01/03/2024
Quando a gente fala, se move, tudo tem seu peso, seu ritmo. É como se cada um de nós tivesse uma música própria que nos define, e os cavalos, ah, eles têm um ouvido fino para essa música. Eles captam cada mudança na melodia - se a gente tá mais pra adagio ou allegro, eles notam.
Agora, sabe o que é interessante? A gente consegue enganar os outros, colocar uma máscara e dizer “tá tudo bem” com a voz mais tranquila do mundo, mesmo quando por dentro tá tudo menos tranquilo. Mas com os cavalos? Esquece. Eles veem através da gente. Se a nossa música interna muda, se tá mais lenta, mais rápida, mais silenciosa, eles sabem. Eles sentem. Aqui entra algo que muita gente não pensa muito a respeito, mas é crucial: as mulheres e seus ciclos. Sim, os ciclos hormonais. Eles mexem com a gente de um jeito que muda nossa música interna, nosso ritmo. E os cavalos, eles percebem isso. Se a gente tá num dia desses em que a maré emocional tá alta, o cavalo sente a mudança no ar, na nossa postura, na nossa energia. Isso pode dar uma sacudida na confiança que eles têm na gente, porque, pra eles, confiança vem da previsibilidade, de saber o que esperar.
A chave é manter uma certa harmonia, um equilíbrio. Os cavalos, eles precisam dessa consistência da gente. Claro, dá para variar a melodia de vez em quando, mas dentro de uma harmonia que eles reconheçam. Exercícios de respiração, um momento de calma com uma música suave antes de encontrá-los, pode ajudar a gente a ajustar nossa energia, nossa vibração, para estar em sintonia com eles.
No fim das contas, é uma dança delicada, uma troca. A gente aprende a ler eles, e eles a nos ler. E nesse aprendizado mútuo, nessa troca, a gente encontra um terreno comum, um espaço onde a confiança e o respeito mútuos florescem.
Então, o que a gente faz? Primeiro, entender que tá tudo bem ter esses altos e baixos, mas saber também que precisamos encontrar uma maneira de comunicar isso aos nossos amigos de quatro patas de uma forma que eles entendam. Tipo, se hoje é dia de extravasar, que tal um passeio mais animado? Mas deixe a dança espontânea para outros momentos, longe dos olhos equinos – eles não vão entender e pode ser que se sintam inseguros.