O sítio do Nonô é totalmente arborizado e f**a dentro da cidade de Porto Alegre. É como reviver uma paisagem campestre, bucólica, onde se pode ouvir o canto da natureza e dos animais. A grande maioria de suas árvores tem uma história sui generis, algumas foram doadas por amigos, outras compradas em floriculturas famosas, e há também quem diga que muitas sementes chegaram escondidas em bolsos de vi
ajantes que queriam apenas estar mais próximos de sua terra. O fato é que estes brotos germinaram ao longo destes 30 anos. Waldair Bilhar, também conhecido como Nonô, cuidou de cada uma deles. Sim... estas árvores, que podem fazer parte de sua família, ganharam sua atenção em um dos jardins mais bonitos da zona sul. O sítio está localizado na Estrada Costa Gama, no bairro de Belém Velho, aquele mesmo reconhecido por suas águas minerais e plantações de frutos típicos do frio. Bem vale lembrar que não à toa, estamos incluídos na rota dos CAMINHOS RURAIS da cidade de Porto Alegre. Espaços dedicados ao contato com a energia da mata atlântica foram sendo recriados e aos poucos muitos pássaros foram podendo se abrigar em segurança, pois seus bebedouros e banheiras para o calor foram colocados próximos às frutas e aos ninhos. Açudes, lagos e fontes foram escavados e os peixes, plantas e pássaros aquáticos ganharam um novo habitat. Talvez toda esta dedicação à natureza pudesse e devesse ser abençoada. Ironia do destino, isso acabou transformando-se em obra divina, pois obrigou o Sr. Nonô a abrir um poço maior para tentar salvar seu bem mais precioso, seu sítio, árvores, plantas e animais. Advindo daí a descoberta de um grande fonte de água mineral para saciar a sede e trazer a vida de novo ao local – com oitenta mil litros por hora, o ambiente modificou-se e, novamente, tudo crescia, afastando quaisquer possibilidades de desequilíbrio. Marsupiais, como o porco espinho, voltaram, e logo o ratão do banhado, o graxaim, o gamba, a tartaruga, a marreca-piadeira, o quero-quero, a garça, o gavião, o pica-pau amarelo, o papagaio-charão e a caturrita. Além do canário-da-terra e do sabiá calandra, mais a saíra e o sanhaço, o sabiá laranjeira e o bico de lacre, o tico-tico e a cravina, o carcará, o azulão e o joão-de-barro, o bem-te-vi e o martim-pescador, a pombinha-rola e o beija-flor, e o maçarico, o marrecão, o trinca-ferro, a saracura, o cafezinho e o aracuã, dentre outros, formando um espetáculo diário em cada entardecer. Esta é uma pequena parte de nossa história, da história do nosso sítio e, principalmente, da história do seu Nonô, uma vida construída com o amor pelos filhos e com a dedicação ao ambiente em que acreditava que os mesmos deveriam crescer. Mas, quando dizemos que esta é uma pequena parte da história é porque acreditamos que ela continua sendo escrita todos os dias e é isso que gostaríamos de compartilhar com você. É isso que entendemos como verdadeiros laços de família. Um ambiente saudável, magnífico, lindo, uma micro floresta ou um bosque, totalmente acessível, perto e à disposição de todos. Plante uma semente de nobreza no coração de quem você ama. Venha para o Sítio do Nonô.