12/10/2024
Roselle passava o dia com Michael, descansando embaixo de sua mesa no trabalho. Quando os aviões colidiram contra o local e todos começaram a fugir, ela foi fundamental para garantir que, a despeito de sua impossibilidade de enxergar o caminho, ele conseguisse seguir em direção à saída entre a multidão em desespero.
"Eu não estaria vivo hoje se não fosse por Roselle", contou o estadunidense em uma entrevista para a revista People em 2011, uma década depois do ocorrido. Infelizmente, na data da publicação, a cachorra já havia falecido devido à idade avançada e a um distúrbio autoimune.
O desmoronamento da Torre 2 ocorreu pouco depois da dupla ter chegado ao lado de fora, de forma que eles ainda precisaram se esforçar para se afastar da área que era rapidamente enchida de poeira e destroços caindo do céu.
A história de Roselle e Michael é um exemplo comovente da profunda conexão e confiança que pode existir entre humanos e seus cães-guia. Roselle era uma labradora que ajudava Michael Hingson, cego desde o nascimento, a se locomover de forma segura em seu dia a dia, mas sua atuação no 11 de setembro de 2001 destacou o quanto cães de serviço podem ser verdadeiros heróis.
Quando os aviões colidiram com as Torres Gêmeas, Roselle manteve a calma em meio ao caos e conduziu Michael pela multidão em pânico, descendo 78 andares pela escada da Torre 1 do World Trade Center. Ela guiou seu dono com segurança até a rua, salvando sua vida.
Michael creditou sua sobrevivência à lealdade e treinamento impecável de Roselle. Mesmo em meio à confusão, ao medo e à adrenalina, o instinto e o preparo da cachorra-guia prevaleceram, ajudando-os a escapar de um dos maiores desastres da história moderna.
Roselle faleceu em 2011, mas sua história de coragem e dedicação deixou um legado sobre o papel vital que os cães de serviço desempenham, além de simbolizar o amor e a lealdade entre humanos e animais.
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