CANIL PMESP - Operações com Cães
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Operações Policiais com Cães Os cães eram da raça Pastor Belga Groenendael. Em 15 de setembro de 1950, resolveu-se retomar as atividades do Canil da PMESP.
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HISTÓRICO DO CANIL DA PMESP
Oficialmente, O Canil Central da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Terceira Companhia do Terceiro Batalhão de Polícia de Choque, foi criado em 15 de setembro de 1950, em caráter experimental, pelo então CAP PM DJANIR CALDAS, sob o nome de Pelotão de Cães Pastores Alemães, e pertencia a 2ª Seção do Estado Maior, com efetivo de 04 cães Pastores Alemães, dois dos quais oriundos da Argentina e os outros dois doados por particulares. Esse pequeno núcleo constituiu-se na “célula mater” do atual Canil. Em 1952 o Canil passou a pertencer à Delegacia de Polícia Militar (DPM), onde recebeu a denominação de Canil – S2, sendo instalado na Av. Cruzeiro do Sul, 444 – Canindé – SP, contando nessa época com 08 cães da raça Pastor Alemão. Com a criação da Companhia Policial Aero Transportada (CPAT), o Canil passou a pertencer àquela Cia, com a denominação de Pelotão de Cães passando, a partir daí, a empregar com mais intensidade os cães no serviço de policiamento, obtendo resultados favoráveis. Cabe aqui ressaltar o episódio do cão Dick, que ocorreu em 1956, época na qual a existência do Canil encontrava-se em risco. O então governador Jânio Quadros, às voltas com cortes nas despesas públicas estaduais, ameaçou fechá-lo. Segundo noticiou o jornal O DIA, o Governador chegou mesmo a enviar um bilhetinho (com esse nome ficaram conhecidos os memorandos que Jânio costumava remeter aos seus subordinados exigindo soluções rápidas) ao Comandante da Polícia Militar com o seguinte teor: “FAÇA OS CÃES TRABALHAREM OU DISSOLVA A MATILHA”. Nesse cenário ocorreu o caso do menino Eduardo Benevides (Eduardinho), menino que em 17 de abril de 1956 fora raptado. O Secretário da Segurança à época designou enorme número de policiais para as buscas. Entraram em cena os Cães da Polícia Militar, sendo oferecido aos Cães para farejar, o travesseiro usado pelo garoto. Dick, que era conduzido pelo Sd PM José Muniz de Souza, localizou a criança muito suja e abatida, mas viva. Eduardinho estava salvo. Por ordem de Jânio Quadros, Eduardinho, seu pai e vários policiais se dirigiram ao Palácio dos Campos Elísios, onde o Governador com eles conversou durante uns vinte minutos, distribuindo elogios aos policiais e ao Dick. É lógico, que nesse momento ele tenha adquirido sua patente. Cumprindo-se a promessa feita pelo governador, os homens vieram a ser promovidos. Por força da mesma promessa, o cão, sendo soldado raso, devia passar a cabo. Cabo Dick. O governador Jânio Quadros, que antes ameaçara fechar o canil, rendera-se à evidência de que cães policiais são utilíssimos e presenteou Dick com um colar de prata, no qual estava incrustado o brasão do Estado de São Paulo. E nunca mais falou em fechamento de Canil. Ainda no ano de 1956, frente aos bons resultados, o efetivo de Cães foi elevado para 40 animais. Em 1960 o Canil reformou suas Instalações, chegando a ser considerado o maior Canil da América do Sul. Mas não ficou somente nesta reforma. Em setembro de 1967, é inaugurado no Barro Branco, o maior Canil da Força Pública; com instalações modernas, um pavilhão de Box com capacidade para alojar 61 cães, uma maternidade com 08 Box, um galpão coberto e um campo gramado para treinamento dos Cães. Com este efetivo de Cães, o Canil também é obrigado a crescer no efetivo de homens adestradores, aumentaram também suas missões. Com a fusão da Força Pública com a Guarda Civil, em 1970, a DPM passa a ser a 3ª Cia Independente e em 1971, o 35º Batalhão de Polícia Militar, conseqüentemente o Canil é elevado a Companhia de Cães. Com a elevação a Companhia, o Canil se aparelhou para ministrar Instruções Cinotécnicas a homens e cães através de métodos modernos de ensino, advindos da elevada projeção nacional e internacional do Canil, visto que representou o Brasil em provas oficiais de adestramento, obtendo resultados significativos. Em 1975, com a reorganização da Polícia Militar, o 35º Batalhão (DPM), foi transformado no atual 3º Batalhão de Polícia de Choque (3º BPChq) e o Canil continuou a ele pertencendo como sua 3ª Companhia. Várias foram as autoridades Civis e Militares Brasileiras e Estrangeiras, que em visita a PMESP, incluíram em seu roteiro as instalações do Canil, destacando-se dentre elas o Dr Cristolph Rumel, Presidente da Federação Mundial de Cães Pastores Alemães, sediada na República Federal Alemã e entidade responsável pela Cinofilia Mundial. O Dr. Rumel, dentre outras referências elogiosas ao Canil, disse textualmente: “Não existe no mundo todo um conjunto organizado de trabalho com cães como este que vi no Canil da PMESP. Parabéns aos seus componentes”. Proferindo estas palavras o Dr Rumel outorgou ao Canil a medalha “Dr. WERNER FUNK”, maior comenda da Federação Mundial de Cães Pastores Alemães, fato este publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo, em 13 de maio de 1975 (Poder Executivo, pág. 58). Nas décadas seguintes, o Canil da Polícia Militar deu continuidade aos seus inestimáveis serviços em beneficio da população e outros heróis caninos mostraram em muitas oportunidades, seu inegável valor: Tostão, Nera, Calli, Q’Big Boy, Lobo, Duque, Prince, King, Ícaro, Brisa, etc. Hoje o Canil Central conta com um efetivo de 116 Policiais Militares e de 36 Cães, principalmente da raça Pastor Alemão, Pastor Belga Malinois, e Labradores, e ainda temos espalhados por todo o Estado de São Paulo 26 Canis Setoriais como segue: No interior; Araçatuba, Marília, Presidente Prudente, Sertãozinho, Assis, Bauru, Jaú, Araraquara, São José do Rio Preto, Rio Claro, Barretos, Ribeirão Preto, Piracicaba, Campinas, Tatuí, Taubaté, Santos, Panorama, Sorocaba, Sumaré, Franca e Botucatu. Na região metropolitana: Osasco, Franco da Rocha, Suzano e o Bombeiro. que recebem apoio Cinotécnico e Veterinário do Canil Central. Por fim o CANIL CENTRAL DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO, é a Unidade da Instituição encarregada de treinar e utilizar o Cão nas diversas missões afetas a Polícia Militar, no exercício da Polícia Ostensiva e da preservação da ordem pública e constitui-se numa força policial representativa no Estado de São Paulo, completando em setembro de 2018, 68 anos de existência.