Dos stories pro feed, o vídeo que fez muita gente arrepiar! Informo, para que a paz volte a reinar absoluta, que o animal do vídeo já esta completamente recuperado sem nenhum prejuízo permanente ✌️
Paciente equino, garanhão, 4 anos, mangalarga marchador. Apresentava secreção nasal unilateral, odor fétido e diminuição do ar expirado em uma das narinas. Era possível identitificar também pelo som do ar expirado, que havia algum objeto obstruindo parcialmente a fossa nasal. Na propriedade estavam realizando tratamento para garrotilho há uma semana. Ao exame direto identificamos a presença de uma grimpa de pinheiro araucária na fossa nasal esquerda.
Foi realizada sedação do animal e através do uso de pinça crile curva, removido o corpo estranho com sucesso.
O pinheiro de Araucária ocorre nos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul e de forma esparsa nos estados de São Paulo e Minas Gerais, fazendo parte do bioma mata atlântica.
Não é incomum observar cavalos jovens que aspiram as "grimpas" e pelas características do objeto, não há possibilidade de eliminação através do reflexo da tosse, sendo este a principal queixa do proprietário, somados a descarga nasal purulenta e fétida.
Esteja atento a saúde do seu cavalo, e quando necessário, consulte um especialista!
Paciente equino, fêmea, crioula, 8 anos, apresentando apatia, perda de peso, diminuição do apetite, tosse seca e edema ventral torácico. Já havia recebido atendimento prévio, o qual diagnosticou de maneira clínica pneumonia, aplicou terapia a base de antibiótico, clembuterol e imidocarb sem resposta clínica.
Ao exame físico apresentava dispnéia, respiração abdominal, área de surdez na ausculta torácica indicando presença de líquido, sons das bulhas cardíacas abafadas, taquicardia, TPC 3". Demais parâmetros sem alterações. Foram coletadas amostras de sangue para realização dos exames laboratoriais que demonstraram poucas alterações (hiperfibrinogenemia e linfopenia), e não foram identificadas alterações compatíveis com pneumonia.
Solicitado exame US do tórax, identificado importante acúmulo de líquido em ambos os hemitórax, atelectasia e deslocamento cranial do coração.
Diante da depreciação do estado geral da paciente, ausência de resposta clínica à terapia suporte, aumento do edema ventral torácico se estendendo para a região ventral do pescoço, foi optado pela eutanásia e necropsia para estabelecer o diagnóstico.
Não foram encontradas alterações macroscópicas em órgãos abdominais. Diafragma íntegro com presença de fibrina aderida na sua face abdominal. Presença de líquido no interior da cavidade torácica e abertura do tórax; Os pulmões apresentavam áreas hiperêmicas nos lobos cranial e acessório; Ventral à base do coração havia neoformação irregular, macia ao toque e de aspecto nodular, aderida ao pericárdio, coletada para exame histopatológico. Presença de efusão pericárdica.
No exame histopatológico de fragmento, foram identificadas população linfóide difusa e monomórfica de grandes linfócitos com núcleo redondo eucromático, citoplasma escasso eosinofílico e figuras de mitose numerosas (fotos 8 e 9), recebendo o diagnóstico definitivo de linfoma difuso de grandes células.
Paciente equino, garanhão, crioulo, 4 anos, apresentando nistagmo lateral após sofrer trauma craniano decorrente de queda durante exercício montado.
No momento do acidente permaneceu em decúbito, apresentou convulsão, após algum tempo pôde ficar em estação, porém mantinha os membros afastados, apresentava ataxia, desequilíbrio, dismetria, tremor de intenção e nistagmo.
📜 O sistema nervoso central (SNC) dos equinos é subdividido em encéfalo e medula espinhal; compõem o encefálo: cérebro, cerebelo e tronco cerebral.
Já o sistema nervoso periférico (SNP) é compreendido por nervos e gânglios. Deste nervos, 12 são os chamados "nervos cranianos" e têm fundamental relevância clínica no exame específico do paciente com trauma cranioencefalico.
A partir do histórico e exame físico do paciente, foi identificado as possíveis regiões afetadas, sendo o cerebelo e o sistema vestibular os mais afetados. Foi instituída terapêutica emergencial e mantido em observação para avaliar se os danos sofridos seriam permanentes ou teriam boa resposta à medicação.
Felizmente, o paciente apresentou significativa melhora decorridas 24h pós trauma, mantendo evolução clínica positiva durante 72h enquanto recebeu medicação e monitoramento, recebendo alta no 5° dias pós trauma, sem nenhuma sequela.
O sucesso da terapia em casos de trauma cranioencefalico está diretamente relacionado a severidade da lesão e ao tempo decorrido entre trauma e início do tratamento intensivo.
Imagem de embrião em égua com 32 dias de gestação 😍
As doenças que acometem os olhos devem ser encaradas como emergências médicas na clinica de equinos devido ao seu potencial em provocar cegueira irreversível.
Por características intrínsecas específicas do globo ocular, diferentes vias de administração de medicamentos podem ser utilizadas. Embora princípios clássicos de farmacocinética como absorção, distribuição, metabolismo e eliminação determinem a disponibilização dos medicamentos no olho, as barreiras oculares (córnea e barreira hematorretiniana) interferem e influenciam na atuação das drogas.
A administração sistêmica de fármacos utilizados para tratar doenças oftálmicas pode exigir concentrações maiores, aumentando os riscos de efeitos colaterais sistêmicos, principalmente quando desejamos efeitos imunossupressores.
A administração tópica de colírios representa 90% de todos os fármacos disponíveis para uso oftálmico. Através dessa via, é possível tratar doenças da superfície ocular, como conjuntivites, blefarite e olho seco ou intraoculares, como glaucoma e uveítes. Para o tratamento das primeiras, a aplicação tópica de medicamento diretamente na córnea e conjuntiva é ideal, devido à sua simplicidade, eficácia e segurança. Já para o tratamento de doenças intraoculares, as diversas barreiras que o fármaco deve ultrapassar dificultam a obtenção de doses terapêuticas no tecido alvo, especialmente na retina e no vítreo. Estima-se que a absorção intraocular na câmara anterior seja de apenas 1 a 5% da dose administrada.
A administração periocular é então uma alternativa para contornar a grande parte das dificuldades encontradas pela via tópica, e nessa categoria estão incluídas a injeção subconjuntival, subtenoniana ou retrobulbar. Quando comparadas às injeções intravítreas, a administração periocular anterior é mais segura por ser menos invasiva, promover ação imediata e também a longo prazo, dependendo do medicamento utiliza
Uma mensagem de agradecimento muito sincera e especial para cada um daqueles que confiam em nós, permitindo que façamos o melhor de si para eles 🐴🤎
Desejamos que o ano novo seja a oportunidade de recomeço, tornando possível que sejamos felizes novamente, desempenhando nossa paixão!
Paciente equino, macho castrado, mangalarga marchador, 14 anos de idade apresentando harpejamento crônico.
Remetido pela colega Karla Ribeiro para procedimento cirúrgico de miotenectomia do extensor digital lateral sob anestesia total intravenosa, em virtude do comportamento sanguíneo do animal.
O harpejo em equinos é caracterizado pelo movimento de hiperflexão geralmente bilateral dos membros posteriores, e pode ter relação com ingestão de Hypochaeris radicata, porém há outros fatores etiológicos ainda não completamente conhecidos que determinam o surgimento da enfermidade.