Chihuahua
Nome original Chihuahueño
País de origem México
Características
Peso 1 - 3 kg
Altura 15 - 23 cm
Pelo de variantes dura e longa
Cor todas as cores
Tamanho da ninhada 2 -4 filhotes
Expectativa de vida 12 - 18 anos
Classificação e padrões
Federação Cinológica Internacional
Grupo 9
Seção 9 - Cães de companhia - chihuahua
Estalão #218 - 24 de março de 2004
Chihuahua[Nota]
(em espanhol: Chihuahueño, palavra de etimologia obscura, provavelmente de língua náuatle), é, de acordo com a Federação Cinológica Internacional, a raça de padrão 218, inserida no grupo 9, pertencente a seção 6. É ainda uma das menores raças de cães do mundo, empatada em medidas com a pequeno cão russo.[1] Seu nome vem da região de Chihuahua no México e é descrito como extremamente delicado, afetuoso e possessivo. Assim como todo cão de luxo, como são chamados estes animais de companhia, o chihuahua não é propriamente um cão de caça, embora seja bem visto como um canino de guarda doméstico eficiente. Sua origem não é totalmente conhecida e ainda que se saiba de sua raiz mexicana, foi cogitada a possibilidade de ter ancestrais no Antigo Egito ou na ilha de Cuba. Seu reconhecimento mundial deu-se no final do século XIX, mais precisamente em 1890, ano em que as importações da raça começaram a alcançar o mundo. No século seguinte, para popularizar ainda mais o cão, houve a aparição do chihuahua ao lado de artistas como a atriz mexicana Lupe Vélez, o diretor Victor Fleming e uma participação no longa-metragem de Cecil B. de Mille, em 1931. Todavia, o que de fato colaborou para a disseminação desta raça no mundo foi principalmente seu aspeto exótico e seu tamanho diminuto. O chihuahua é ainda uma das raças mais antigas a serem registradas no American Kennel Club. Seu tamanho reduzido limita suas atividades e gera graves problemas ósseos. Por ser um animal bastante dependente, conquistou o apelido de "cão de colo." Culturalmente, filmes como Perdido pra cachorro e Legalmente loira tiveram a participação desta raça. Entre os chihuahuas mais famosos da sociedade humana estão: Boo Boo, o registrado menor cão do mundo; Tinkerbell, a cadela escritora de Paris Hilton; e Momo, primeira cachorra desta raça a tornar-se policial no Japão.
Índice [esconder]
1 Origem e evolução
2 Etimologia e significado
3 Características
4 Saúde
5 Comportamento e relacionamento com o homem
6 Os chihuahuas na cultura humana
7 Ver também
8 Referências
9 Bibliografia
10 Ligações externas
Origem e evolução[editar | editar código-fonte]
Um techichi, animal um dia considerado praticamente sagrado, é tido como o ancestral selvagem do chihuahua. Sobre a origem deste canino não existe apenas uma teoria mas várias, que variam desde a China ao Império asteca, o que gera inúmeras questões.[1] Por alguns, são considerados serem descendentes de uma raça semelhante e antiga, um pouco maior e associada com a realeza da civilização asteca conhecida como techichi. Em decorrência disso, pode-se dizer que esta é a raça mais antiga da América do Norte, com origens mexicanas, já que o seu nome é o do estado mexicano de Chihuahua. Já para outros parece que, apesar deste animal estar ligado a nação latino-americana, tenha sido introduzido no país pelos chineses.[2]
Apesar das teorias, o que é realmente considerada é sua ligação com o techichi. Por terem sido encontradas imagens gravadas em pedras sobre esses animais, foi possível visualizar semelhanças entre elas. Alguns chegaram a afirmar que o techichi fora um animal selvagem capturado e domesticado pela civilização tolteca. A despeito disso, para aquela civilização, e apesar de não servir como cão de trabalho devido a seu tamanho, os techichis eram animais quase sagrados, com os quais as pessoas poderiam ter uma relação de amizade mesmo após a morte, e que estes os acompanhariam no além-vida. Isso significava que, quando o dono morresse, o cão deveria ser enterrado junto, fato este comprovado em tumbas encontradas na região, com homem e cão um ao lado do outro. Enquanto raça legalmente mexicana, as evidências que isso afirmam são comprovadas pelo fato de a maioria dos registros dessa antiga raça tenham sido encontrados próximos da Cidade do México. Por essas razões, especula-se que ele tenha sido criado, a partir do cruzamento do techichi, com um pequeno cão pelado que foi trazido da Ásia para o Alasca, supostamente responsável pela baixa estatura do canino. No que diz respeito a especulações, existem ainda as teorias de que o cão tenha vindo de uma ilha cubana ou do Egito, devido a ossadas encontradas serem bastante assemelhadas ao chihuahua. Todavia, estes indícios remontam a 1000 a.C e nada se sabe a respeito da semelhança das raças.[3]
O chihuahua, acredita-se, possui forte parentesco com o techichi, do qual só não herdou o tamanho. Antes de chegar aos Estados Unidos e após as invasões espanholas, que exterminaram a civilização tolteca, o chihuahua foi deixado a outros nativos, o que gerou o risco de extinção pelo desconhecimento do tratamento destes caninos. Contudo, a sua reprodução deu-se de forma satisfatória até à sua descoberta pelos norte-americanos, que nomearam a raça como Arizona e Texas, e ajudaram nos cruzamentos daqueles pequenos animais.[4]
O que há de certo é que várias histórias foram formuladas a respeito do passado deste cão, e em todos esses registros, de onde possivelmente ele pode ter se originado, sempre há a descrição de um canino semelhante ao moderno chihuahua. Porém, o passo seguinte foi reconhecer o animal mundialmente como raça, algo até então só ocorrido nos Estados Unidos.[2] No século XIX, a raça foi transportada para outros locais. Na América, participava de competições de raça e teve seu primeiro exemplar registrado em 1914. [5] A partir deste momento, o "refinamento" da raça tornou-se constante e com isso reduziu-se o seu tamanho, tornando o animal mais fino e criou-se a variação de subpelo. Como ajuda na divulgação deste novo cão, Lupe Velez, famosa atriz mexicana, e Xavier Cugat, apareceram a seu lado. Durante a Segunda Guerra Mundial, no entanto, o chihuahua foi quase extinto. A despeito disso, sua criação posterior voltou ao normal e a raça recuperou-se numericamente, conquistando pouco a pouco espaço como raça de companhia em lares pelo mundo.[6]
Sua popularidade foi atingida devido a sua excentricidade, aparições em filmes e televisão, fragilidade e tamanho, características importantes que ajudaram o chihuahua a conquistar o apelido de "cão de colo", que despertam o instinto maternal e a necessidade do ser humano em acolher e cuidar.[6] [1]
Etimologia e significado[editar | editar código-fonte]
O nome chihuahua vem do original chihuahueño, que possui, na língua espanhola, cinco diferentes significados. Por definição, este nome pode significar "lugar das fábricas", apesar de não ter sido encontrada no dialeto local antes da fundação da cidade; "junto das águas", que remeteria ao encontro de dois rios, o Sacramento e o Chuviscar, ainda que a palavra resultante seja apenas assemelhada (Ocuabahuiqui); "lugar da pedra furada", que remeteria ao conselho da vila, embora seja impossível chegar a este significado cruzando as palavras em tarahumara, dialeto local; costalera o saquería, que designava uma bolsa de couro, embora fosse mais provável designar um local no qual era possível encontrar um dado mineral; e o mais aceito como significado, que seria "lugar seco e arenoso", palavra de origem nahua, descoberta e descrita por Félix Ramos y Duarte.[7] . Outras versões apontam para a língua náuatle: "lugar onde os rios se encontram"[8] ou "lugar seco e arenoso", esta como significado mais provável e consensual, de uma junção de "xi" e "cuahua" para formar primordialmente "cuahuacqui", palavra usada para designar seca ou qualquer coisa seca ou ainda, areia.[9] [7]
Características[editar | editar código-fonte]
Bem como os demais cães, os chihuahuas possuem características físicas bastante similares aos de seu antepassado, o lobo. Apesar do tamanho, é ainda bastante similar a um dobermann e a um aidi, que podem pesar até quarenta vezes mais. Proximidade com o lobo[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Seleção artificial
A proximidade do chihuahua com seu antepassado pode ser traçada de maneira aproximada se forem considerados os achados mais antigos relacionados a raça em si. Proveninente de uma região na qual a influência ancestral não foi primeira, não é possível revelar a ligação direta, embora seja reconhecido que um pequinês é mais próximo do lobo que um golden retriever.[10] É admitido ainda que o chihuahua possa ter sido um descendente de um cão selvagem e de um outro domesticado, levado pelo homem ao continente americano, saído da Ásia.[11]
"Nascida" no século XVIII, quando os norte-americanos ajudaram a desenvolver o chihuahua como se apresenta hoje, pode-se afirmar que este pequeno cão é uma raça moderna, produzida através de cruzamentos artificiais na busca por características específicas, neste caso, um exótico canino de colo, que "pede" pela atenção e cuidados humanos, ao passo que outros cães pequenos foram produzidos para atender as necessidades da caça, como os terriers.[12] Em teste realizado para descobrir o grau de parentesco entre cães e o lobo, o chihuahua não participou. Contudo, por razões específicas, muitos de seus traços instintivos foram perdidos para que pudesse fazer parte de famílias como um eterno bebê.[10]
Anatomia geral e estrutura externa[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Anatomia geral e estrutura externa
A pelagem longa do chihuahua é mais raramente encontrada que a variação de pelo curto. Como cão, o chihuahua é um animal quadrúpede e digitígrado, o que lhe assegura agilidade