conseguido comida para o seu filho.
Ele escapou para um beco escuro, onde seu pequeno miava baixinho, com seu corpinho magro tremendo de fome e molhado pelo orvalho da noite.
Quando viu sua mãe chegar sem o peixe, seus olhos inocentes encheram-se de lágrimas.
— Mãe, você disse que traria peixe. Estou com fome!
A gata sentiu um nó na garganta e sorriu forçado para que o filho não percebesse que estava ferida.
— Perdoe-me, meu amor... Mas prometo que nunca te deixarei morrer de fome.
Mas agora, a casa onde eles moravam estava hermeticamente fechada. Portas trancadas, janelas seladas. Não tinha como voltar.
Então a gata saiu arrastando seu filho pelas calçadas da cidade, sobre o orvalho da noite fria. Não fazia ideia do que eu faria a partir desse momento.
Sem outra opção, a mãe colocou o pequeno debaixo de uns caixotes em uma calçada e disse:
— Espere aqui por mim. Mamãe vai buscar comida.
Mas quando ele se virou, fê-lo para sempre. Nunca mais voltou. Não tinha como mantê-lo.
Sempre que tentava roubar alguma coisa, batiam-lhe. Para não morrer até à morte, decidiu abandoná-lo.
O gatinho, fraco de fome, quando percebeu que sua mãe não voltaria, encheu seus olhos de lágrimas e começou a miar muito baixinho, com o miar de resignação e medo, porque sabia que seu fim era seguro.
Mas então, uma sombra veio. Uma mão humana estendeu um pedaço de pão.
— Ei, pequenino... Você está com fome?
Era um jovem de olhar gentil. O gatinho sentiu o cheiro do pão e, apesar de estar fraco, devorou-o de uma só vez. O jovem sorriu e levou-o para casa.
Em sua nova casa, encontrou uma cama quente e comida abundante. Pizza, pão, mortadela, sardinha... Tudo o que eu nunca tive.
Mas à noite, quando tudo ficava silencioso, suas lágrimas molhavam seu rosto. Lembrava-se da sua mãe, da crueldade que tinha cometido, e também sentia esperança de que ela voltasse.
Catorze dias se passaram, e todas as noites eu olhava pela janela, esperando vê-la. Até que um dia, enquanto andava na rua, ouviu gritos desesperados.
Correu e viu três cães atacando uma gata magra e maltratada.
— Por favor! — ela implorava. — Eu tenho um filho para criar!
O coração do gatinho bateu forte. Será minha mãe?
Saltou sobre os cães e lutou com todas as suas forças com aquela gata esfomeada, até que eles conseguiram afugentá-los. A gata encolheu, assustada. Ele olhou-a nos olhos e reconheceu-a.
— Por que você me abandonou, mamãe?
— Você prometeu que não me deixaria morrer de fome e ainda assim me deixou em uma calçada para morrer sozinho.
A gata baixou a cabeça.
— Filho, confie em mim. Nunca te abandonei.
O gatinho sentiu o chão desaparecer sob suas patas e gritou furioso:
— Mentira! Você foi embora e nunca mais voltou! Foram catorze dias, mãe! Catorze dias sem você!
A gata respirou fundo.
— Filho, estou de volta. Mas já não estavas lá. Vi um humano levar-te. Vi que te deu tudo o que eu não podia te dar.
Olhou para a árvore em frente à casa do jovem e disse:
— Segui-os. E desde então, todas as noites subi lá e observei-te pela janela. 14 vezes subi à árvore. Catorze vezes te vi bem.
Furioso, o gatinho virou-se e disse:
— Mentirosa!
E voltou para casa, deixando a mãe na rua. Mas ao chegar, uma pomba poou no galho da árvore em frente à sua casa. Subiu para apanhá-la e, ao chegar ao primeiro ramo, viu algo que lhe partiu o coração.
Havia 14 marcas das garras da mãe dela. Durante os catorze dias que lá estava, ela passou todas as noites na árvore, observando-o pela janela, vendo-o comer bem e receber carinho do humano.
O gatinho correu de volta e abraçou a mãe, perdoando-a.
Pela primeira vez, viu-a chorar. Nunca tinha feito isso antes. Batiam-lhe enquanto tentava roubar comida para ele, mas nunca chorava.
Mas desta vez, suas lágrimas eram de amor e gratidão por ver seu filho saudável e bem cuidado.
Nunca duvide do amor de uma mãe. Nunca duvide quando ela te disser que te ama, pois não há amor maior que o de uma mãe.
Compartilhe essa história. Muitos filhos precisam ouvi-la. Muitas mães merecem ser reconhecidas.
Créditos: Nombre es Poesía