Época alta de devoluções à Natureza - Parte 2
... e não é só para aqueles que voam!
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Época alta de devoluções à Natureza!
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"Mãe coruja"
É frequente as crias de coruja-do-mato (Strix aluco) caírem precocemente do ninho, à medida que começam a mexer-se e a interagir com os pais e irmãos. Sempre que possível, os pais continuam a alimentá-las no solo, nas proximidades do ninho. No entanto, no chão estas crias estão mais sujeitas a perigos, nomeadamente atropelamento e predação. Quando são encontradas e encaminhadas para os centros de recuperação, têm a oportunidade de crescer com outras aves da mesma espécie, exibindo e desenvolvendo os comportamentos naturais e aptidão de caça. A presença de alguns adultos é essencial nesta fase, sobretudo no reconhecimento de ameaças e estratégias de defesa. As corujas são excelentes pais adoptivos.
Esta semana foram devolvidas à Natureza quatro corujas-do-mato, encaminhadas para o CRAS-HVUTAD pelas equipas do SEPNA-GNR de Peso da Régua e de Lamego.
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A saga dos andorinhões continua!
Têm sido muitos os andorinhões a passar pelo CRAS-HVUTAD, das espécies andorinhão-preto (Apus apus) e andorinhão-pálido (Apus pallidus), onde são alimentadas à base de insetos ao longo de todo o período do dia.
Estas aves são especialistas em voar: comem, bebem e dormem em voo. Possuem um corpo esguio e aerodinâmico, com asas longas e pontiagudas, que lhes permite fazer manobras aéreas extraordinárias enquanto caçam e depois voos longos durante as migrações. Têm uma boca muito grande, para poderem caçar grandes quantidades de insetos em pleno voo. Dadas as suas pequenas dimensões, têm um esperança média de vida bastante longa - há registos de aves que superaram os 20 anos.
Os andorinhões não conseguem levantar voo a partir do solo, mesmo que não estejam feridos. Por esse motivo, se encontrar um andorinhão pousado no chão, encaminhe-o rapidamente para o centro de recuperação mais próximo, para que possa ser avaliado e devolvido à Natureza assim que possível.
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Foi devolvida à Natureza uma cegonha-branca (Ciconia ciconia) em Soutelo, Vinhais, na presença de crianças do concelho e da equipa do SEPNA-GNR de Bragança.
Tratava-se de um juvenil de cegonha-branca que foi vítima de colisão, e foi encontrada no chão incapaz de voar. Após tratamento de suporte, recuperou e passou algum tempo num túnel de voo, com outras cegonhas, para socializar e desenvolver melhor forma física.
Agradecemos ao município de Vinhais o interesse nesta atividade e ajuda na organização.
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Os primeiros juvenis de mocho-galego (Athene noctua) estão prontos para regressar à Natureza!
Na passada segunda-feira foi devolvido a Santa Marta de Penaguião o primeiro mocho-galego deste Verão, pelas pessoas que o entregaram à equipa do SEPNA-GNR de Peso da Régua.
O mocho-galego é uma ave de rapina noturna de pequeno porte. Encontra-se de Norte a Sul do país, durante todo o ano (residente). O seu habitat preferencial inclui campos agrícolas com muros e montes de pedras, plantações de cereais, olivais e vinhas. Apresenta uma dieta à base de insetos, mas alimenta-se também de outros artrópodes e pequenos mamíferos, podendo capturar até pequenas aves, répteis, anfíbios e minhocas.
Os juvenis começam a voar com aproximadamente 30-35 dias; os progenitores continuam a alimentá-los durante mais 1 mês depois de começarem a voar.
Esta ave foi encontrada no chão, provavelmente por ter saído do ninho precocemente. Terminou o seu processo de desenvolvimento no CRAS-HVUTAD, junto de outros indivíduos da mesma espécie, e provou estar perfeitamente apto para caçar, voar e mostrar instinto de defesa frente a possíveis predadores.
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Esta semana foram devolvidas à Natureza uma coruja-do-mato (Strix aluco) e uma coruja-das-torres (Tyto alba) no concelho de Mirandela.
A primeira atividade decorreu junto à Ecoteca de Mirandela, a cujos funcionários agradecemos o interesse demonstrado em participar. A segunda decorreu na localidade de Vale de Salgueiro, local onde a ave tinha sido encontrada.
As corujas-do-mato e as corujas-das-torres não partilham o mesmo território, mas ambas são excelentes predadoras de pequenos mamíferos, como ratos do campo.
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Como é habitual na Primavera, entram muitas crias de aves nos centros de recuperação. Entre outras espécies, têm dado entrada vários melros-pretos (Turdus merula) que caíram precocemente do ninho, ainda incapazes de voar. Terminaram o processo de crescimento em conjunto, para poderem socializar, e graças a uma alimentação à base de insetos conseguiram um bom ganho de peso.
A ajuda de todos os voluntários e estagiários tem sido imprescindível para conseguir garantir os cuidados que estas crias exigem.
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O CRAS-HVUTAD esteve presente na 4ª edição do Festival Observarribas - Natureza e Cultura no Douro Internacional. O primeiro dia deste evento foi dedicado às escolas da região, com várias atividades desenvolvidas em simultâneo.
Numa sessão interativa e dinâmica, alunos do ensino básico puderam conhecer um pouco do trabalho realizado num hospital dedicado à fauna selvagem e trocar impressões sobre particularidades de espécies autóctones.
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Esta semana, a praia fluvial da Ribeira (Albufeira do Azibo) recebeu um novo habitante: uma coruja-do-mato (Strix aluco) juvenil que terminou o seu processo de crescimento no CRAS-HVUTAD.
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Cágado-mediterrânico (Mauremys leprosa) - em zonas frias, como Trás-os-Montes, é habitual hibernar durante o Inverno.
Um pequeno percalço (captura acidental) trouxe este indivíduo até ao centro de recuperação, mas tendo-se comprovado o seu bem-estar foi rapidamente devolvido ao habitat natural.
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O projeto "Searas com Biodiversidade: Salvemos a Águia-caçadeira" visa proteger e conservar esta espécie, ameaçada de extinção em Portugal.
A águia-caçadeira (ou tartaranhão-caçador) (Circus pygargus) tem vindo a apresentar um declínio dramático no nosso país, sobretudo resultante de dois fatores: o corte precoce das culturas de feno em plena época reprodutora (esta ave faz o ninho no solo, sendo muitas vezes destruído pelas máquinas agrícolas) e a perda de habitat (redução muito significativa das áreas cultivadas com cereais para produção de grão). A predação e alta mortalidade associada à migração são também fatores de ameaça consideráveis.
Uma das medidas deste projeto é a "Campanha de Resgate e Salvamento", que consiste na prospeção e proteção de colónias e ninhos, e resgate de ovos/crias que estejam em parcelas agrícolas cuja ceifa coincide com a época de reprodução. Da campanha de 2023, uma das aves que nasceu e terminou o seu crescimento no CRAS-HVUTAD ficou doente em pleno Verão, não estando em condições de ser libertada a tempo de se ambientar ao território e migrar para África com os restantes indivíduos. Permaneceu num túnel de voo durante o Inverno, juntamente com outra águia-caçadeira irrecuperável, onde pode expressar os comportamentos naturais da espécie e trabalhar a sua forma física.
Em colaboração com a Palombar, esta fêmea com cerca de 10 meses de idade foi agora devolvida à Natureza em Mogadouro, onde já se encontram mais aves desta espécie, após regressarem dos locais de invernada.
O envolvimento dos agricultores é fundamental para o sucesso da conservação da águia-caçadeira, pelo que agradecemos a todos os "Proprietários Amigos da Águia-caçadeira".
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Um açor (Accipiter gentilis) foi devolvido ao habitat natural na Escola Básica de Rebordãos, Bragança. As equipas do SEPNA-GNR de Bragança e vigilantes do Parque Natural de Montesinho compareceram na atividade, juntamente com alunos e professores do 1º ciclo da referida escola.
O açor é uma ave de rapina diurna muito discreta, típica de zonas florestais. A Serra de Montesinho é um dos locais preferenciais para observação da espécie em Trás-os-Montes.
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No dia 10 de abril foi devolvida à Natureza uma coruja-das-torres (Tyto alba) na Escola Básica de Santa Comba de Rossas, Bragança.
Estiveram presentes nesta atividade alunos do 1º ciclo, elementos da equipa do SEPNA-GNR de Bragança e vigilantes do Parque Natural de Montesinho.
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Hoje tivemos a oportunidade de partilhar um excelente momento com crianças e jovens que frequentam um ciclo de atividades intitulado "Oficinas da Primavera", organizado pela Fundação da Casa de Mateus. Uma coruja-do-mato (Strix aluco) foi devolvida à Natureza, uma vez que os jardins do Palácio da Casa de Mateus têm um habitat favorável para esta espécie.
Na Grécia Antiga as rapinas nocturnas eram encaradas como um símbolo de boa sorte e sabedoria. Já os Romanos, encaravam a sua presença como sinal de mau agoiro e azar. Na América do Norte, várias tribos acreditavam que sonhar com uma coruja era sinal de que a morte estava para vir.
Estimadas ou odiadas por esse mundo fora, deram origem a muitos mitos e provérbios ao longo dos tempos. A realidade é que as corujas desempenham um papel fundamental no ecossistema e são importantíssimas no controlo de pragas.
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Foi devolvida à Natureza uma coruja-do-mato (Strix aluco) no Mosteiro de Santa Maria de Salzedas, em Tarouca. Esta ave deu entrada no CRAS-HVUTAD ainda cria em 2023. A atividade contou com a presença de particulares e representantes do Parque Biológico da Serra das Meadas.
Por ser uma ave de rapina noturna, é difícil de observar, mas o seu canto é ouvido com frequência e familiar para muitos: huu ... huu-huu-huu. A coruja-do-mato é uma espécie residente em Portugal Continental, e a ave de rapina noturna com maior expressividade a nível nacional.
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Os gaviões (Accipiter nisus) são frequentemente vítimas de colisão a alta velocidade. O seu tipo de voo e caça (alimenta-se essencialmente de pequenas aves) é propício a esses incidentes. Foi o caso desta fêmea adulta, que foi encontrada ferida em Alvelos (Lamego). A sua recuperação foi rápida e pode voltar ao seu território no período de uma semana, aproximadamente.
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Alunos do 11º ano vieram de Viseu visitar o campus da UTAD. Hoje foi a vez de um ouriço-cacheiro (Erinaceus europaeus) voltar ao habitat natural. Este ouriço foi encontrado no final do outono bastante debilitado e com uma pneumonia. Esteve em tratamento e depois ficou nas instalações à espera que o tempo mais frio terminasse (fim do período de hibernação).
Os ouriços são mais ativos durante o crepúsculo e período noturno. São animais essencialmente insetívoros, mas cuja dieta pode ser bastante variada. Alimentam-se também de minhocas, caracóis, frutos, ovos e sementes.
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Hoje, Dia Internacional das Florestas, foi devolvida à Natureza uma águia-calçada (Hieraaetus pennatus) na Escola Básica de Pedras Salgadas, na presença de alunos do 1º, 2º e 3º ciclo.
Esta ave deu entrada no centro de recuperação do Parque Nacional da Peneda Gerês no final do verão de 2023 com uma asa partida. Foi transferida para o CRAS-HVUTAD para poder ser operada, onde acabou por terminar todo o processo de reabilitação. Aproximadamente 2 meses e meio depois de ter sido encontrada, estava totalmente recuperada, mas esta espécie não está presente no nosso país durante o Inverno.
As águias-calçadas migram para África subsariana no final do verão (espécie estival), e só regressam no início da Primavera para o sul da Europa, para nidificar.
Como não seria capaz de realizar a migração sozinha e em pleno Inverno, teve que aguardar num túnel de voo até agora, altura em que já temos indíviduos a regressar ao nosso território.
Agradecemos o convite e organização do Clube de Ornitologia do Agrupamento de Escolas de Vila Pouca de Aguiar.
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A cegonha-branca (Ciconia ciconia) é uma espécie cada vez mais comum em Portugal. A maioria das aves continua a migrar para África nos meses mais frios, e pode ser observada por cá durante a época de reprodução. No entanto, muitos indivíduos já optam por permanecer o ano todo no nosso país, sobretudo nas regiões centro e sul.
O aumento exponencial de cegonhas-brancas em Portugal desde os anos 80 deve-se sobretudo ao aumento da disponibilidade de alimento de origem humana. Sendo uma espécie oportunista e com grande capacidade de adaptação, a cegonha-branca aproveitou a elevada quantidade de alimento permanente em aterros sanitários, melhorando o seu sucesso reprodutor.
Esta primavera deverá decorrer o censo nacional da espécie.
https://www.youtube.com/watch?v=zw9eve2BMU4&ab_channel=BirdingTheStrait
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